Naoto e Kazuya #20


Kazuya bateu algumas vezes na porta do outro e adentrou o local, sem se importar se ele atenderia ou não, observando-o de cima abaixo enquanto o irmãozinho adentrava a casa em busca do irmão do outro.
- Naoto... Vai assim pro parque?

- Qual o problema? - Naoto indagou ao louro, e voltou-se a própria roupa.
- De manga comprida? Parece que vai a missa. - Riu.
Naoto o observou no silêncio que fez.
- O que?
- Não vejo problema. Não é porque vou a um parque aquático que já devo sair sem roupas de casa.
- Não sem roupas... Mas com uma camiseta de manga curta.
- Por quê?
- Sei lá... É um parque aquático.
- Mas lá troca-se de roupas. Tem vestiário, banheiro. E geralmente na saída já está frio.
- Ta bem.
- Trouxe a blusa?
- Trouxe sim.
- Ok, Yuki já está vindo.
- Tudo bem. Esta de mal humor?
Naoto o observou em silêncio mediante a pergunta, e minuto depois somente negou, levando os braços em torno de sua cintura, com a costumeira sutileza que tinha ao fazê-lo sem parecer constrangido. Trouxe-o perto, e beijou-o no cantinho da boca. Kazuya sorriu a ele e o abraçou igualmente, retribuindo o sutil beijo, embora achasse estranho que ele agisse daquele modo.

O moreno devolveu outro beijinho, porém sobre seus lábios desta vez e o soltou em seguida, conforme a vinda dos pequeninos. Kazuya sorriu a ele uma ultima vez e logo observou o irmãozinho dele a usar a regata.
- Viu? Ele entendeu.

- O que eu deveria entender, Kazuya?
- Que você vai a um parque aquático.
- Está vendo isso?
Naoto indagou, mostrando a ele a bolsa na mão, erguendo-a. Kazuya riu e o abraçou.

- Estou.
- Tenho duas opções. A primeira é eu te mostrar que tem roupa.
- E a segunda?
- Jogar ela em você.
- Hum, acho que a primeira opção é melhor.
- Eu quase acho a segunda melhor.
- Hum, seria capaz de bater em mim?
- Seria.
- Nossa... Vocês viram que noivo ruim?

- Noivo, é?
- Eu disse noivo? Droga, estraguei tudo. Era pra ser surpresa. Brincadeira, vamos.
- Como está palhaço hoje, ahn?
- É, dormi com um palhaço.
- Ah, dormiu?
- Você entendeu o que eu quis dizer.
- Vamos? - Naoto dizia, indicando aos pequeninos que saíssem. - Não precisa ser indireto pra dizer que quer ser noivo um dia.
- Especificamente de você.
O menor caminhou para fora de casa. Havia o escutado, porém minuto depois recompôs-se a respondê-lo.
- Não diria que seria noivo de outra maneira.

- Eu sei. - Sorriu. 
- Até porque muitos o paparicavam porque te achavam um assanhado, mal sabem como é todo meiguinho. - O provocou, brincando.
- Hey.
- É quase um filhote.
- Não sou.
Naoto sorriu apenas.
- Você é chatinho quando quer. - Riu.
- Não estou sendo chato, estou dizendo a verdade.
- Não sou um filhote.
- Não é, mas parece.

- Um filhote? Por quê?
- Porque sim.
- Ah, me diga.
- Não vou dizer.
- Por quê?
- Porque já é óbvio.
- Ah é?

- É.
- Vou te fazer cócegas hein?
- Não vai, não sinto cócegas.

- É verdade isso, Naoyuki?
- Hum. - O pequeno assentiu. - Ele não sente cócegas, ele sente raiva.
- Ah, está aí uma verdade,
- Continua não sendo cócegas.
- Bem vamos.
Naoto levou a bolsa no ombro e passou a caminhar com ele, observando o irmãozinho com seu companheirinho à frente e eram tão fofos, por serem pequenos e já serem um casal.
- Vou comprar um carro pra levar vocês onde quiserem. - Kazuya sorriu a ele.

- Logo quando pudermos ter uma carta.
- Sim.
Após a caminhada entre trocas de conversa, O menor cessou na parada de ônibus, o esperando. Kazuya cessou o caminho junto dele e suspirou a abraçá-lo com um dos braços. Naoto encostou-se num canto qualquer, retribuindo seu abraço de lado enquanto aguardava o ônibus.
O loiro observou os pequenininhos e sorriu a eles, vendo Naoyuki carregar a mochila própria e a do irmãozinho em uma das mãos. Naoto desencostou-se conforme viu o ônibus chegar e indicou ao caçula que entrasse, posteriormente fez o mesmo, sentando-se com o companheiro.
Logo vamos chegar.
- Uhum. Então, quando é que faz aniversário?
- Eu?
- Sim.
- Ah, não esta muito longe...
- Quando?
- Dia cinco de março.
- Hum, não longe e não perto.

- Hai. - Sorriu.
- Provavelmente comemora com o Kazuki.

- Sim, nós geralmente vamos a um restaurante ou eu faço um bolo.
- Fazer o bolo pra si?
- Sim... As vezes.
- Entendi. Senti vontade de comer bolo porque falamos sobre.
- Eu faço um. - Sorriu - Quando chegarmos.
- Nós podemos comer por aqui, não vai chegar com disposição.
- O que quer dizer com isso?
- Ah? Nada.
Kazuya sorriu a ele, malicioso.
- Não estamos indo no motel.

- Ta bem...
- Magoou, é?
- É.
- Não seja emotivo, hoje você está bastante.
- Ta bem.
- Por que está oscilando?
- Não estou.
Naoto apenas assentiu com maneio da cabeça.
- Bem, estamos chegando.
O moreno levou a mão sobre a dele, acariciando-a.
- Não fique triste.

- Não gosto quando é arrogante comigo.
- Não fui arrogante.
- Foi sim. Me deixa chateado.
- Não fui, se fui não houve intenção.
- Ta bem.
- Eu sou assim.
- Não há problema, eu gosto de você como é. - O loiro o beijou no rosto.
Naoto sentiu o beijo morninho no rosto. Por fim descansou a cabeça sob seu ombro e virou-se pouco, o beijando em seu pescoço. Kazuya sorriu a ele, lhe acariciando os cabelos.
- Eu te amo.

- Mo...
O moreno sussurrou-lhe contra a pele, num quase sibilado gesticulado apenas com os lábios que denunciavam ao tocar seu corpo onde o havia beijado.

- Bem, vamos pro vestiário colocar a roupa de banho, estou louco pra te ver sem camisa. - Riu.

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