Kusagi e Shohei #29

Aviso
Essa história foi descontinuada, ou seja, não temos previsão de novos capítulos, mas esse fato não prejudica nem deixa a história com mistérios não resolvidos, prometemos que ainda será uma boa leitura.



- É errado dizer isso aqui, mas queria um parmesão.
Kusagi disse a ele, como se compartilhasse um grande segredo e riu por fim, baixo e com uma piscadela. Shohei d
esviou o olhar a ele e por fim riu, baixo.
- Porra, achei que ia falar algo obsceno.
Isso é obsceno. Mas posso dizer algo além. Vou te mostrar minha tromba de elefante mais tarde.
O menor riu e mordeu o lábio inferior.
- Ah vai é?

- Vou, meu elefante azul celeste.
- Hum, bem viado mesmo.
Kusagi sorriu com os dentes e voltou a se afastar, comendo mais um dos pequenos pedaços de massa ao sugo. Aproveitou e de modo clichê tocou sua perna com a própria.
- Cadê, não fará isso?

Shohei sorriu a ele a deixar a taça ao lado, principalmente ao sentir o toque.
- Não farei o que?

- Deslizar a perna na minha.
- Ah é? - O menor sorriu e tocou a perna dele com a própria, suavemente.
- Isso.
O moreno disse, sentindo-o fazer o que indicava. E com um calçado fácil de tirar, aproveitou e levou o pé entre suas coxas, apertando seu membro numa pisada, forte mas cuidadosa.
- K-Kusagi... Vão ver a gente... E-Eu...
Shohei murmurou, porém gemeu, baixo e mordeu o lábio inferior evidentemente a ele.

- Opa, segura o amor, Sho.
Disse o maior ao outro e deu mais uma apertadinha com o pé descalço, mas que voltou logo ao interior do sapato.

- Filho da... Vou ficar duro caralho!
O menor falou e riu, negativando a ele.

- Mas ninguém vai perceber.
- Vão sim, vai saltar pra fora da calça.
- Ah, vai?
- Vai sim.
- Não vai nem dar pra perceber, Sho.
Kusagi disse e tornou a provocar o meio de suas pernas. 

- Paara... Olha... Vou levantar hein.
- Não vai nada, estamos tendo um encontro.
- Um encontro é? Não tivemos muitos encontros.
- Estamos tendo um.
- Isso é... Muito bom. - Sorriu. 
- Exceto quando quer sair porque estou dando uns amassos no seu saco.
- Filho da puta. Vamos pro banheiro.
- Não vamos. Aquiete o fogo.
- Ah Kusagi...
- Ah, Shohei. Vamos, estamos tendo um encontro, finja que nunca foi pra cama comigo, que quer comer e conversar, na expectativa de me deixar ver sua calcinha de renda nova, que comprou pra poder ter a primeira transa depois de alguns encontros. - Sorriu e deu-lhe uma piscadela, brincando. - Ou a boxer.

O menor estreitou os olhos a ele.
- Você quer é mulher né seu filho da puta? - Disse, mas claro, brincando.

- Não, mas adoraria ver essa sua revolta toda dentro de uma calcinha.
- Com piercing e tudo é?
- Aí já é um detalhe.
Shohei riu.

- Quero você. Agora.
- Iie.
Kusagi disse e esticou-se pela mesa, tocando-o em sua bochecha já mais aquecida.

- Kusagi... Não... Não faz isso comigo...
Sho, eu quero ter esse encontro, nós vamos poder fazer isso depois.
- ... Por que... Quer... Bem... - Sorriu. - Ta bem.
- Porque consigo ficar com você e sentir prazer em um jantar. - Sorriu a ele. - Que mal tem em aproveitar meu namoradinho?
Shohei sentiu a face se corar, mesmo sutilmente e sorriu, permanecendo a observá-lo por um longo tempo, e queria abraçá-lo, agradecer, tanto que as lágrimas estavam nos olhos, presas.
- Quer vir pertinho?
Kusagi indagou, notando seu suave inquieto movimento e o olhar brilhante dos olhos e o menor assentiu, sutilmente. O maior m
oveu-se sutilmente junto a própria cadeira, estando mais próximo dele.
- Pronto, cá estou. - Disse e deu-lhe um breve selo nos lábios.

