Shohei e Yukinori #22
Após a saída dele, Shohei tomou um banho e trocou os lençóis, cochilou mais um pouco preguiçoso, fez um lanche e procurou uma receita de bolo na internet, era mais do que obvio que não era muito bom na cozinha, então refez a maldita receita umas dez vezes para que o bolo ficasse aceitável, estava até gostoso. Deixou-o sobre o móvel e limpou as mãos no avental, faria agora a cobertura e recheio, porém ouviu a campainha tocar e arqueou uma das sobrancelhas.
- O Kusagi tem a chave... Então?
Falou mais para si mesmo e seguiu em direção à porta, abrindo-a e arregalou os olhos ao ver ali o garoto parado, que achou que nunca mais fosse voltar.
- O que faz aqui? Falou a ele, o pequeno loirinho e logo o viu se atirar sobre si, abraçando ao redor da cintura e investindo contra os lábios num beijo que não teve muitos modos de evitar. Virou a face, ou tentou, tentando afastá-lo de alguma maneira e segurou-o, afastando-o de si.
- Yuki... Yuki! Pare com essa merda!
- Sho... Eu senti sua falta... Não quero ficar sozinho... Me deixa ficar aqui de novo com vocês... Eu não me intrometo, eu juro.
- Você é idiota? Eu terminei com você. E nunca mais faça isso. - Falou a ele e limpou os lábios.
- ... Por que está agindo assim? Você gostava de mim antes.
- Yuki, você sabe muito bem da minha relação com o Kusagi. Estamos namorando, vá embora.
- Mas Sho...
- Você é surdo?
O menor uniu as sobrancelhas.
- Me deixe só dar oi pro Kusagi...
- Não chegue perto do Kusagi, você ouviu? Ou eu arranco a sua cabeça.
- ... Hai. Desculpe... - Murmurou e abaixou a cabeça. - Não devia ter vindo aqui.
- Não, não devia. Vá embora Yuki.
- Hai...
Shohei fechou a porta mesmo na cara do outro, não queria falar com ele e pensou ter deixado isso bem claro. Suspirou e limpou a boca novamente, negativando consigo mesmo e estreitou os olhos, irritado com o ocorrido, e não pensou, se quer parou para raciocinar o que havia feito com o garoto, que não era qualquer pessoa, e sim a pessoa que havia cuidado de si até encontrar o outro novamente, a pessoa que havia mantido por perto, que havia cuidado e que havia escolhido por um tempo, era um idiota, mas não se dava conta naquela hora, mas um dia teria de dar.
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