Ikuma e Taa #17


Os pés do maior guiaram o vocalista para dentro da boate, acreditava que o vampiro já havia voltado e o sorriso surgiu nos lábios ao vê-lo sentado num dos sofás do local como viu na outra noite. Os passos guiaram a si até o mesmo e observou a vampira ao lado lhe selar os lábios, arqueou uma das sobrancelhas e suspirou, não compreendia porque tinha ciúmes disso, nem sabia se podia chamar de ciúmes, mas afinal, o loiro nem pertencia a si. Sentou-se ao lado dele e colocou os pés sobre a mesa, pedindo uma dose da bebida para si, pigarreou.
- Onde foi hoje que era tão importante, moça?

Ikuma arqueou a sobrancelha conforme observava tais atitudes alheias. Virou a face em direção do outro assim que finalmente concluiu a análise com o olhar.
- Qual é da pose de macho? - A voz como sempre soava zombeteira, ainda mais denotada com o riso à seguir da fala.

- Desculpe, é que eu não posso sentar direito ainda. - Murmurou e riu.
O riso do loiro se tornou ainda mais audível após ouvi-lo, adorava aquela sinceridade, pensou, afinal não tinha realmente orgulho algum.
- Dói, é?

- É dói. Ainda não me disse onde foi. - Acendeu um dos cigarros, levando-o aos lábios e tragando-o vez ou outra.Finalmente os olhos de Ikuma perderam a imagem do rapaz ao desviá-los à frente, observando o grande movimento de pessoas que entravam ou saiam da boate. No palco central, o telão de fundo, expunha com maior proporção a imagem dos vampiros que dançavam de modo ousado sobre ele, aos poucos tirando as peças trajadas, semi desnundando seus corpos. Continuou a fixar a imagem do show, enquanto logo passara a responder o outro homem.
- Nada que seja de seu interesse, Lagartixa.

- Perfeito.
Taa observava as pessoas pelo local igualmente e assim que a bebida foi servida a si levou o copo aos lábios e bebeu de uma vez, tragando o cigarro em seguida. O loiro se p
roveu igualmente da bebida, a própria, já deixada na mesa, obtendo sua coloração vermelha, e as pequenas frutas em mesma cor. Pegou uma das cerejas e levou aos lábios, e a outra, serviu ao amigo ao lado, levando igualmente a teus lábios, logo retomando a atenção para o show.
O maior negativou e virou o rosto ao ver a fruta, suspirando e os olhos se desviaram ao palco assim como o outro, sem o minimo ânimo. Ikuma deu de ombros e voltou a cereja aos próprios, degustando-a assim como a primeira. Continuou a observar o show, porém os olhos se voltaram ao vocalista ao lado, notando tamanha falta de interesse de sua parte para com o ambiente.
- O que há?

- Não está nem aí pra minha presença aqui, não é?
A sobrancelha loira, quase inexistente, tornou a formar leve arqueação.
- Você está bem?

- Acho que não... - Taa abaixou a cabeça e acendeu outro cigarro.
Os olhos do menor continuaram a fixar a imagem, agora defronte a estes. Levou uma das mãos até o cigarro que o vampiro acabara de acender, roubando-o a si e o tragou. Com a mão livre, proveu-se pouco mais do drinque, e tornou a pousar a taça rasa sobre a mesa.
- O que foi?

A mão do maior que segurava o cigarro permaneceu imóvel por alguns segundos e logo a abaixou.
- Nada, só estou chato..

Ikuma levou o cigarro entre dedos em frente ao lábios do rapaz de madeixas longas, deixando-o tragá-lo. Um dos braços acomodou-se sobre o encosto do estofado, passando em torno o corpo do conhecido, e lhe pousou sobre um dos ombros, puxando-o minimamente para si.
- Está depressiva de novo, Lady.

Taa riu baixo e repousou a cabeça sobre o ombro do outro, ajeitando-se.
- Não estou depressivo.
- Hum... Sei... - Ikuma murmurou, ou não, era impossível murmurar com a música tão alta. - Está querendo um beijo e está com vergonha, verme?

- Não gosto de pedir isso a você...
- ... - Ikuma olhou-o incrédulo, e certamente a incredulidade estava exposta nos traços faciais. - Cara!... Bateu a cabeça? - Gargalhou. - Quem foi que ficou me cutucando pedindo beijo a noite?
- Tá, mas eu não gosto mesmo assim, porra!
O menor riu, tipicamente.
- Só não gosta! não é como se não quisesse, Lady.
O menor voltou a atenção ao palco após o comentário, e logo o olhar a vampiro ao lado seguidamente, comentou algo com a ruiva e riu por fim, desviando os dourados ao outro.
- Transamos aqui.

Taa se assustou e virou-se de lado, fitando o outro.
- O que?!