Shohei sorriu, encolheu-se juntinho a ele, repousando a face sobre seu ombro e retribuiu o selo logo após.
- Tem que comer tudo pra poder ir pra casa brincar, senão não vamos fazer nada.
Disse o moreno e virou-se a beijar o topo de sua cabeça, onde próximo. O menor r
iu baixinho e assentiu, comendo os últimos pedaços de massa solta no prato.
- Oishi.

- Sabe que já estou usando minha boxer de elefante? - Disse, como um sussurro a ele.
Shohei sorriu, meio de canto.
- Porra, você é romântico e depois...

Kusagi riu, baixinho.
- Coloca a mão, ele é bem macio.

- Não. Filho da puta, por isso que quis sentar perto.
- Claro que não, meu anjo. Só quero que você sinta a minha tromba. Vem, sente, veja como é interessante sentir ele todo envolto pelo tecido.
- ... Você está falando sério mesmo?
- Sim, põe a mão, se não gosta eu tiro ela antes da gente ir pra casa.
Kusagi disse e sorriu, dando uma afrouxada sutil no cinto. O menor s
orriu meio de canto e assentiu, deslizando uma das mãos pela coxa do maior e logo, em seu membro, sobre a calça.
- ...

- Por dentro, amor.
Disse o maior e pegou mais um pedacinho da massa, tentando não soar tão descarados. Por fim a mais um trago do vinho, deu um sorriso atrás da taça enquanto sentia-o adentrar o pouco espaço da roupa. Claro que não sentiria a base do sexo separadamente, como mencionava a tromba daquele tipo de roupa ridícula que obviamente blefava sobre o uso. 

Shohei adentrou a calça dele, devagar e claro, estava sem graça, tinha medo que alguém visse a si com a mão na calça dele e fossem ambos expulsos do restaurante por atentado ao pudor. Suspirou e tocou-o ali, apalpando, e claro, não sentiu nada estranho, somente seu membro como de costume. Sorriu novamente.
- Mentiroso.
- Mentiroso? Não está sentindo minha trombinha, hum? Ou deveria dizer minha super tromba?
O moreno indagou e sorriu, ainda voltado ao vinho, sentindo o toque de seus dedos cuidadoso, apalpando a região certamente macia pela falta da ereção. Se perguntava como era para ele tocar aquele lugar, vez outra se pegava imaginando qual seria sua satisfação, se sentia algo diferente ainda àquela altura, visto que alguns anos atrás eram simplesmente bons amigos. Deu uma ajeitada no lugar onde sentado, esperando que aos poucos sua mão continuasse a tatear a roupa de tecido liso e embora não vista, era preta como o restante da roupa. Portava lateralmente uma pequena abertura, que no fim não entendia porque existia algo como um quase bolso numa roupa íntima, mas foi ali que deu um jeito meio desajeitado de enfiar a ele seu presente de dia dos namorados, ou algo assim, enquanto se distraiam com a entrada do jantar. Não estava solto, mas sim numa pequena caixa.

Shohei riu baixinho ao ouvi-lo e negativou, tateando sua roupa, tentando achar algo diferente, mas não havia e enquanto tocava seu membro o sentia flácido, mas suavemente respondendo aos próprios toques. Queria tocá-lo, queria senti-lo, queria ele consigo todos os dias, não importando quanto tempo passasse, o amava e o corpo dele ainda surpreendia a si, ainda fazia a si suspirar todos os dias, ainda causava arrepios no corpo, só de observá-lo enquanto tirava fotos. Suspirou e fez uma sutil cócega nele, passando a tatear sua coxa e uniu as sobrancelhas ao perceber ali algo estranho, meio protuberante, e não era o costumeiro.
- O que é isso? - Murmurou a puxar a caixinha.

