Atsushi e Kaoru #3 (+18)


Atsushi assentiu a ele, com o sorriso tão leve quanto. Quando atingido o destino do táxi, encerrou a viagem a pagar ao rapaz que buscou não olhar nada ao redor, parecia tentar ser mais discreto possível e deixou o automóvel após o pagamento, buscando num dos bolsos as chaves enquanto aguardava o guitarrista que juntamente desembarcou. Passou pela portaria e caminhou até a entrada da residência o qual ao abrir a porta, deu passagem ao guitarrista, fechando-a quando finalmente adentro. Era uma casa grande de tons escuros, mas detinha seu aconchego, era um aspecto fácil de se deduzir logo pelo estilo musical da banda o qual vocalista. Após deixa-lo à vontade, seguiu para o bar na sala de jantar onde no pequeno frigobar pegou as garrafas pequenas de cerveja.

Ao descer do táxi, Kaoru nem havia notado o fato de que ele havia pago toda a quantia, estava meio confuso ainda, embora parecesse completamente são sobre o que fazia. Ao adentrar a casa dele, observou o ambiente bonito e em tons agradáveis, era linda, podia dizer, porém teve que se apoiar em seu sofá, onde se sentou sem pedir licença.
- ... Tem uma casa bonita, Atsushi-san.

O maior voltou-se para encontra-lo, deliberadamente sentado de pernas espaçadas no estofado, os olhos fechados e nuca recostada no encosto do assento, levou sua cerveja e tocou seu braço com a garrafa gelada, despertando sua atenção antes de seguir e se sentar a seu lado.
Kaoru teve um suave sobressalto ao sentir a cerveja gelada e desviou o olhar a ele, rindo baixinho ao perceber que ele queria a própria atenção. Aceitou a cerveja, dando espaço a ele lado a si e sentiu-se meio estranho, talvez devido aquele beijo que haviam dado no táxi, não é como se agora soubesse que ele queria só a própria amizade.
- Hum, parece que você não se dá bem com bebidas, Kaoru-san.
O maior disse a ele, embora não estivesse de fato ao todo muito estável. Estava ainda leve pela bebida, e ainda continuava encorajado no mesmo sentido com que o beijara pouco antes, mas estava a fim de uma cerveja, ou talvez prolongar o efeito do álcool, simplesmente porque gostava disso.

- Eh? Ah, iie. - Kaoru sorriu a ele, abrindo a cerveja a dar um pequeno gole. - Eu não costumo beber, estou ocupado o tempo todo, então é difícil me distrair assim, a maioria dos integrantes tem suas famílias, então...
- Hum, mesmo com afazeres não pode ser assim tão difícil ter uns momentos de distração após os shows. Mas não o culpo, você é líder, deve ser responsável pelo restante.
Atsushi disse e por fim tragou da bebida, que deixou de lado num descanso de copo acima da mesa de centro na sala de estar. 

- Hai, é complicado, sou praticamente o pai de todos eles. - O menor murmurou e bebeu mais um pequeno gole, deixando junto da dele, em outro porta copos. - Você... Não está acompanhado em casa?
Atsushi negativou ao acompanhar o movimento de sua bebida até o descanso acima da mesa, e permitiu-se chegar perto do guitarrista, como feito antes da chegada. Pendeu-se defronte ao mais novo e desta vez deslizou a mão de sua face levemente áspera por um resquício de barba e deslizou sobre a orelha até os cabelos ondulados que tomou entre os dedos e segurou.
Kaoru arqueou uma das sobrancelhas, e não entendeu, achava que o outro era casado assim como a si, mas pelo visto, ou a esposa dele não estava ou havia saído. Sentiu seu toque sobre os cabelos, e estava meio desajeitado, não sabia como agir com ele, mas desviou o olhar ao maior quando o sentiu segurar os cabelos.
- A-Atsushi-san...

