Ryoga e Katsumi #19 (+18)


Katsumi se deitou na cama após o banho, e havia ficado meio silencioso, receoso de observá-lo, já que observava a si como se comesse com os olhos. Vestiu a roupa intima e deitou-se rápido, para que ele não visse a própria barriga, apesar de não estar tão grande assim.
- Você vem...?

Ryoga envolveu a toalha na cintura, e voltou ao quarto com somente isso de tecido. Fitou o moreno, seguindo seu caminhar até a cama. Tão logo sentou-se na cama, com ele e um cigarro nos dedos, que tragou e deixou no cinzeiro, de lado.
- Parecemos um casal que nunca transou, e está em lua de mel.

O menor abriu um pequeno sorriso e riu baixinho em seguida.
- Eu sou a esposa é?

- Eu é quem não sou.
- Hum, sei. E sou a esposa grávida.
Não na teoria da lua de mel, porque seria a primeira vez.
- Hum, touché.
O maior tirou a toalha e voltou-se a fitá-lo. Encarou algum tempo, talvez tentando propositalmente constrangê-lo.
- Por que colocou roupa?

Katsumi o observou por um pequeno tempo e logo abaixou a cabeça, tentando desviar a atenção.
- Porque sim, ora.

- Não precisava.
O moreno disse e apagou a luz, tão logo, no escuro absoluto do quarto por alguns instantes, enfiou-se embaixo do cobertor desnecessário e tratou de despir sua pouca roupa, jogando-a ao chão. O outro p
iscou algumas vezes, tentando se acostumar ao escuro e logo sentiu-o sobre si e uniu as sobrancelhas, porém guiou ambas as mãos ao redor do corpo dele.
- Melhor assim.
Ryoga disse e levou as mãos em suas coxas, afastando suas pernas aonde acomodou-se ao meio. Levou a mão em seu cabelo crescido e enroscou aos dedos, o segurou e beijou seus lábios com a mesma indelicadeza de sempre, talvez um pouco mais tênue que fora de sua gravidez.

Katsumi suspirou ao ouvi-lo e abriu um pequeno sorriso, sentia vontade dele já havia um tempo, e com a gravidez se tornava ainda pior, mas era hesitante em tocá-lo, talvez orgulho, ou talvez não soubesse o quão longe podia ir com ele, não sabia se ele daria liberdade a si para fazê-lo. Sentiu o puxão nos cabelos e uniu as sobrancelhas num gemido sutil, dolorido, e sabia que ele gostava, retribuindo o beijo a empurrar a língua em seus lábios.A língua que o maior recebeu na boca, sugou com força e uma suave mordida, deslizou os dentes por toda extensão possível dela, e segurou por algum tempo na ponta antes de soltá-la. Sentiu um leve furor pelo sangue dele que fluía no próprio corpo, estava empolgado em ser tomado, parecia realmente uma mulher virgem na lua de mel. Quis rir ao pensar nisso, mas estava absorto em outro fator, com o beijo que partilhava com ele e mesmo o corpo crescente entre suas pernas, e as próprias.
Katsumi estava realmente animado, era óbvio, até as mãos estavam trêmulas, era muito bom poder tocá-lo, um alivio, e ainda saber que ele queria a si, e não o contrário, perguntava-se se ele realmente não via outra pessoa, porque agora era realmente como uma virgem, devido ao tempo sem tocá-lo. Estreitou os olhos ao sentir as mordidas e uniu as sobrancelhas novamente ao se afastar, quando acabou por roçar um dos dentes em seu lábio, arrancando um pequeno filete de sangue.
Ryoga sentiu o cheiro do sangue, que não era dele ou de outro alguém, mas o próprio. Fitou-o de olhos estreitos e já possivelmente aparente no escuro do quarto.
- Está tentando arrancar meu sangue?
Indagou e mordiscou igualmente seu lábio. Uma das mãos levou até o sexo, e ajeitou no meio de suas pernas, sentindo-se entre suas nádegas, mas sem tentar penetrá-lo.
- Não... Foi sem querer.
Katsumi murmurou, não queria realmente que ele pensasse que estava tentando machucá-lo, estava meio instável e frágil, e não queria nada muito selvagem como faziam antes, quase riu em pensar na palavra. Mordeu o próprio lábio, arrancando sangue igualmente e até gemeu dolorido, deixando o próprio se misturar ao dele, como havia virado vampiro, não contra os lábios de alguém, e com certeza dessa vez era muito mais interessante se misturar a ele, gostava dele. Deslizou uma das mãos por seus cabelos, acariciando-os e suspirou ao senti-lo entre as próprias pernas, deslizando a mão por seu rosto, sentindo-o e observou-o, seus olhos acesos no escuro.