- É, transamos aqui quando estávamos bêbados..
O maior voltou a se ajeitar, a face levemente corada.
- Aqui...? Ahn...

- É, mas aqui é uma putaria só então... Não há problemas. Tem os red room's no andar de cima, porém, optamos por transar aqui... - Riu, abafando o riso com lábios cerrados, um risinho maldoso, malicioso.
- Uhum... Deve ter sido tão bom.

- Quer fazer de novo, ahn? ...
O menor sussurrou, tomando proximidade da face do outro, conforme lhe segurava o queixo entre dois dos dígitos e guiava os lábios a se juntarem aos dele, roçando-os, antes de beijá-los realmente, introduzindo a língua por segundos e esta voltou aos lábios, delineando-os.

- Uhum... - Taa abriu o sorriso malicioso nos lábios e retribuiu o beijo, a mão deslizou pelo tórax do menor, arranhando-o levemente. - Sabe o que é pior...? Você só pensa em sexo... E eu me viciei no seu corpo... Vamos ficar transando o tempo todo. - Riu.
Ikuma riu baixinho contra a proximidade dos lábios aos alheios.
- Até enjoar...
E voltou ao beijo outra vez, invadindo-lhe a boca com a língua que formou movimentos sugestivos e despudorados sobre a dele, e mordiscou-a, a sugando seguidamente.

- Eu queria me lembrar como foi. - Riu baixo e mordeu o lábio inferior.
- Hum... é ? - O mesmo tom de malícia foi usado na fala. 
O maior riu baixinho.
- Eu não vou enjoar, príncipe.
Retribuiu o beijo e deitou-se no sofá, puxando o outro sobre si, as mãos deslizavam pelo corpo dele, alcançando a cintura e apertou o local, rindo baixinho entre o beijo.
- Você é gostoso demais...

Um meio sorriso fora impresso nos lábios bonitos do loiro, em seu canto esquerdo. Cerrou as pálpebras e expôs a língua entre os fartos avermelhados, lambendo os alheios, roçando suavemente sobre estes e os sugou entre próprios, provendo-se da carne macia, da textura suave possuinte. Aliás, suave demais para um homem.
- Não vamos transar, infelizmente, mesmo que eu queira foder até deixá-lo inconsciente...

- Ora ora, se o principezinho não quer que eu desmaie nos braços dele. - Riu e as mãos adentraram a camisa do outro, deslizando pela pele. - Por quê não?
Ikuma se afastou, erguendo-se do corpo anteriormente abaixo. Porém as mãos do outro dentro da peça fizeram com que ele levantasse igualmente. Os braços impunham firmeza  em torno a cintura magrela do vocalista e apertou-o entre os robustos, e assim se levantou.
- Caralho... Você é alto, mas é leve demais... Deve estar anoréxica, Lagartixa.

A mão do maior bateu contra a coxa do loiro e suspirou.
- Se você não quer transar não me provoque, mocinha.

- Querer não é poder, Lady... Se eu pudesse a senhorita já estaria cavalgando.. - Riu travesso, mútuo em malícia.
- Ah desculpe, esqueci que o senhor é muito ocupado...

- Hum... - Ikuma tornou a rir, abafando o som do riso sutil sobre a pele qual encontrou com a boca, na região do pescoço e mordeu sem força, roçando os caninos afiados. - Está louco pra transar comigo pelo jeito... Está até mimado demais.
Taa gemeu baixo.
- Hum... Mimado? Não, faça o que quiser, hã...

- Uh.. Se fosse fazer o que quero, estaríamos transando agora... - O menor o mordeu outra vez, sugando a pele entre lábios, certamente formando a marca ali, porém apartado assim que tornou a falar. - Ainda fica chateado... Isso me agrada ainda mais, ahn... Está parecendo uma namorada exigente e ciumenta... - Riu após a provocação.
Taa puxou os cabelos do outro para que soltasse a pele e suspirou.
- Namorada, exigente e ciumenta, é?

O menor riu pela milésima vez, era quase impossível não rir diante das provocações e do efeito causado diante delas.
- Hum?

- Não sou uma garota, Ikuma!
- Tá bom, namorado exigente e ciumento, Lady.
- Melhorou...
- Continua sendo uma Lady.
- Vai tomar no seu cu.
- Não sou eu quem está com sede no cu.
O maior virou um tapa na face do outro, como costumava fazer e pegou outro cigarro sobre a mesa, levando aos lábios. O riso do loiro ficou mudo em meio a curva que tomou posse da linha labial, notado somente com seu som mínimo nasal após ter a face estapeada. Negativou com o manear e levou uma das mãos ao próprio sexo, apertando-o por sobre o traje de couro negro, que marcava seu comprimento desperto.
- Você gosta, eu sei.