O maior fitou-o sendo chamado, mas o que não impediu de prosseguir ainda que o houvesse respondido com um breve "hum?" que não deu tempo para resposta, deitou os lábios contra os dele, com a língua invasiva em sua boca, não tinha início com um tênue e breve selo, ia direto ao ponto.
O menor sentiu o outro empurrar a língua para si e afastou-se suavemente, meio desconfortável ainda, sentia-se estranho com aquele toque, não era comum beijar um homem, e mesmo assim, tinha um conflito interno consigo mesmo, o queria. De alguma forma ele era estranhamente atraente, os cabelos lisos e macios, a pele lisa e impecável, queria tocá-lo, queria sentia mais dele, mas sabia que se não fosse o álcool, isso nunca iria passar pela própria cabeça, somente por ser um homem como ele. Retribuiu seu beijo, de todo modo, quando percebeu que não tinha um modo de escapar, estava na casa dele, em seu sofá, havia praticamente pedido por aquilo, e estava gostando.
Atsushi fitou-o com seu afastar, o que não fora suficiente para perceber o quanto ele havia refletido nesse meio tempo. Voltou ao toque de sua boca amarga, sentindo agora o sabor da cerveja e não foi gradativo, foi simplesmente firme, passeando sobre os limites de sua boca, sorvendo sua língua e lábio macio.
Kaoru sentiu o toque firme de sua boca, quase exigindo um beijo próprio e o retribuiu, mantendo os olhos fechados, e buscou não se questionar, era melhor assim. Uma das mãos guiou em direção a face dele, tocando-o na pele macia, sem marcas que queria tanto sentir.Ao tomar entre os próprios, seu lábio inferior, o maior deslizou com a língua a seu queixo onde o mordeu e sentiu a leve textura da barba, de alguma forma agradável e passou até o pescoço com um cheiro leve de perfume amadeirado, mordiscou de leve e passou com a mão do pescoço ao ombro e logo para a cintura.
O mais novo seguiu com aquele estranho toque, não sabia ao certo o que fazer, ainda estava confuso, então se colocou a agir de acordo com ele, o que faria afinal? Sentiu o toque sobre o queixo, meio incômodo sobre a barba, não tinha uma pele tão impecável como a dele, mas não fazia tanta questão geralmente, e não demonstrou se importar muito, já que voltou ao local quando o sentiu descer, e ao cessar na cintura, uniu as sobrancelhas. Deveria ter cessado o toque ali, na verdade, deveria tê-lo recusado no carro, afinal, era casado, mas ao contrário disso, estava se vendo ali deslizando uma das mãos pela coxa dele e subindo suavemente, meio desajeitado.
Ao interromper a atividade bucal por seu corpo, Atsushi deu uma leve mordida em sua pele até por fim aparta-lo. O contrário dele não levara adiante os pensamentos sobre o que estavam fazendo, queria, estava afim, estava fluindo e era isso o que importava. Levou as mãos a seu cardigan de tecido fino, tirou deliberadamente e ao retomarem sua cintura, tocou a barra de sua camiseta embaixo e a erguê-la, despiu de suas vestes superiores, revelando seu tronco cujas definições eram leves e a pele tatuada.
Kaoru o sentiu puxar a parte de cima da roupa, e sentia-se meio estranho, quer dizer, nunca havia tido as roupas retiradas por um homem, era tudo muito novo. Expôs o tronco a ele, já não tinha mais dezoito anos, mas tinha definição corporal, estava em forma, por isso não se importou. Fez o mesmo com a camisa dele, nem havia pensado duas vezes antes de puxá-la, e expôs o tronco bonito dele, ao contrário de si, de pele limpa.
Diferentemente do outro, o mais velho nem parou para refletir sobre algum possível problema no físico, era homem e o erro podia ser iniciado por aí, se fosse somar algum contra, mas ele parecia não se importar com isso. Expôs-se com a ajuda a tirar a camisa que vestia e de uma forma surpreendente, fluía sem dificuldades. E não deixou de conferir sua pele tatuada, podia não ter conferido arte por arte, mas o resultado final era agradável de se olhar.
- Quer ir pra cama?

Kaoru o observou no afastar de lábios e por fim teve que cessar um pequeno tempo para ponderar sobre a cama, ir significaria que estava levando aquilo adiante, e não teria como cessar depois.
- Quero.

