Naoto e Kazuya #13


Kazuya a
dentrou a sala de aula, e carregava consigo a pequena embalagem de uma confeitaria. Havia se certificado de chegar pouco antes do horário que o outro chegava, mesmo que tivesse que acordar bem mais cedo que o próprio horário habitual. Deixou a pequena embalagem sobre a mesa dele e sentou-se ao lado. Na mesma, continha a pequena torta de morango em formato de coração e o pequeno garfinho na cor branca. Sorriu consigo ao vê-lo entrar e desviou o olhar ao caderno, disfarçando.
Naoto caminhou até o próprio assento, portando num dos ombros a bolsa levada. Junto a si uma pequena quantidade de alunos adentravam a classe. Pressionou a ponta dos dedos sobre os olhos fechados, forçando o costume com a claridade, ainda sentia sono. Sentou-se à carteira, e só então percebera a pequena embalagem acima da superfície. Encarou o conteúdo, notando a sobremesa com o formato suspeito e voltou-se ao outro, não sendo necessário dizer-lhe alguma coisa. O maior desviou o olhar a ele e abriu um pequeno sorriso.
- Bom dia.

- 'Dia... Fez isso também?
- Não, esse eu comprei. Não sou tão bom assim.
- Parece bom em cozinhar. Por que um coração?
- Ora, não é obvio? - Sorriu.
- Porque você é gay?
- Não... Por que eu gosto de você.
Naoto riu silenciosamente pela provocação que o fez.
- Para de ser ruim, Nao.
- Você quer que as pessoas saibam sobre nós?
- Por que não?
- É a pergunta que estou fazendo e afirmando. Quer que saibam.
- Sim, eu quero.
- É só me beijar agora, fica mais fácil.
- Okay.
Kazuya se levantou e puxou o outro, abraçando-o e o selou os lábios, beijando-o em seguida. O menor se l
evantou quase sem jeito visto que desprevenido e quando o encarou já o havia beijado ao ser puxado consigo. Evidentemente tinha as íris denotando a cor diferenciada, conforme a maior expansão das pálpebras, pasmo.
O maior o puxou contra o próprio corpo, não se importando com os olhares em ambos e continuou o beijo. Naoto regrediu o passo, encontrou o pé da mesa, o que consequentemente levou a si a decair sobre o assento de onde havia sido tirado. Kazuya desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas. O outro evidentemente ainda parecia surpreso, e o encarou da mesma forma.
- Pronto, agora todos sabem. E se ainda não estiver claro... Hey, todo mundo!
O loiro falou alto a chamar a atenção de todos.
- Eu não quero mais ninguém no meu pé, porque agora eu sou do Naoto. Obrigado.
Observou as garotas boquiabertas devido a notícia, na verdade, todos estavam,e logo sentou-se no próprio lugar ao fim.

- ...
Naoto o encarou, tal como a sala de aula, entorpecido. Levantou-se minuto depois e caminhou pela classe até a porta, deixando-a a seguir pelo corredor até a escadaria que levava até a parte de cima do edifício, onde tinha costume de ficar. E já podia sentir o rosto esquentar, fosse ou não por estar rubro. Kazuya d
esviou o olhar ao outro que saiu da sala e logo seguiu atrás dele, firmando o passo.
- Naoto... Naoto! - Correu e logo o alcançou somente no andar de cima, aproximando-se. - O que foi?

O menor voltou-se a encará-lo, silencioso.
- O que eu fiz de errado?

- Pra quê chamar tanto a atenção?
- Ué, quero que saibam que sou seu.
- Tsc. - Resmungou. - Não precisava falar alto daquele jeito.
- Era pra todo mundo ouvir.
- Não precisava, Kazuya.
- Claro que precisava. - Segurou a mão dele. - Naoto... Eu te amo.
- Não precisava! - O menor exclamou, mas não com altura e sentiu o enlace de seus dedos, dada a proximidade que tinha, a ouvi-lo, desprevenido. - ...
O maior uniu as sobrancelhas.
- Eu te amo. - Repetiu. - Por que não pode me amar também?

- Pare de ser tão drástico, Kazuya.
- Não estou sendo drástico.
- Está. Sabia que o estava provando quando disse pra me beijar e mesmo que o fizesse, não precisava gritar.

- Mas agora todos sabem.
- Eles sabiam só por ter me beijado... Só por passar o dia todo comigo, ou ficar me dando doces ou ficar olhando pra mim na aula.
- O que tem de mais em falar?
- Não falou, chamou a atenção deles. Sabe como vão encher o saco de agora em diante...
- E daí? Eu não ligo pra eles.
- Se não ligasse não teria gritado pra eles.
O loiro estreitou os olhos.
- Esquece. - Virou-se a seguir o caminho de volta para a sala.

- Tsc... - Resmungou. - Idiota.
Kazuya virou-se ao ouvi-lo.
- Idiota? Eu sou idiota? Engraçado, porque eu faço tudo pra você, mostro pra todo mundo que eu gosto de você, estou aqui em pé te dizendo que eu te amo e você se quer me responde, só me critica. É... Talvez eu seja um idiota.
Falou e logo voltou a seguir o caminho. Naoto o o
uvira em silêncio, manifestou-se apenas quando dera novamente seu passo em saída e puxou-o pela gole da branca camisa que vestia.
- Sim, você é um idiota escandaloso, que faz desnecessariamente um anúncio para as pessoas cujo disse não se importar, mas se importa. Você é chamativo por si só e somente aquele beijo público seria o suficiente. Só te critico, ahn? Sim, você merece cada crítica. Mas você chega todo intenso na escola, me dá doces como se fosse uma garota apaixonada, me beija, grita e diz que me ama, como espera que eu consiga responder esse acúmulo de demonstrações quando eu nem sequer consigo ser carinhoso com a pessoa que eu amo, ah?

O loiro se virou a observá-lo enquanto o ouvia em silêncio e havia ouvido a última parte, mas não havia processado.
- Devia ser... Se não demonstrar o que sente, eu vou acabar indo embora.

Naoto o observou em silêncio e minimizou as feições, suavizando-a, o soltou. Kazuya o observou por um pequeno tempo igualmente e aproximou-se, abraçando-o.
- Você é muito importante pra mim, Naoto... Muito. Eu sei que também me ama... Mas por que não prova?

- Eu gosto de você, Kazuya. Mas amor é o que eu passei a sentir agora.
O maior se afastou a observá-lo e lhe selou os lábios, abrindo um pequeno sorriso a ele e o outro o retribuiu no breve contato de lábios.
- É tudo gradativo, a medida em que crio carinho, é que posso demonstrar ele a você. Mas se esse amor cresce, um dia então eu vou poder fazer tudo o que você precisa pra sentir que é amado.

O loiro assentiu ao ouvi-lo e segurou a mão dele a entrelaçar os dedos aos dele.
- Vamos sair daqui. Eu não quero voltar pra aula.

- Nossas coisas estão na sala.
- E daí? Depois voltamos e pegamos.
- Aonde quer ir?
Kazuya sorriu a ele e puxou-o pela mão, subindo as escadas.

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