Ikuma e Taa #11


Taa ligou o chuveiro e logo deixou que a água escorresse pelo corpo, retirando o suor e o sangue e não demorou muito até que saísse, vestindo o roupão que estava no local. Ikuma f
ora ao balcão da boate, e buscou a bebida não possuída no quarto. Vodka e whisky. Retornou ao quarto com as garrafas, apressando os passos novamente escondendo-se das fêmeas. Levou o álcool ao barzinho e guardou-os, servindo-se com uma pequena dose de vodka que tomou instantaneamente e voltou ao quarto em seguida, observando o rapaz já fora do banho.
- Rápido...

O maior riu e observou os lençóis manchados de sangue.
- Ahn...
- Hum?

- Onde tem lençóis limpos?
- Hum, vou mandar arrumar. Deixe. Vá pra sala se não quiser que o veja.
Ikuma pegou o telefone móvel e tratou de pedir o serviço. 

- Preciso de roupas ne.
- Fique de roupão até ela limpar o quarto, depois venha e pegue algo ali. O vampiro ouvira os toques na porta, e deixou que entrasse. Encaminhou-se até a sala em luz baixa, onde localizava-se o barzinho e a mesa de jogo, algumas poltronas, uma sala especificamente para os jogos. Serviu-se de mais álcool, e um segundo drink ao conhecido, lhe entregando o copo transparente, com o liquido mesmo incolor.
Taa caminhou com ele até a outra sala e sentou-se, pegando o corpo, experimentando a bebida enquanto os olhos se concentravam na mesa de sinuca com um pequeno sorriso nos lábios. Os olhos do menor sobre a face do rapaz, desviaram-se ao ponto onde este prendia sua atenção.
- Que sorriso idiota é esse? Gostou da mesa, é?

O menor o fitou e riu, negativando.
- Só estava olhando...

- Ah, gostaria de ter uma experiencia sexual na mesa de sinuca? - Riu-se maldoso.
- Uhum... Seria bom.
Taa se ajeitou no sofá, gemendo baixo ao sentir a pequena dor que ainda o incomodava.

- Hum...
Ikuma murmurou, adornando o rosto bonito com um impudico sorriso, tão típico. Os passos guiaram a si à frente do outro, e ajeitou uma das pernas em meios as dele, um pequeno espaço entre elas. O copo pequeno fora deixado sobre a mesa ao lado da poltrona de couro, as mãos se apoiaram sob os braços do estofado e inclinou-se, fitando-lhe o rosto próximo.
- Gostou mesmo de transar comigo, hum.. Cuidado, vai se apaixonar, Lagarta.. - Murmurou.

Taa sorriu e selou os lábios dele, mordendo-lhe levemente o lábio inferior e assentiu apenas. O loiro igualmente sorriu, cortês, sem nenhum dos provocativos sorrisos a qual sempre expôs à ele. A mão direita, deslizou sobre a textura do couro e passou sobre a pele, lhe percorreu o braço e finalmente chegou a nuca, onde prendeu-lhe os fios. Inclinou o pescoço ao lado esquerdo e encaixou os lábios aos do outro vampiro, beijando-o por fim.
O maior riu baixo contra os lábios dele e logo retribuiu o beijo, levando uma das mãos até a face do outro e acariciando-o, deslizando pelo pescoço, deixando que as unhas machucassem a pele e logo selou os lábios dele várias vezes, afastando-se minimamente.
- Ikuma... O que foi? Está bravinho porque não está conseguindo me irritar é? Eu gosto de sentir você assim tão perto...
A mão apetou o pescoço dele e mordeu-lhe com força o lábio inferior, cortando-o com as presas afiadas.
- Pareço irritado?
O loiro proferiu em baixo tom, enquanto a língua tratava e limpar o sangue sobre o inferior que o expelia.

- Estou brincando com você..
- Hum... - O menor murmurou, acariciando ainda o próprio lábio com a língua.
Taa sugou o lábio inferior do outro, sentindo a respiração dele contra a pele.
-  Ikuma...

- Hum...?
O vampiro murmurou em indagação, e depositou toques sutis sobre os lábios alheios, vez ou outra, sem pressa. O maior r
etribuia os toques tentando falar algo entre eles.
- Você... Gosta... De... Alguém?

No fim da pergunta formulada, foi em que Ikuma apartou os toques.
- Gostava.

- Hum... - Fitou-o.
Ikuma igualmente o encarou, alguns segundos após, afastou-se e pegou o copo sobre o móvel pequeno ao lado, sorvendo o álcool.
- Desculpe, hum... - Suspirou e bebeu mais um gole da própria bebida.
- Pelo que ?
- Pela pergunta.
- Hum, o que já de mais na pergunta?