- Então vem.
Disse o mais velho ao se levantar e toma-lo por seu pulso ao puxa-lo com ajuda para que ele fizesse o mesmo. Tomou suas vestes, tal qual a própria e jogou-a sobre o ombro. Das garrafas levou uma só e seguiu atrás do guitarrista a guia-lo pela cama, indicando o caminho do piso superior, direcionando-o ao próprio quarto, que era, como todo o restante da casa, de tons escuros.

O menor se levantou ao ser puxado, seguindo com ele para cima onde entraria em seu quarto e nem imaginava como aquele lugar poderia ser, mas pelo jeito dele, deveria ser muito bem decorado. E só constou o óbvio quando entrou, era realmente lindo, embora pouco bêbado não tivesse tempo para notar em cada detalhe. Fora guiado diretamente para a cama, embora antes de se deitar, tenha pego a garrafa de cerveja das mãos dele e bebeu alguns goles.
Atsushi entregou-lhe a garrafa, e viu-o beber da cerveja como se fossem doses de coragem, o que surtiu em si um sorriso canteiro com os dentes aparentes. Numa das poltronas deixou as roupas tiradas, não pensou ser necessário fechar a porta e pelo quarto caminhou o suficiente para desabotoar a calça, descer o zíper e encontrar numa das gavetas um preservativo que jogou sobre o criado mudo ao lado da cama e voltou-se para o mais novo, segurando-o por sua cintura, puxou-o consigo e voltou a beija-lo, talvez um pouco mais lascivo que os anteriores, já que estar no quarto significava que tinha um passe a frente.
Ao deixar a cerveja sobre o criado-mudo, Kaoru desviou o olhar a ele, que passeava pelo local a prepará-lo para si, até viu aquela pequena embalagem jogada ao lado da garrafa, mas nada disse, nem tinha intenção de retrucá-lo, poderia pensar que não saberia o que acontecia, mas já era adulto, sabia como era sexo com outro homem, e estranhamente, concordava com aquilo, e sabia tudo que teria que fazer, não se opôs em nenhum momento. Retribuiu o beijo dele, deslizando ambas as mãos pelas costas do outro, apreciando sua pele quente e por um momento, segurou-o nos cabelos com uma das mãos, acariciando os fios que tanto gostava.
Entre passos curtos o maior se pôs à cama como ele, consequentemente fez o moreno se deitar e sobrepôs seu corpo tatuado. Durou tempo suficiente enquanto continuou o beijo e quando finalmente o interrompeu, pôs-se de joelhos entre suas pernas para abrir sua calça jeans preta e puxar em conjunto sua boxer azul escuro, revelando o restante de seu corpo masculino e maduro, embora não fosse afetado pela idade. Kaoru deitou-se na cama, tendo sobre o corpo sua pele quente, e era sério, não sabia muito bem o que dizer a ele, por isso preferiu não dizer nada, mesmo quando o beijo cessou. Os lábios dele embora tivessem o sabor de álcool, tinham algo a mais, eram macios, e por um momento desejou poder senti-los em outra parte do corpo. Observou-o em meio as próprias pernas, vendo-o retirar o restante das próprias roupas, e era tudo tão rápido que nem teve tempo para pensar, gostava assim.
Ao retirar, despido de seu jeans, Atsushi o arremessou a que pudesse alcançar o mesmo lugar cujo suas roupas superiores estavam. Deu uma parada em seguida, uma boa analisada em seu corpo e estava de fato atraído a ideia de transar com o guitarrista. Encarou seu corpo de forma íntima, notando o membro em descanse sobre o baixo ventre, não estava duro. Mas enquanto o fitava, levara as mãos e descer as roupas já previamente desabotoada e despiu-se sem pudor, sem deixar restar alguma peça.
O menor observava o corpo bonito dele enquanto retirava suas roupas e estranhamente o analisava de mesmo modo, embora a expressão fosse quase impassível, séria, era analítico com seu corpo impecável, era quase um pecado observá-lo, e também tinha vontade de tocá-lo daquela forma, de um modo estranho, mas esperava que ele desse o próximo passo, que ele viesse sobre si novamente, e já podia ver sua excitação tomando forma na ereção aos poucos visível.
Ao debruçar e ter de volta a proximidade em seu corpo, Atsushi deitou-se sem pesar sobre o músico e pôde sentir sua pele morna pelo uso anterior das roupas. Arqueado dava espaço para ser capaz de dar tato em sua pele e vagarosamente desceu em cautela até alcançar seu corpo e envolveu seu sexo flácido, ou nem tanto, e era certamente a primeira vez que tocava um pau sem que fosse o próprio.
Novamente, Kaoru o teve sobre o corpo e o abraçou, deslizando as mãos pelas costas dele, onde gostava de tocá-lo, num sutil apreço. E ao senti-lo tocar o próprio membro, quase teve um suave sobressalto, se não estivesse excitado, e fechou os olhos, mordendo suavemente o lábio inferior, por dentro, sentindo-se enrijecer em meio aos dedos dele, e quando fechava os olhos, só conseguia pensar no corpo corpo do outro, e seus toques firmes sobre o corpo, era um homem, era rude consigo de certa forma, e aquilo era excitante.
O maior tinha movimentos desapressados em seu sexo, mas eram firmes e apertava-o nos dedos, não suficientemente para ser desagradável, e podia perceber ao notar uma rigidez iniciada, dando forma e tamanho para seu membro. Ao se abaixar mais para ele, beijou novamente a seu pescoço, mordiscou a pele e correu pelo tronco, alcançou mesmo um dos pequenos pontos em seu peitoral, delineou seu mamilo e mordiscou sem se demorar por lá.
- Ah...
O menor gemeu, em tom baixo, suave, mais para si em resposta de seus estimulos prazerosos, e agora o tinha também com os lábios, e sua boca era quente, gostosa, queria poder senti-la pouco mais. Desviou o olhar a ele, meio de canto e uma das mãos guiou sobre seus cabelos, acariciando-os, massageando sua nuca enquanto apreciava aqueles toques, e estava ansioso, queria tocá-lo de mesmo modo, queria matar a curiosidade já que estava ali.

