Kusagi e Shohei #23


- Hiro? Hiro não! Eu quero saber do próximo livro. Não é como se fosse lançar um de terror ou coisa do tipo, sabe meu estilo de escrita... Não cara, não vou inventar nada ruim. Certo, conversamos amanhã.

Shohei falava alto ao telefone, estava irritado, precisava do dinheiro do lançamento dquele maldito livro e ninguém parecia entender. Estava ferrado, não tinha muito dinheiro, havia se separado do garoto e agora precisava pagar o aluguel sozinho, jamais pediria a Kusagi que ajudasse, apesar de saber que ele prontamente ajudaria, queria cuidar dele de alguma forma e também tinha o garoto, o loirinho com o qual havia brigado, estava chateado por ter falado daquele modo com ele da última vez, talvez tivesse exagerado um pouco e ele não merecesse tudo aquilo, era o que pensava. 
A vida havia sido uma grande confusão dsde o colégio, quando o moreno havia deixado a si para ficar com uma garota e teve de seguir outro caminho, o loirinho sempre esteve ali para si, mas era mais como um amigo com que fazia sexo, não era dele que realmente gostava, e isso exatava estampado no próprio rosto toda vez que chegava perto do moreno, era difícil decidir, era difícil viver com os dois, porque não queria que o amigo ficasse com o atual namorado, não suportava pensar em Kusagi tocando outra pessoa, não mais, ele tinha que ser só próprio e de mais ninguém. 
A aliança não estava mais no dedo e tinha o colar do outro no pescoço, era assim que via a si após aqueles dias, uma enorme confusão de alianças, eram o perfeito triangulo amoroso contado em histórias, mas não era nada legal estar envolvido nesse conto, doía de certa forma, saber que quem amava poderia se deitar com outra pessoa, e também, gostava do loirinho, embora não da mesma forma que ele esperava, e dizer adeus a ele depois de tudo que haviam passado era no mínimo, estranho.
Após tantos pensamentos contraditórios, Shohei se levantou e caminhou para a editora onde falaria do futuro livro, precisava dele para ter dinheiro por mais algum tempo, e já estava quase todo terminado só faltava corrigir e editar a capa, era justamente o que estava vendo, as modificações que faria, enquanto caminhava, seria rápido, apenas algumas anotações e fecharia o livro e guardaria na bolsa, fora quando o barulho alto de uma buzina veio da lateral, era uma rua a qual atravessava, e o carro também não o havia visto passar. Agora não via mais seu livro, também não pensava em mais nada.

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