Ryoga moveu suavemente o quadril, sentindo-se roçar entre suas nádegas. Seus movimentos tênues demais, sob a suavidade de seus dedos nos cabelos, que quase pediam por gentileza indiretamente. Voltou a penetrá-lo com a língua, beijando seus lábios que sujos de sangue, se misturava ao próprio e tornava um sabor agradável.
O menor sorriu a ele, sutilmente e retribuiu seu beijo, deslizando a língua pela dele, sentindo o sabor gostoso de seu sangue. Deslizou ambas as mãos até suas costas, acariciando-o e sentindo-o tão perto de si, gostoso, morno, e não frio como de costume.
Ryoga sentiu o toque contra a coxa, com a leveza de seus dedos que fez um leve arrepio na pele. E com movimento único, penetrou-o inteiro com um solavanco, foi rápido e tão logo fez-se inteiramente dentro. Gemeu suave e rouco, mesmo contra seus lábios que ainda tocava, sem beijá-lo realmente. Fechou os olhos que até então voltados a seu rosto escuro, e sentiu seu corpo morno, umedecido talvez pelo sangue, e foi o único movimento necessitado de brusquidão, já que o restante deles, certamente faria com suavidade, por algum motivo, queria sexo, mas não pensava em machucá-lo, não desta vez.
Katsumi suspirou, perdido nos toques sutis que dava a ele, apreciando também o toque nas nádegas, apenas o roçar até então e quando por fim o sentiu se empurrar contra si, arregalou os olhos, agarrando-se a ele e apertou-o em seu ombro com certa força, certamente se o tivesse feito em um humano, o teria quebrado. Gemeu alto, dolorido ao senti-lo dentro, e por inteiro tão bruscamente, fechou os olhos e uniu as sobrancelhas, mordendo o lábio inferior e acabou por tirar mais sangue do local.
- A-Ah... R-Ryoga...
O maior sentiu o aperto no ombro, certamente dolorido, mas não o suficiente a provocar algum ruído que não fosse um riso sutil diante de seu manifesto.
- Hey, não tão alto. Vai acabar trazendo o Erin para o quarto.
Disse e riu novamente. Tão logo se moveu, não muito gentil, mas tornaria-o prazeroso. Deu sequência, com movimento suave, sentindo-se deslizar para dentro e para fora, com a lubrificação de seu corpo machucado sem intenção e tornou a gemer num protesto de prazer, quanto voltou a fitar seu rosto, e apreciá-lo enquanto fazia sexo com ele, um sexo gentil que, com certeza nunca havia feito antes.

O menor estremeceu, obviamente dolorido e não prazeroso de início e uniu as sobrancelhas mais uma vez a observá-lo, quase o repreendendo pelo ato, principalmente ao ouvi-lo.
- Devia ter pensado nisso... Antes de meter o pau com tudo em mim, faz tempo que não fazemos nada... I...diota. Ah!
Gemeu novamente, alto e quase sem controle da voz ao sentir a investida contra si, porém reconhecia do mesmo modo que nunca havia feito sexo daquele modo com outra pessoa antes, mesmo machucando a si, era sutil, não da forma como ele geralmente fazia, não tinha cortes, nem marcas de chicote nas costas, e estranhamente, estava gostando.

- É só uma cortesia. Já que estou sendo assim tão bonzinho com você.
Disse o vampiro mais velho ao rapaz e sorriu-lhe de canto, embora no escuro, era visto, princialmente ao encará-lo, com as íris vividas pelo sangue em questão, ainda que ambos fossem de vampiro, não deixavam de ser. Penetrou-o novamente, continuando o ritmo de vaivém.