Atsushi deslizou de seu peito plano, carente das curvas volumosas de uma mulher e pelo abdômen, alcançou seu umbigo delineou com a ponta da língua mas dera aparte a se reerguer. Ao se esticar, buscou o preservativo deixado a pouco sobre o móvel, alcançou no entanto uma garrafa que respingou nos dedos, refrigerada pouco antes, aproveitou para levar até a boca e tragar da bebida, que transpirada, escorreu pelo vidro verde escuro e respingou as gotas frias sobre a pele do guitarrista abaixo.
Kaoru o observava em seus movimentos habituais, e estava sério, embora parecesse interessado, estava ávido por ele, embora parecesse suave. Observou-o erguer a garrafa, bebendo alguns goles e observou o movimento de sua garganta ao engolir a bebida, droga, como aquilo era excitante, e nem sabia porque. Fora tirado dos devaneios assim que sentiu as gotas pela pele e estremeceu, soltando a respiração que nem havia notado que prendera.
- ... Ah!

Ao afastar a garrafa da boca, o maior, percebido de sua manifestação com um gemido, foi difícil conter a graça num sorriso com os dentes à mostra. E tocou o respingo frio no corpo do outro, deslizando pelo abdômen, mas voltou para si a garrafa, oferecendo a bebida enquanto se entretinha com a atividade, ao abrir a embalagem da camisinha rasgando-a entre os dentes, tomando o silicone lubrificado que devagar levou até a ponta da ereção e deslizou a encobrir todo o comprimento, e embora pudesse parecer provocativo na atividade, a vagarosidade era na verdade pela leve sensação de altura causada pelo álcool. 
Kaoru sentiu o toque da mão do maior, quase como uma brincadeira onde a água havia tocado e suspirou, mantendo-se a observá-lo ainda, e até abriu um pequeno sorrisinho, novamente sem expor os dentes alinhados. O barulho do pacote levou a si a desviar rapidamente o olhar a ele, sabia da camisinha, sabia que ele iria colocá-la, e não protestou. Suspirou, em expectativa, não sabia como seria, só sabia que certamente seria dolorido, mas não faria drama, era homem, aguentaria a dor, e estava tão excitado, que provavelmente seria pouco melhor. A bebida aceita, parada em uma das mãos, bebeu um gole enquanto o via com sua vagarosidade em colocar a proteção a seu redor, e só então se deu conta de sua excitação, e o tamanho dele.
Quando finalmente, Atsushi se soltou daquele simples mas lento ato, voltou o olhar para o guitarrista, certamente para ele pareceu ponderar e o fez. Encarou seu corpo, sua leveza sem protestos e embora fosse natural seguir direto ao ponto, levou um dos dedos até a boca, umedeceu em saliva e guiou entre suas coxas, posteriormente deslizou para as nádegas, tocando-o em seu âmago, delineou-o e devagar o pressionou, adentrando, embora fosse devagar, não era interrupto.
O menor deixou de lado a cerveja, sobre o criado-mudo novamente, e viu sua expressão, não a entendia, até se perguntou porque estava olhando a si daquele modo e logo o entendeu. Sentiu o dedo resvalar para o próprio corpo, dolorido, afinal nunca havia feito aquilo, nem cogitado a ideia, mas agora estava em frente a um homem, sendo penetrado por ele, e isso era estranho. Talvez aquele cuidado com o dedo fosse mais estranho do que ser penetrado diretamente pelo sexo dele. Desviou o olhar, incomodado e guiou uma das mãos sobre a face, apoiando o dorso da mesma sobre os olhos e de alguma forma, tentava se esconder de seu olhar provocativo.
Atsushi passou aos poucos até completa-lo junto ao dígito médio. Não ouviu ruir, ainda que cada leve músculo em seu abdome se contraísse, denunciando a sensação, fosse qual fosse ela, mesmo com dor. Com o toque invasivo, pressionando vigorosamente em seu interior, não tinha muita ciência sobre como trabalhar com o corpo de um outro homem, pensava então ser suficiente, com poucos movimentos, um vaivém que não perduraria.
Kaoru manteve-se daquele modo, meio incômodo ao senti-lo se movimentar contra si, empurrando o dedo no próprio interior, e ficava mais desconfortável a cada segundo que passava, não gostava muito de ter um dedo dentro de si, se fosse fazer aquilo, mesmo com dor, preferia ir logo ao assunto. A mão livre, deslizou até o pulso dele, segurando-o ali, firmemente, e sentiu o fraquejar dos dedos de modo sutil, agradeceu por estar bêbado e aquilo para ele poderia parecer apenas efeito do álcool, talvez ele não soubesse.
- ... Y-Yamete. Não precisa disso, tudo bem.