Kusagi fitou-o de soslaio ao sentir a cócega de seus dedos suaves na pele, precisou fechar a perna, desvencilhando o toque. E por fim, seguir onde queria que fosse.
- Isso o que?
Fez-se desentendido e bebeu um pouco mais do vinho e fitou a pequena caixa quando ele a puxava de dentro da calça. Mas quando finalmente desviava o olhar a pequena caixa aveludada e voltava para si, fitou-o com um sorriso sutil, gentil.
- Sem chorar. - Disse e por fim estendeu a mão a esperar pela caixa que ele segurava. - Dê aqui.

O menor pegou a caixa entre os dedos, observando-a por alguns segundos e claro, as lágrimas já estavam nos olhos antes dele falar. Entregou a ele, devagar, ainda meio desacreditado que ele estivesse dando algo assim para si, mas não quis se precipirar, se fosse um colar ou algo do tipo certamente ia chorar mesmo.
- ... K-Kusagi

- Esse é seu presente do dia dos namorados. E bem, o que disser pode ser meu presente do dia dos namorados. Alguns tempo atrás... - Disse enquanto sentia a caixa macia sob os dedos. - Estávamos sentados trabalhando, você no seu livro e eu do outro lado, nos sofás diferentes. De frente eu conseguia ver você, seus cabelos estavam por retocar então ele tinha uma cor quase champanhe, que deram um destaque bonito na armação dos seus óculos prateados, e uau! Eu pensei, como ele cresceu. Como sempre foi bonito, e tinha uma suavidade diferente do que me mostrou quando eu reencontrei você, parecia tranquilo. E foi aquela a primeira vez que eu pensei, eu poderia me casar com essa pessoa. E não foi uma sensação que passou, continuo olhando pra você e pensando, uau! - Disse e por fim sorriu, num riso breve. - Shohei, boku to kekkon shite kudasai.
Completou e abriu a pequena caixa de joia, revelando o anel dourado, adornado pela pedra cristalina, embora toda delicadeza fosse sutil, sem perder seu ar masculino, não queria lhe dar qualquer possibilidade de se ver tratado como uma mulher.

Shohei o observou por todo o tempo que durou aquela sua curta história, então era aquilo mesmo, não era um anel comum ou um relógio, era um anel de noivado. Sentiu o arrepio percorrer a espinha, o que diria? O que... Meu Deus, como aquilo estava acontecendo? Estava tão feliz que não podia nem descrever. Claro que a essa altura já chorava e o observava atentamente enquanto fazia a pergunta mais maravilhosa que já havia ouvido. Moveu a cabeça, suavemente, e desviou o olhar a ele.
- Q-Quero... Quero, é claro que eu quero, meu amor... - Murmurou e estendeu o anel a ele, sorrindo enquanto chorava e tentava se conter. - ... Kusagi... E-Eu...

- Eu também te amo.
O moreno disse, completando sua frase não terminada, enquanto tomava numa das mãos o anel de noivado e segurava sua mão trêmula, o qual deslizou a pequena joia em seu anelar. E por fim o beijou em seu dorso.
- Obrigado.
Disse, referindo-se ao que dissera pouco antes, ao presente de sua resposta. E no fim deslizou o polegar em seu rosto, limpando-o abaixo dos olhos, por fim o abraçou, do jeito que podiam na posição em que estavam.

O sorriso adornou os lábios do menor ao sentir o toque no rosto, e claro, iria realmente dizer aquilo a ele, mas estava sem palavras, pela primeira vez. Estava realmente noivo dele? Quer dizer, os próprios pedidos haviam sido atendidos, nem acreditava. Retribuiu seu abraço, apertando-o contra si mesmo de um modo sutil e ao se afastar, repousou a face sobre seu ombro novamente.
- E-Eu não acredito...

O riso soou entre os dentes do moreno e um pouco abafado na proximidade durante o abraço.
- Acredite sim. - Beijou-o no topo de sua cabeça, que cheirava a shampoo.