- Nada ne, só... Sei lá.
- Ahn?
- Nada, Ikuma.
- Hum, falar do rapaz que gostava te incomoda, mas somos diferentes... Falar dela não me incomoda nenhum pouco, note pelo passado da palavra. Gostava.
- Entendi... 
- Queria... Que ele fosse embora...
- Hum? - Ikuma sorveu uma nova pequena quantidade da bebida.
- Quem eu gosto... Queria que ele fosse embora.
- Quando ele queria ir, você não quis deixar... Qual é da sua bipolaridade?
O maior negativou e abaixou a cabeça.
- Você.
- Eu o que?
Ikuma se encaminhou até a garrafa do balcão do bar e pegou-a, preenchendo o copo, próprio com a vodka, caminhando até o outro homem, sentado, lhe oferecendo o preencher a si.
- Apaixonou-se foi, Lagartixa?

Taa estendeu o copo a ele e o fitou enquanto o enchia, logo desviando o olhar a bebida que bebeu de uma só vez.
- Não... Não me permito gostar de você... Sei que não seria correspondido. Mesmo assim... - O fitou por alguns segundos e logo após fitou o copo. - Creio que não preciso dele quando você está comigo.

Logo após encher o copo, o menor deu as costas ao mais alto e levou a garrafa ao bar. Ao se virar, lhe dando atenção às palavras, notou o drink esvaído e virou-se novamente voltando ao bar.
- Mais? - Perguntou, e tornou a se aproximar do outro. - Isso porque estou sendo seu estepe. Estou suprindo sua necessidade de afeição. Em outras palavras, estou sendo um amigo, ou um amante.

Taa estregou o copo a ele e abaixou a cabeça, deixando escorrer novamente as lágrimas pela face.
- Ô, lagartixa quando bebe gosta de chorar...
Ikuma deixou a garrafa sobre o móvel ao lado do estofado em que o vocalista se encontrava, e sentou-se ao seu lado sob um dos braços da poltrona.
- O que foi ?

O maior negativou, mantendo a cabeça baixa.
- Diga, seu bêbado desgraçado...
- Eu só me fodo, Ikuma... Só me fodo... Ele vive me usando... Vai embora, volta, me usa. Eu não sei dizer não a ele, foi com ele que eu transei, eu não queria ter feito aquilo...
O maior levou uma das mãos ao rosto, escondendo-o do outro.
- Eu não queria... - Murmurou.

- Hum...
Ikuma murmurou. Uma das mãos deslizou sobre o lisos fios cinzentos, desde o topo da cabeça e deslizou até chegar à sua face, e desta deslizou ao queixo até erguê-lo, e finalmente fitar os olhos avermelhados do outro homem, porém não suas íris vampíricas mas sim sua fragilidade, seu choro.
- Você ainda gosta dele?

Taa observou o outro.
- Eu não sei Ikuma... Não sei mais o que eu sinto por ele... Ele gosta de brincar comigo...

- Então dê o que ele gosta, continue brincando com ele... Afinal, não foi ele quem te usou, foi você quem usou ele pra dar prazer sexual a si... Se gosta, use o egoismo dele pra continuar com ele, pois... Seja brincando ou não, pelo menos pode chamar ele de seu, mesmo que seja um pouco.
- Não quero... Eu não quero... Ele me magoa... E eu não quero transar com ele. Eu não quero sentir a pele dele, não quero os lábios que destroem os meus... Não quero... Eu não quero mais, Ikuma... - Abaixou a cabeça novamente. - Mas eu não quero ficar sozinho...
- Então você é burro, ou simplesmente não gosta dele o suficiente pra virar homem ao invés de um animal insignificante, e sofrer com prazer. Esse meio tempo de uso corporal, hedonismo, sexo, putaria ou como quiser taxar, te dá tempo pra conquistar ele.
- Ele não vai ser meu... E eu não quero ele... Não depois do que ele fez comigo...
- Então não terá por escolha própria.
- Eu odeio você, Ikuma... - Mumurou.
O outro riu.
- O que fiz agora?

- Nada, era só pra te lembrar... - Riu baixinho em meio ao choro.
- Também odeio você seu verme inútil e fraco.
O maior assentiu, limpando as lágrimas da face.
- Não chore, seu verme. Me dá vontade de te beijar. - Ikuma se levantou e encheu o próprio copo pela terceira ou quarta vez, tornando a prover-se do drink. - É um inútil mesmo, tenho certeza que conseguiria esse maldito.
O choro do maior não cessava e ficava pior a cada palavra do outro, mantendo a cabeça baixa e a mão sobre a face.
- Porque está chorando, cara?
Taa se levantou e saiu do local, caminhando até o quarto.
- ...
Ikuma permaneceu ali alguns segundos e arqueou a sobrancelha, não entendendo porque de tal reação alheia e encaminhou até ele, encostando-se ao limiar da porta, o observava.
- O que foi...?