O maior apartou o movimento a medida em que o toque sobre o pulso, interrompendo a atividade, que na verdade não tinha intenção de levar muito adiante. Não o questionou e deixou de estar logo dentro dele, retirando-se com o dedo invasivo e novamente observou o guitarrista, não se dando conta de qualquer vacilo de sua parte. Ao se levar novamente sobre ele, debruçou sem encostar o tronco ao seu, lambeu-o em seu queixo e mordeu a seu lábio inferior enquanto mais embaixo, bem se acomodava entre suas pernas, segurando suas coxas a afasta-las e abaixou o quadril, tendo contato de seu corpo a pouco violado pelo toque, beirou-o com o membro viril e com a mão, ajudou a se levar para dentro, empurrando o que terminou por concluir com o quadril.
Kaoru ergueu a face, dando espaço para ele em seus pequenos toques no queixo e lábio, até retribuiu-o de modo sutil, e por fim, sentiu-o se acomodar entre as próprias pernas, deu espaço a ele, separando-as e como ele mesmo havia constado, não se manifestou sobre nada, aceitou a própria posição. Ao senti-lo guiar o sexo entre as próprias nádegas, gemeu, baixo e rouco, com a típica voz grossa e fora o único som que deixara escapar conforme o sentia se encaixar em si, seguindo a fundo conforme empurrava o quadril. Doía, ardia, era extremamente desconfortável, mas já estava ali e não iria pedir que ele parasse. Guiou as mãos sobre os ombros dele, apertando-o ali, uma forma de amenizar a dor que sentia de alguma forma e fechou os olhos, franzindo o cenho.
Atsushi deixou um gemido rouco fluir com o dele, embora fossem provavelmente em sensações diferentes. Era apertado, quente, um pouco "seco", no entanto suavizado pelo preservativo com lubrificante siliconado, o que tornou o resvalo do sexo para dentro muito mais fácil. Sentiu-se completamente envolto e apertado, era difícil não gemer com a sensação dolorida e prazerosa, e alterado pela bebida, não se ligou em dar para ele um tempo de costume, moveu-se. 
O menor suspirou, e quando o sentiu por inteiro em si, esperou ter ao menos alguns segundos, porém nada fora dado a si por ele, e sentiu-o se mover logo, mesmo estando desacostumado com a penetração, talvez nem ele, nem a si estivessem acostumados a estar com outro homem. O gemido deixou os lábios novamente, sem poder evitar, embora fora novamente baixo e rouco e mordeu um dos dedos, o médio, desviando o olhar a ele enquanto o senti-a sair e entrar, dolorido, quase rasgando o próprio interior.
O maior erguera a direção visual, fitando o rapaz abaixo do corpo, percebia seu cenho franzido como quem estava incomodado, mas imaginava que se tratava de alguma dor. Mas estava excitado, era difícil levar com leveza, e com os dedos firmes em suas coxas, subindo até a pelve por onde o puxou e trouxe-o mais vigorosamente para os quadris, aprofundando-se.
Kaoru ainda tentava se acostumar com a penetração, era horrível, mas teria que melhorar, por isso não dizia nada a ele. Abriu os olhos, observando-o e quando por fim relaxava pouco mais, sentiu-o se empurrar para si e o gemido mais alto deixou os lábios, voltando a franzir o cenho e agarrou-o no ombro, deslizando a mão aos cabelos dele, onde segurou-o.