- Porra, até amoleci...
Katsumi murmurou e riu, sutilmente, e realmente o havia feito, mesmo sem perceber. Estremeceu e agarrou-se a ele, suspirando e mordeu o lábio inferior ao senti-lo a fundo.
- Bonzinho, hum? - Riu. - Não precisa ser.
- Não diga isso, senão sua lua de mel vai sumir. - Ryoga disse a ele, diante de seu ar que parecia desdenhar a "bondade" dita. Moveu-se, penetrando-o novamente com força, até seu fundo. - Estou parecendo um companheiro atencioso, fazendo "amor", e você falando pra não ser. Sabe que não vou pensar duas vezes. - Disse e mordiscou seus lábios. 

O menor riu baixinho e não discordou porque de fato queria fazer amor com ele. Abraçou-o, aconchegando-o nos braços e abaixo do cobertor, porém cessou ao sentir a investida firme contra o corpo e estremeceu mais uma vez, dolorido.
- Ah...
- Sabe que vai ficar gostoso, ah?
O maior retrucou, notando seu corpo trépido, talvez sem o costume da penetração, ou somente animado com o fato. Voltou a penetra-lo seguidamente, continuando o ritmo suave do quadril, mesmo embora dolorido a ele, com seu corpo estreito demais, apertado, o que não era para si um prejuízo. E mordiscou seu queixo, seguindo pela linha do maxilar, e tão logo afundou-se em seu pescoço.
Katsumi se agarrou ao lençol da cama com uma das mãos, apertando-o entre os dedos, e Deus, como era dolorido, melhoraria, era óbvio e ficaria uma delicia, mas por enquanto, reclamava baixo com gemido sutis. Inclinou o pescoço para o lado, deixando-o tocar a si no local e já sabia o que viria a seguir, até se preparou. Deslizou a outra mão pelo quadril dele, sentindo-o em seus movimentos e puxou-o para si, fazendo-o atingir a si a fundo, onde gostava e gemeu, prazeroso.
- Anda muito manhoso pro meu gosto.
Ryoga murmurou, soando contra sua pele colada aos lábios. E lambeu a tez, sentindo o gosto do seu banho recente. Tão logo, tal como a puxada que ganhou nos quadris, formulando a investida, penetrou-o com a mesma firmeza, com os dentes. E sentiu seu sabor invadir a própria boca, dando seu sabor suavemente humano.

Katsumi se assustou ao ter os dentes cravados, mesmo que já esperasse, era sempre doloroso. Mordeu o lábio inferior, tentando não gemer alto e sufocou o gemido, que mesmo assim deixou a si, embora baixo. Estremeceu ao sentir a nova investida e nem sabia no que prestar atenção, era prazeroso em parte, mas doloroso em outra já que sentia o sangue deixar as veias aos poucos, cada vez mais.
- Chega, vai me secar...
- Secar, é?
O maior manteve as investidas contra o corpo dele, firmes e por fim retirou as presas, lambendo os orifícios que expeliam sangue, e com certeza o tomaria até que sentisse a sensação de torpor, se não estivesse esperando um filho próprio. Com o sangue no corpo do vampiro, Katsumi estremeceu ainda mais, sentia toda a onda de prazer própria e do outro, e era prazer demais para si, tanto que não suportou sentir por muito tempo, visto que o próprio membro já pulsava a cada investida dele contra o corpo, e também, estava grávido, tinha duas vezes mais sangue pelo corpo, se excitava fácil, mas toda a excitação também ia embora fácil, e fora num jato de prazer que deixou o corpo junto ao ápice.
Ryoga desviou o olhar a ele ao sentir o líquido quente sobre o abdômen e fez o mesmo, se enterrou em seu corpo, que devido aos movimentos estava com a temperatura alterada e gozou, não tendo problema em se deixar ali já que o outro já carregava seu filho.
- Kimochi... - Disse o menor.
- Hai... Kimochi.
Katsumi ergueu uma das mãos, guiando aos cabelos dele e deslizou suavemente até a linha de seu maxilar, acariciando-o por ali como se aquele momento pudesse durar para sempre. Ryoga achava estranho, pensou em caçoar, mas naquele momento achou melhor não fazer e apenas segurou a mão dele, deitando-se a seu lado e se preparou para dormir, embora ainda achasse todo aquele contato estranho.

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