- E você, quer me foder, é, bonequinha? - Taa riu debochado e acendeu o cigarro, tragando-o.
- Não, só quero foder alguém, e você é quem está querendo dar.
O maior deu outro tapa na face dele, com mais força dessa vez e arqueou uma das sobrancelhas, tragando outra vez o cigarro.
- Vai comer essas vadias então, vai!

- Não tenho tempo. Tem que ser bem feito, pra gostar igual a você.
Taa se virou e os lábios se entreabriram para xingá-lo quando o ouviu e manteve-se em silêncio, voltando o olhar a frente e tragou o cigarro.
- Está me bajulando... - Murmurou.

O menor se levantou ainda com o sorriso a tomar posse dos lábios, este provocativo que quase não morria diante do amigo.
- Vou indo agora, Lady. - Uma das mãos se encaminhou a própria face, onde havia recebido o tapa. - Agradeço pelas carícias estimulantes, - Abaixou-se, de modo que o rosto estivesse defronte ao alheio em centímetros poucos de distância e sussurrou. - ... eu as adoro.

Taa observou o outro e arqueou uma das sobrancelhas, apagou o cigarro no cinzeiro e o puxou para perto de si, segurando-lhe a face e selando-lhe os lábios.
- ... Tem mesmo que ir?

O mesmo fez o menor, segurando-o pelo queixo e deu-lhe um novo toque com os próprios lábios, unindo-os brevemente.
- Quer minha cama essa noite?

Taa assentiu e a língua tocou os lábios dele, a mão deslizou pelo corpo do menor, apertando-lhe o membro sobre a calça e riu.
- Quero dormir com você...

- Vamos logo e pare de segurar meu pau. - Provocou, e repôs a compostura. - Vem...
Deu as costas após despedir-se das moças de companhia e voltou ao local onde residia, por lá mesmo.

- Hai. - O maior se levantou e acompanhou o outro até o quarto, passando por toda sua casa bonita e bem decorada, que nunca tinha tempo para observar em todos os detalhes ricos. Observou a cama assim que dentro do local e logo deitou-se, fitando-o, chamando-o com um dos dedos.
- Vem cá, hum.

Ikuma observou o rapaz a chamar, porém não atendera de imediato a seu pedido. Tirou a camisa, desnudando o tronco, notando a pele ser eriçada com o toque gélido do vento, que por sinal quase nem sentia sua frieza. Desabotoou a calça e deixou que esta deslizasse sobre as pernas firmes, expondo a peça íntima negra que vestia e caminhou ao banheiro, fazendo a higiene básica da boca e lavou o rosto. Retornando ao quarto seguidamente.
- Banho... Amanhã! - Comentou e finalmente se deitou na cama.

- É você ainda me deve um. E as chupadas também, eu não esqueci.
Taa riu, retirou a camisa e a calça assim como o outro havia feito, jogando ao chão e ajeitou-se, mantendo-se perto dele apenas e a mão acariciou-lhe os cabelos.
- Boa noite, Ikuma...

- Boa noite, Taais. Pode deixar, amanhã antes de sair te acordo com um banho... De língua.
- Hum... - Riu e assentiu. - Hai. - Selou-lhe os lábios e fechou os olhos, cobrindo-se com o lençol.
Ikuma riu em baixo tom, e passou a se acomodar sobre o colchão no modo típico, debruçado, deixava um dos braços a pender ao lado da cama.
- Bom descanso... - Sussurrou.

- Que mania que você tem de dormir assim...
Taa manteve-se perto dele e a mão hesitava em tocá-lo mas manteve a mesma sobre o colchão, deitando-se de lado.

- Hum... - Ikuma murmurou, talvez já um pouco preguiçoso. - Me sinto mais a vontade.
Após o comentário virou-se outra vez e indicou no silêncio, somente com o manear da mão, que o mais alto virasse de costas a si, e assim que obedecido o pedido, encaixou as formas as deles, abraçando-o com um dos braços, sentindo o contato de peles, que pareceu tão agradável. Taa v
irou-se ao ver o sinal e sorriu com o abraço, levando uma das mãos até a dele, acariciando-a levemente e novamente fechando os olhos.
- ... S-Suki... Suki dayo... Prince.

- Ah, que adorável... - Ikuma riu em provocação, no entanto apartou a risada debochada ao afagar com a própria face os fios longos localizados sobre a nuca do vocalista. - Eu também gosto de você.
Taa assentiu e riu baixinho, entrelaçando os dedos aos dele.
- Obrigado por existir, Ikuma...

- Hum...
Ikuma murmurou somente, já que não sabia o que dizer diante do comentário do outro.

- Durma bem, hum. - Murmurou e manteve-se em silêncio até que o sono chegasse.
- Você também...
O loiro sussurrou e permaneceu em igual silêncio, este que durou... O Sono sempre viera bem rápido, adormeceu.

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