Atsushi pendeu-se de leve ao toque de sua mão, sentindo o cabelo segurado, suavemente puxado, mas não era doloso. Estava silencioso, se não fosse por seus ásperos gemidos, roucos e graves. E ainda que tivesse firmeza, não era forte, era fluído e rápido, como seguia gradativamente levando o ritmo.
- Bom, ah? - Indagou e soou rouco, quase soprado. - Kaoru.
Disse e se abaixou. Com uma das mãos, perdendo o posto em seu quadril, subiu pela cintura, o braço tatuado e alcançou logo até a nuca, seus cabelos com ondulações e como ele o segurou, puxando-o suavemente a tomar espaço em seu pescoço onde o mordera.

Kaoru sentia seu ritmo com os quadris, e aos poucos fora amenizando toda aquela dor sentida, a medida em que fora se excitando com o toque do corpo dele e com a vontade que tinha de seguir adiante. Não queria mentir, estava dolorido, e ainda não estava na parte em que ficava bom para si, mas assentiu quando ouviu a pergunta, não iria dizer a ele que doía. Ouviu o próprio nome e sentiu um arrepio estranho na espinha, gostoso, de alguma forma, a voz dele era excitante, a mesma que ouvia em suas músicas, e gostava dela de uma forma que não sabia explicar.
- A-Atsushi-san...
O menor murmurou, em meio a um suave gemido e não havia perdido ainda a forma polida de chamá-lo, apesar de tê-lo em uma situação tão intima. Deslizou a mão pelos cabelos dele, porém cessou logo após, quando agarrou seus cabelos e puxou-os, e havia sentido o toque bem a fundo no corpo, num local prazeroso, tanto que até vacilou com as pernas, e mordeu o lábio inferior, contendo o gemido somente para si, mas a expressão era evidente que havia gostado e muito do toque.

O maior notou a feição que suavizou, embora na excitação do momento, alterado pela bebida, não tinha muito como refletir sobre atingir o ponto G de um homem. Ao se afastar sutilmente, fitando-o de cima, com a face a pender pela puxada dele, deslizou os dedos por seu couro cabeludo, roçando as unhas que não eram longas mas eram suficiente para causar a fricção na pele. E quando num rápido movimento traçou posição, tirando-se dele e tirando o guitarrista da cama, virou de costas e fitou seu dorso nu o qual deslizou a mão ao longo da espinha dorsal até a lombar e suas nádegas o qual apertou, mas não muito durou e tornou segurar a ereção que imergiu em seu corpo e quando novamente o penetrou, levou as mãos até sua pelve, ergueu seus quadris e puxou-o de quatro.
Kaoru sentiu o roçar de suas unhas na nuca e gemeu, suavemente outra vez, um pouco perdido pela sensação de euforia que percorreu o corpo devido aquele movimento e por fim virou-se de costas por imposição dele mesmo e ficou confuso por alguns segundos, não era uma posição que gostaria de estar, meio exposta demais, e sentiu-se desconfortável. Franziu o cenho, agarrando-se ao lençol da cama e novamente o sentiu se empurrar para dentro de si, mais fundo do que anteriormente.
- Ah...