O maior se apoiava na parede de costas a porta e uma das mãos encontrou a mesma, socando a parede e logo virou-se, sentando-se na cama e o gemido baixo deixou os lábios.
- Não sei... Não sei, Ikuma...

- Fala logo, pense, tenha cérebro, lagartixa. Senão vou te dar umas porradas.
- Eu não tenho o que dizer...
- Caralho, ficou louco por causa do homem? - Gargalhou.
Taa se levantou e segurou o outro pela camisa, empurrando-o contra a parede, fitando-o nos olhos
- ... Não estou louco por causa dele!

O meio sorriso nasceu no canto esquerdo dos lábios do vampiro. Este, notavelmente sem graça exposta, lhe fora apartado, assim que as mãos deslizaram sobre as costas do outro e até chegar a nuca, onde ambas seguraram firmemente seus fios claríssimos, agarrando-os entre dígitos e puxou-lhe a face de encontro a própria, o tocando nos lábios com os próprios e seguidamente o empurrou brusco longe de si, sem soltá-lo dos cabelos, logo mais inverteu o modo como estava, e tuas costas agora estavam contra o concreto, e certamente o deixaria com dor para o dia seguida. Assim com a muito tempo havia feito, erguera o punho fechado e lhe desferira um soco na face, no entanto, os dedos romperam o brusco movimento antes que lhe tocasse o rosto de modo rude.
- Não banque o macho perto de mim, querido. - Murmurou afável. - Está louco sim, está chorando e nem sabe por que... Diz que não quer os toques dele e chora por ele. Use-o como quiser, mais esteja perto dele se o ama, mesmo que isso te dê sabor amargo a cada beijo sem sentimento, mesmo que isso seja ainda pior que o sabor de sangue morto.

Taa gemeu ao ser empurrado contra a parede e fechou os olhos bruscamente ao ver a mão que vinha em direção a face, abrindo os olhos aos poucos em seguida e as lágrimas novamente deixavam os olhos, rindo baixo ao ouvir as palavras dele.
- Você é idiota... Não estou chorando por ele... Não só por ele...
Uma das mãos foi até o ombro do outro, apertando o local e o puxou para perto de si, selando-lhe os lábios, mordendo-lhe o lábio inferior e logo afastou a face da dele novamente, fitando-o. A mão deslizou até alcançar a face do outro, apertando-a entre os dedos.
- Os lábios dele me destroem... A pele dele é quente... Os olhos dele me fazem esquecer de tudo... E as palavras dele me fazem amá-lo... - Suspirou, fechando os olhos e mantendo a face dele próxima enquanto falava - Os seus lábios são o meu veneno e a minha droga... A sua pele é fria mas é ela que mais me esquenta... Seus olhos me fazem ficar completamente perdido e suas palavras... Me fazem te detestar... E esse ódio é tão grande.... Que não me deixa amar você... Maldito dia que você foi aparecer... Maldito dia... Maldito dia que eu... 
Que eu quis morrer.... Maldito... Você é um maldito...
Ao ter o lábio selado, Ikuma permaneceu com pálpebras descerradas e nestas íris douradas, permanecia apático. Tinha a face segurada e deixou ao bel-prazer alheio em estar próximo, lhe observando a face chorosa. Claro, que nenhuma daquelas palavras eram compreendidas por si, mas ainda assim as ouviu e logo que o rapaz apartou suas palavras ágeis e quase tropeçadas, pôs-se a respondê-lo.
- Porque me associa à isso? Eu não tenho nada a ver com isso.
Palavras soavam pela grossa voz do vocalista, porém seu timbre continuava cortês e ia se aumentando a cada fim de frase ou indagação.
- Estou transando com você, estou fodendo e te dando prazer e tendo o mesmo, se me odeia engula só esse ódio e continue transando com ele entre nossos corpos, mas porque sou o maldito? Porque maldito o dia em que apareci? Afinal, não estou te fazendo sofrer, ódio não faz ninguém sofrer. Você está sofrendo pelo amor que nutriu, e não pelo ódio.

A mão do maior foi até a camisa do outro, segurando-a, puxando-a e foi bruscamente até a calça do outro, abrindo-a.
- Ikuma... Me fode, hum... Fique comigo hoje...
O vampiro murmurou e abriu o roupão que usava, as mãos puxaram com força a camisa dele, rasgando-a e puxou -o para perto de si, colando o corpo dele ao próprio.

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