Shohei sorriu novamente, abaixando a cabeça e agarrou-se a ele e ao anel, observando-o e era lindo, não queria tirar nunca mais.
- Quer um bolinho pra comemorar, ou já não vai aguentar?
- Quero.
O menor falou e sorriu, e de fato, não achava que aguentaria um inteiro, mas queria bolo.

- Quer de que?
- Pêssego.
- Então vamos comer bolo.
Disse o maior e chamou pelo garçom, pedindo a retirada dos pratos mesmo pouco aproveitados. Fez o pedido do bolo de pêssego com chantili, acompanhado de sorvete. Pediu igual para dois. O menor se m
anteve agarrado ao braço dele e até fechou os olhos, não se importava com os olhares, queria somente ficar assim.
Após a limpeza da mesa, pouco mais tarde tivera a sobremesa comemorativa servida. Os doces se destacavam na louça escura e brilhosa. Kusagi agradeceu ao rapaz que ao perceber a pequena caixa vazia sobre a mesa, sorriu e de forma sutil parabenizou antes de sua saída.
- Vamos comer bolo?

Shohei desviou o olhar ao rapaz e sorriu a ele, meio tímido e assentiu, afastando-se a dar atenção ao bolo sobre a mesa. Kusagi ajeitou-se ao ser liberado de seu abraço, estava manhoso e era adorável. Pegou um pedaço do bolo e experimentou.
- Hum... Está gostoso.
Disse e fatiou mais um pedaço com a colher, levando a sua boca, com a parte excessiva do chantili que ele gostava, contrário de si. Shohei s
orriu e aceitou o chantilly com um pedacinho de bolo, mordendo o lábio inferior em seguida e beijou-o em sua bochecha.
- O que foi, domesticou, gatinho?
- Miau.
Kusagi riu, entre os dentes e voltou a comer do bolo.
- Parabéns pra nós.

- Parabéns!
Shohei falou e mordeu-o no pescoço, sutilmente e logo roubou um pedaço do bolo com o próprio garfo.

- Hey.
O maior resmungou sem realmente se importar ao sentir o mordisco no pescoço que encolheu. Sorriu a ele por fim, junto a mais um pedaço de bolo assim como ele.
- Gostoso, hum?

O menor assentiu, com a boca meio suja de chantilly e por fim lambeu os lábios, rindo baixinho.
- Oishi!

Kusagi riu, entre os dentes.
- Meu menininho hoje, é?

- Sou, senpai.
O maior sorriu a ele, beijando seus lábios com gosto de chantili, não se demorou e voltou a comer, junto ao sorvete que acompanhava e mesmo uns goles do vinho ainda à mesa. O menor riu baixinho e retribuiu o beijo, experimentando o sorvete assim como ele.
- Hum...

Kusagi achava uma graça como as coisas pareciam mais saborosas para ele por hora, afinal, a pouco se sentia cheio, mas agora queria bolo e parecia animado com a sobremesa, sabia bem o motivo e também estava feliz.
- Hum... - O imitou.

Shohei riu e empurrou-o sutilmente, tomando mais um pouco de sorvete e até deixou algumas gotinhas escorrerem pelos lábios, visto que brancas, meio transparentes e lambeu a observá-lo, sugestivo.
- Ó essa lascividade.
Disse o maior, notando os respingos canteiro em seus lábios, tirados pouco depois com a língua, que mais tarde certamente faria essa função. O menor riu.

- Não quer minha lascividade?
- Não quero que as pessoas possam ver sua lascividade.
- Só você está vendo, meu amor.
- Alguém pode estar vendo sua beleza com gotas insinuantes nos lábios.
- Ah é? Ninguém vai ter a mim, só você pode.
- Nem precisa constar. - Deu-lhe uma piscadela. - Em casa vou te fazer limpar algo mesmo.
- Hum, e o que vai ser?
- Vou te dar um picolé pra chupar.
- Com recheio de leite condensado?
- Mas é claro.

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