- Não gosta assim, ah?
Atsushi indagou, notando o gemido, não sabia se era prazeroso ou um protesto de desagrado. Dedilhou sua pelve, sentindo os ossos da região, onde apoiava-se com o toque e puxava-o com firmeza, vez outra, a deslizar por suas coxas os quais apalpava e continuava a encarar seu corpo masculino, e, bonito. 

Kaoru negativou ao ouvi-lo, não como uma negação a estar bom, mas como um tanto faz para o modo como estivesse deitado, não se importava de fato. Desviou o olhar a ele, meio de canto e novamente mordeu o lábio inferior, não poderia observá-lo como ele fazia consigo, embora quisesse e vez ou outra, quando o sentia se mover mais forte, deixava um gemido escapar, rasgando a garganta. O próprio membro, já não tão ereto quanto antes, alcançou com uma das mãos, tocando-o de modo suave, sentindo-o e aos poucos passou a mover a mão ao redor dele, masturbando-se e esperava que ele não percebesse.
O maior percebia-o em movimentos contidos, se perguntava se estaria tímido, mas estavam bêbados, imaginava que a última coisa que fariam, era racionalizar sobre a situação, ainda assim, sentia-se são o suficiente para saber que transava com um homem simplesmente porque queria e não porque estava insano. Seu toque em si mesmo, ainda que tentasse ser sutil ao envolver seu membro e masturbar-se sem atenção chamada, percebeu o que fazia e achava aquilo excitante, talvez mais excitante do que uma mulher.
De um modo estranho, o menor sentia-se próximo do ápice, embora conseguisse segurar bem geralmente, era diferente estando naquela posição, sentindo-se frequentemente estimulado naquele ponto e agora estimulava-se também na frente, iria gozar e agarrou-se com a mão livre, firmemente na cama, empurrando o quadril contra ele, sem precisar dizer nada.
Atsushi regrediu a medida em que sentiu-se com o impulso de seu corpo, denunciando sua própria investida e mordeu o lábio inferior por dentro, de cenho franzido, eram expressões involuntárias, afetado pelo sexo. E agilizou, não estava tão forte que não pudesse aumentar o ritmo e o fez, tornando vigoroso, ouvindo o ventre colidir e ressoar no atrito da pele contra suas nádegas. Normalmente sabia aguentar, era um homem velho e não um adolescente, mas estava apertado por dentro e continuava a contrair vigorosamente sua interior, com espasmos, gozaria, e não precisou de muito, atingira o ápice após duas ou três estocadas.
Kaoru sentiu-o agilizar as investidas, e sabia que certamente, ele também não aguentaria muito tempo, por isso, permitiu-se gozar, deixando escapar um gemido prazeroso, baixo, e abaixou a cabeça, deixando os cabelos cobrirem a face conforme o fez, sentindo os respingos contra os próprios dedos, que impediu de sujar sua cama e vacilou com os braços, e até mesmo as pernas, quase caindo sobre a cama ao senti-lo empurrar-se contra si pouco mais forte, denunciando seu ápice igualmente atingido e permaneceu em silêncio, tentando ouvir algum gemido vindo dele em sua voz gostosa.
O gemido do guitarrista rouco soou suave embora deixasse evidente sua voz grossa, Atsushi sorriu ao perceber a diferença dos gemidos habituais, não era agudo e nem manhoso, era firme e tinha uma tentativa de amortecer a garganta. Ao atingir o clímax, como ele deixou-se fluir pela garganta, um gemido tão rouco como o dele e com certo tom, mas nada que fosse audível aos cantos da casa, era audível para ele. Puxou-o pela cintura quando no clímax, sentindo-se imerso em seu cálido corpo, apertado em seu interior, fundo, e somente deixou caminho a fora, quando todo o estado de prazer se esvaiu, deixando somente a leveza que agora, não era somente do álcool.
O menor esperou por alguns segundos e logo conseguiu ouvir exatamente o que queria, o gemido dele, prazeroso aos ouvidos, quase tanto quanto o ápice que havia tido e esperou que ele se sentisse satisfeito para por fim, se retirar do corpo. Ao tê-lo fora de si, sentiu a ardência no corpo, suave, que se tornaria certamente mais evidente conforme passasse aquele efeito prazeroso pelo corpo e deitou-se deliberadamente, repousando a cabeça sobre seu travesseiro, e tinha suaves traços de suor, nada que deixasse um odor muito evidente.
O vocalista arrastou-se na cama, como ele se deitou e acomodou-se no conforto dela. Por um momento permaneceu de olhos fechados, sentindo a respiração fora de compasse aos poucos se compassar. Sentia cheiro de suor, perfume masculino, álcool e sexo.
Kaoru suspirou, sentia as pernas um pouco trêmulas, também as mãos, mas isso poderia se dever ao ápice embora não fosse muito comum. Guiou uma das mãos sobre a face, como havia feito logo no início e desviou o olhar a ele, meio de canto, ainda estava aéreo e a ficha de tudo que ocorrera ainda não havia caído.
- K-Kimochi...

- Hum, uhum.
O maior assentiu e embora não houvesse formulado realmente uma palavra, concordava com ele, mas estava um pouco excitado ainda, sentindo a sensação pós sexo, que aos poucos se desvanecia até que por fim, pudesse se virar e pegar a garrafa, tragar na falta de um copo de água e acender um cigarro que compartilharia com ele.

Kaoru observou-o a pegar a garrafa e aceitou-a logo em seguida, bebendo um pequeno gole da cerveja que desceu suave na garganta em comparação com os outros drinques que havia bebido naquela noite, por fim recebeu o cigarro, e bem a tempo, já que iria pegar o próprio no bolso da calça, mas ficou por ali e tragou o dele, que coincidentemente era o mesmo que fumava.
Atsushi fitou-o no vigor com que tragava o cigarro, optou por fim a deixa-lo para o guitarrista e tomar um novo para si, deixando de priva-lo de uns tragos pós sexo. Deitou-se, num movimento quase copioso tragou vigorosamente o tabaco.
O menor desviou o olhar a ele, meio de canto e abriu um pequeno sorriso, meio de canto.
- ... Talvez eu devesse ir pra casa.

- Hum. - O maior concordou como entendimento, mas continuou a fumar. - Descanse e depois você vai.
Kaoru assentiu, e sabia que não deveria estar ali, mas estava tonto, confuso, então apenas assentiu e tragou novamente a fumaça para os pulmões.
- Hai...

Atsushi levou aquele tempo em silêncio até que terminasse o cigarro, queimando a ponta em brasa sobre o cinzeiro de vidro ao lado, no criado-mudo. Após fazê-lo, revirou-se pela cama, tirou a camisinha ainda no membro, deu um nó evitando dispersar o sêmen e se levantou, caminhando até o banheiro onde descartou o preservativo.
O guitarrista finalizou a cerveja, deixando a garrafa de lado e jogou a bituca do cigarro dentro da garrafa vazia. Ajeitou-se na cama conforme o viu se retirar e fechou os olhos por um segundo, aliás, devia ser, mas adormeceu.
Ao regressar do maior ao quarto, encostou-se no limiar, fitou o moreno na cama, deitado, descoberto, evidenciando sua masculinidade jogada sobre a cama. Era engraçado, embora não estivesse a rir, nunca havia adquirido gostos por homens, mas havia transado com um que tinha todos os trejeitos possíveis. Por um momento acendeu outro cigarro, deu dois ou três tragos e queimou a brasa no cinzeiro quando voltou para cama e então se deitou após uma breve limpeza, tomando um fino cobertor sobre ambos, suficiente para dormir por um tempo. 

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