Tsuzuku e Koichi #18


Koichi seguiu até a cozinha,era quase noite e nem se quer sabia se o outro estava em casa ou não. Sorriu as pessoas no local e sentou-se próxima ao balcão.

- Boa noite Koichi.
- Boa noite, Ayu. 
- Quer alguma coisa?
- Eu quero um chá, se não for atrapalhar.
- Claro que não. - Sorriu.
- Hai. O Tsuzuku está? 
- Acho que sim, ele deve estar na sala.
O menor sorriu e assentiu.
- Obrigado.
Levantou-se a seguir a fora da cozinha, observando o rapaz loiro e alto que havia adentrado o local, era tão bonito, bem maior do que a si e sentia-se quase minusculo perto dele. Os traços de seu rosto eram perfeitos, tanto que manteve-se algum tempo a observá-lo.

- Garotinho, sabe onde o Tsuzuku está?
- Ahn... Disseram que ele estava na sala. Quem é você?
- Sou o namorado dele ora.
O outro riu e piscou a si, seguindo o caminho para a sala.

- Hum?
O menor o observou apenas e logo o caminho que ele seguiu, seguindo em passos lentos a sala igualmente, observando-o de longe. Tsuzuku se s
entava à poltrona alguns metros distante do televisor que observava com interesse, ou não. O braço descansava no estofado de couro, tipicamente, era como gostava, e na mão portava uma taça inerte com a dose vermelha que enchia o recipiente até sua metade, e noutra metade apenas o rastro rubro no copo, demonstrando onde a bebida já havia passado.
- Tsuzuku... - Falou o loiro a se aproximar do outro, sentando-se sobre o colo dele. - Por que não foi me procurar? Não precisa mais de mim?
Falou o outro a ele e apenas aproximou-se pouco mais, mantendo-se a observá-los apenas.

Sequer precisou se virar conforme os passos se estendiam mais próximos. O moreno somente, deu mais um gole na bebida, sentindo seu fel sabor tipo positivo, no entanto ainda assim era notável o cheiro próximo, visto que num ligeiro movimento já se tinha no próprio colo.
- Tenho mais o que fazer, Yusuke. - Ditou, após alguns minutos silenciosos.

- Hum... Me largou. Quem é o pirralho? Seu filho? - Murmurou o outro a ver o garoto adentrar o local e o mesmo se encolheu.
- O que você quer? - Retrucou o maior e mais da bebida ingeriu.
- Ora, somos namorados, não somos? Como pode me tratar assim.
- Não me lembro de pedir você em namoro.
- Como assim? Há um tempo atrás vivia comigo na cama. Inclusive adorava o meu sangue.
- Transar não é namorar.
- Hum, sei... Só passei pra te dar um oi. - O loiro abaixou-se a selar os lábios do outro. - Quando precisar de mim sabe onde me encontrar.
- Sinto cheiro de cio. Veio aqui dar uma, uh.
- Você não me quer. - Riu.
- Vá embora. - Ditou ao louro, com a mão que pousou em seu colo e lhe pressionou o membro por cima de sua roupa. - Depois eu falo com você.
O rapaz mordeu o lábio inferior, assentindo.
- Vou esperar.
Levantou-se a seguir o caminho a saída, passando pelo pequeno e apenas olhou de canto. Koichi observou o outro no sofá e virou-se a sair da sala igualmente, não ficaria após aquela cena.

- Aonde vai, Koichi?
- ... Pro quarto.
- Por que? Não acabou de vir me procurar?
- Não... Eu só queria saber onde estava...
- Venha cá.
O menor assentiu e virou-se a voltar ao sofá, aproximando-se a observá-lo. Com a mão detida livre, Tsuzuku indicou ao colo. Koichi se aproximou do outro a sentar-se sobre o colo dele. O maior lhe acariciou os cabelos, descendo pelos fios em sua extensão. O menor se ajeitou junto dele a repousar a face sobre o ombro do maior, ainda silencioso.
- Já te deram sangue hoje?
- Não.
O maior entregou a taça ao pequeno que bebeu um pequeno gole da bebida.
- Está calado, está com ciume.

- Não.
- Hum, achei que fosse rosnar.
- Rosnar?
- Pra ele.
- Você mesmo disse que não é meu... Por que deveria rosnar pra ele?
- Porque está com ciume.
Koichi negativou, devolvendo a taça a ele.
- Pode terminar.
O outro assentiu e logo levou aos lábios a beber o restante do liquido. 
- Koichi-kun, seu chá.
Dizia o ex-escravo de sangue a levar a bebida em uma xícara. O menor se e
rgueu a sorrir a ele e pegou a xícara.
- Obrigado, Ayu.

- Oh, vejo que estão se dando bem.
 Koichi assentiu, entregando a taça a ele e bebeu alguns goles do chá.
- Quer chá?

- Não. Estão brincando pela casa, ah?
- Hum? Não...
- Não tem interesse em comer de novo, Koichi?
- Iie.
- Gosta de ser comido.
- Só você.
- Só quer dar pra mim, ah?

- Hai.
- Que fiel.
Koichi assentiu.
- Está triste, Hachiko.

O menor riu baixinho, escondendo a face no pescoço do outro, segurando com cuidado a xícara nas mãos.
- Você é muito exposto, principalmente quando não quer ser.
- Eu?
- Por quê?
- Você ficou grudado enquanto ele estava aqui e saiu quando ele saiu, depois diz que não sente ciúme porque não é nada meu, Hachiko.
- Sei que vai se encontrar com ele.
- Não posso fazer nada a respeito disso.
- Certo. Suba, vá pro quarto e tome banho.
O menor assentiu, levantando-se e seguiu a cozinha, a entregar a xícara vazia ao outro, havia tomado quase todo o chá pelo caminho. Tsuzuku permanecera na sala algum tempo, serviu-se de mais uma dose do sangue na mesma taça, e assistiu o restante daquele interessante, ou não, programa. Levantou-se após o término da bebida, levou as mãos aos bolsos do casaco que vestia e subira as escadas já a acender o fumo cubano, aspirando-o sem tragar ao caminho do quarto.

Ao adentrar o quarto, Koichi retirou as roupas, deixando-as num local onde os empregado pudessem encontrar para lavar e adentrou o box a banhar o corpo por um período curto, sabia que logo o outro iria subir. Terminou o banho a trocar as roupas pela roupa intima e deitou-se na cama a cobrir-se com o edredom, esperando que o outro viesse ao quarto.
Tsuzuku o observou na cama ao adentrar o cômodo, porém prosseguiu ao banheiro, onde despiu-se e passara a formular a própria higiene, vez outra a tragar o fumo, deixado num cinzeiro ali. O menor sentiu o cheiro forte do charuto a encher o ambiente e uniu as sobrancelhas apenas, esperando o outro sair do banho com um pequeno sorriso nos lábios.
O moreno descansou o antebraço contra o limiar da porta, num extremo entre o banheiro com vapor e o quarto onde deitado o rapaz. Detinha o tronco nu, uma felpuda toalha na cintura e noutra mão ainda o restante do charuto. O pequeno observou o outro no local, mordendo o lábio inferior.
- Vem, Tsuzu...

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário