Kaname e Shiori #22


Shiori abriu um pequeno sorriso, para si mesmo, já que o outro estava no quarto e ainda dormia, descera devagar as escadas até o andar de baixo, e preparava cuidadosamente o café dele, ajeitando a xícara de porcelana sobre a bandeja junto dos biscoitos e o chá. Seguiu devagar para fora da cozinha, porém lembrou-se de que havia esquecido o açúcar. Virou-se para pegá-lo e acabou por bater contra a parede, derrubando a xícara contra o chão, tendo tempo apenas de segurar o bule de chá. Uniu as sobrancelhas e deixou a bandeja sobre o móvel, abaixando-se a recolher os cacos de vidro do chão e as lágrimas já molhavam os olhos, sabia que o outro já havia acordado devido ao barulho que fez.

Kaname franziu o cenho, com as pálpebras semi cerradas observou com vista nublada do quarto. Passou algum tempo ali, sentindo o prazer da preguiça. Quando se levantou já sentia o cheiro exalar suavemente até as narinas, denunciando o preparo do café. No banheiro lavou o rosto, escovou os dentes, ajeitou as cerdas longas e negras, os fios de cabelo, alinhando-os com uma escova de cabelos, grossa. Os nipônicos ainda suavemente inchados pós sono, já refrescado um tanto pela água cujo lavou a face e respingou sob pescoço e peito e não quis secar conforme a sutileza. Sequer parecia tão calor assim, visto que naquele horário ainda sentia o vento deslizar a pele, mas de qualquer forma, a fragilidade pela temperatura positiva havia se elevado de forma descomunal. Voltou ao quarto, apreciando o cheiro de sabonete e água. Descia as escadas quando ouvira o barulho tilintar bruscamente pelo piso, e assim num passo largo observou o moreninho próximo do chão, pegando os pequenos cacos de vidro junto a mancha amarronzada pelo solo, denunciando o café. Abaixou-se em sua frente e com ele, pegou os pequenos cacos da porcelana, enquanto o observava ao fazê-lo, sem resquícios de repreensão.
O menor desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas, porém não disse nada, pegando todos os pequenos cacos para si e logo levantou-se a seguir em direção ao lixo da cozinha.
- Eu... Eu compro outra...

- Não estou preocupado com a xícara. - Disse o maior na conclusão do caminho que seguiu com ele e jogou os cacos da porcelana no lixo.
- Mas ela deve ser cara... - Murmurou.
- Eu tenho outras dela. Não precisa chorar.
- Hai...
- Machucou?
- Iie, estou bem.
- Então, e o café?
- Ah... Esta pronto.
- Com fome?
- Um pouco, por isso peguei os biscoitos.
- Então vamos na sala, tomamos café por lá.
- Ta bem. - Sorriu.
- Quer só biscoitos?
- Hai. - Sorriu.
- Podíamos inventar alguma coisa, com... Sangue.
Shiori sorriu.
- O que acha de fazermos bolinhos?
- Que tipo de bo...linho?

- Cupcakes. - Shiori sorriu.
- Hum... Certo. Você já fez bolinhos?
- Iie. Mas... Deve ser divertido.
- Então precisa pegar a receita. Precisa de forma pra isso.
- Preciso? Podemos comprar...
- Hum... Certo. Tem hipermercado vinte e quatro horas não muito longe.
- Okay! Vamos, eu estou morrendo de vontade de comer chantilly!
Chantilly parece sabão.

O menor uniu as sobrancelhas.
- Mentira...

- Parece sim, espuma de sabão.
- Você está me deixando enjoado...
- Ok, pense em mel.

- Mel?
- É doce.
- Mas eu não gosto de mel... - O menor uniu as sobrancelhas.
- Mel com hortelã?
- Um pouquinho só.
- Com chá?
- Hum. Vamos logo comprar os ingredientes.
- Certo. Vista uma roupa. - Kaname observou seu corpo com a seda que usava para dormir.
- Vou sim.
Shiori aproximou-se do maior e lhe selou os lábios, passando ao lado a seguir ao quarto.

- Me traga uma camisa, por favor.
- Hai.
Shiori retirou as próprias roupas, pegando a regata na gaveta e voltou-se em direção ao espelho, unindo as sobrancelhas a observar o próprio corpo, modificado pela gravidez. Vestiu-se e logo pegou a camisa para o outro, descendo as escadas devagar e entregou a roupa a ele.
- Acho que... Eu não devia comer bolo.

- Não seja bobo, ganhou só uns quilos a mais, afinal, anda comendo bastante comida humana.
- Mas estou gordinho...
- Não está. Está um pouco mais que antes, somente. - Vestiu a camisa trazida por ele, minuto depois. - Vamos.
Shiori assentiu e segurou a mão do outro, que pegou a chave do novo carro, semelhante ao antigo e seguiu até a saída, concedendo passagem ao outro e se encaminhou igualmente para fora. Desceu até a vaga onde estacionado o automóvel, desalarmando-o e lhe dando espaço ao lado do motorista, para posteriormente seguir ao próprio lugar. Kaname sentou-se, confortável até demais. Usou o celular a uma breve ligação à funcionária e logo traçava o caminho pela rua em direção ao mercado.
- Parece de bom humor.
- Eu estou.
- E por quê?
- Porque gosto de fazer coisinhas fofas. E cupcake é muito. - Sorriu.
- O que mais fofo você gosta de fazer?
- Doces, ué. 
- Costumava fazê-los?
- Sim.
- Hum... - Kaname murmurou em compreensão. - Nunca fez por lá.
- É que não sabia se gostava de doces.
- Mas você pode comer.
- Eu vou fazer. - Shiori sorriu a ele. - De que doce você gosta?
- Dos mais suaves. Gosto de doce de leite.
- Ah... Oishi.
- Uhum.
Kaname assentiu e saiu do carro, o esperando fronte ao veículo e travou as portas após a saída. O menor s
aiu junto dele e aproximou-se do outro, segurando a mão dele.
- Sabe o que tem que comprar?
- Sei! Não... - O menor uniu as sobrancelhas.
- Então como vamos comprar?
- Você não tem um celular com internet? Podemos ver a receita...
- Hum, como você sai assim desprevenido? Hum hum...
- Desculpe. - Shiori uniu as sobrancelhas.
Kaname franzira o cenho e apertou-lhe a ponta do nariz, o pequeno m
oveu o nariz e fez bico.
- Ai.

- Narizinho pequeno.
- Pelo menos não é grandão. - Sorriu.
- Você é todo pequeno.
- Hey.
- É verdade.
- É nada...
- É sim. Me diga o que em você é grande.
Shiori fez bico e caminhou na frente do outro, seguindo em direção ao mercado.
- Me diga, ah.
- Nada, eu sou pequenininho mesmo.
- Chibi.
- Não me chame assim, poxa.
- Por que não?
- Porque eu não sou chibi. - Shiori fez bico e puxou a mão dele, carregando-o consigo. - Vamos logo, antes que amanheça.
- Você é sim.
O pequeno mostrou a língua.
Kaname elevou uma das sobrancelhas porém ainda assim continuou a caminhar, já com o aparelho celular na mão, onde tratou de exibir a página da internet como sugerido. O pequeno sorriu a ele ao ver o celular e o pegou, observando-o.
- Ah, não pede?
- Ah desculpe... - Devolveu o celular a mão do outro e sorriu.
- E agora?
- Me empresta o celular?
Kaname entregou-lhe o aparelho.
- Obrigado. - O menor sorriu e continuou a caminhar e ver os ingredientes.
O maior seguiu o mesmo rumo, observando ao redor do mercado. O outro pegou um pacote de bala no caminho e virou-se a mostrar a ele.
- Podemos comprar?

- Ah... Sim.
- Não podemos?
- Eu disse sim, Chibi.
O menor fez bico e assentiu, colocando o pacote na cestinha.
- O que mais?
- Falta só... O corante.
- Vamos ter corante de outra coisa, não?
- Eh?
- O sangue.
- Ah, tem razão. - Sorriu.
- Então vamos. Não quer mais nada?
- Iie.
Ao pegar todas as compras, seguiram em direção ao caixa, onde Kaname pagou pelos poucos itens escolhidos pelo garoto, que não teve delongas em iniciar o preparo ao chegar em casa, claro, com seus problemas habituais.

- Kaname. - Chamou alto, desviando o olhar ao forno em seguida.
Kaname fez-se presente na cozinha conforme chamado e já sentia o calor emanado do forno. O menor afastou-se em seguida e uniu as sobrancelhas.
- Como vamos tirar?

O maior observou as luvas de cozinha e pegou-as, colocando-as nas mãos.
- ...

- Mas vai te queimar...
- Não, só vai me dar calor. Muito... Muito calor.
O pequeno uniu as sobrancelhas.
- Deixa que eu tiro.

- Você vai se assustar e acabar derrubando.
- Ta bem...
O maios suspirou e caminhou até o forno, usou mais um pano de cozinha e abriu-o, cerrou firme as pálpebras, porém ainda semi cerradas, tendo brecha a visualizar a assadeira com bolinhos separados e pegou-a o mais rápido que pôde, depositando-a no balcão de cozinha, fechou o forno e desligou, esperando amenizar a temperatura positiva dentro do cômodo.
Shiori afastou-se pouco do forno e encostou-se na parede do local, observando-o de longe a fazê-lo e logo aproximou-se, pegando na gaveta um pequeno pano que molhou e levou a face dele, tentando amenizar a temperatura quente. Kaname observou-o e sentiu o tecido refrescar a pele, logo o aceitou nas mãos e o fez por si mesmo.
- Obrigado, Shiori.

- Não tem problema. Acho que estão prontos.
- E agora? - Kaname deixou o pano de lado.
- Agora vem a parte mais divertida. Temos que decorar eles! - Sorriu.
- E com o que faremos isso?
- Eu fiz a cobertura. Você quer colocar ela ou os coraçõezinhos?
- Eu... Quero olhar.
- Hai. - Shiori riu.
- Mas terá que esperar esfriar melhor.

- Hai, se não derrete tudo.
- Ok, enquanto isso você já fez o que deveria fazer?
- Eh?
- Tem algo mais pra fazer?
- Iie.
- Certo...
- Você quer tomar banho comigo enquanto isso?
- Mas vai se sujar com o doce. Conheço você.
- Ah, não vou não...
- Uh, quero ver.
- Não vou... Vamos?
- Certo, vamos.
Shiori sorriu e segurou a mão dele, seguindo até o andar de cima. Kaname subiu ao quarto e logo já se despira do tanto de roupas ali mesmo para seguir no banheiro após tê-lo feito. O menor sorriu a ele e retirou igualmente as próprias roupas, deixando-as no quarto.
Kaname entrou, na optada ducha, o qual temperatura boa o suficiente já molhava e pesava nos cabelos. O menor hesitou a retirar a própria camiseta e por fim o fez a seguir ao banheiro, tímido a adentrar o box junto dele.
- O que foi, onigiri?
- Onigiri? - Riu baixinho.
- É, bolinho.
Shiori riu baixinho.
- Nada, só estou com vergonha.

- De que?
- Estou ficando gordinho... - Uniu as sobrancelhas.
- Não exagere.
- Mas estou.
- Não exagere, novamente.
- Ta bem.
- Ande, tome banho.
- Hai.
Disse o pequeno a pegar a esponja, Kaname o observou quase fixamente.

- Que foi?
- Estou vendo você se banhar.
- Ah...
O pequeno assentiu e pegou pouco do sabonete na esponja, passando a banhar o corpo, enquanto o outro o observava enquanto se ensaboava. Shiori virou-se de costas ao outro, pouco envergonhado com o olhar dele e logo terminou de ensaboar o corpo a deixar a esponja de lado.

- Por que está sentindo tanta vergonha?
- Eu sempre tenho vergonha.
- Mas já o vi tantas vezes.
- Eu sei...
- Então já sei como é, por inteiro.

O pequeno sorriu a ele.
- E então?
Shiori virou-se de frente ao outro, aproximando-se a abraçá-lo.
- Por que fica grudando em mim?
- Eu só te abracei.
- Sim. Mas também vive segurando minha mão.
- Não é nada ne. - Afastou-se.
- Gosta de contato. Deve ter sido um gato numa vida passada.
O pequeno riu baixinho.
- Miau. 
- Miau. - Shiori miou, imitando o miado de um gatinho.
- É, combina com você.
O menor sorriu.
- Temos que sair, fazer aqueles doces, que até eu fiquei com vontade. Já é de manhã, por sorte uma manhã sem sol. Daqui a pouco vão vir me entregar alguns pedidos e você vai pra cama.
O menor assentiu e abaixou a cabeça.
- O que foi?
- Vai me deixar...
- Depois que eu digo que grudou diz que só estava abraçando.
Shiori uniu as sobrancelhas.
- Miau de novo?
- Não.
- Certo. Vamos sair.
O pequeno assentiu, e pegou a toalha. Kaname o deixou sair e logo após ensaboou-se precisamente, lavou os cabelos com o shampoo já hidratante e deixou o banho, tomando posse do roupão azul marinho, tão escuro quase preto. E toalha levou aos cabelos, na tentativa de tirar o excesso de água dos fios longos e com uma breve passada do secador, deu de ombros e saiu para o quarto.
Shiori saiu do box e pegou uma das toalhas, secando o próprio corpo a seguir ao quarto em seguida para procurar roupas próprias. O maior vestiu-se junto ao outro, com uma calça branca de tecido fino de algodão e uma regata tão preta quando os fios que soltou sobre ela.
O menor desceu logo ao andar de baixo, seguindo em direção a cozinha onde pegou a cobertura para iniciar o preparo do enfeite dos bolinhos. Kaname desceu acompanhando-o à cozinha e sentou-se numa tênue distância do outro, o observando. O pequeno sorriu a ele e colocou o chantilly dentro do saco de confeitar a iniciar o preparo da cobertura sobre os bolinhos.
- Está difícil aí?
- Está. - Shiori riu e ergueu o bolinho com a cobertura posta errado.
- Primeira vez que fez um bolinho assim?
- Ah... Ficou bonitinho.
- Tente mais. - Disse o maior, assentindo.
Shiori assentiu e pegou outro dos bolinhos a cobri-lo com o creme.
- Você fez de que essa cobertura? - O maior se levantou, se encaminhando até ele.
- Manteiga. - Sorriu.
- Tem gosto de manteiga?
- Acho que tem.
- Nunca comeu isso?
- Iie. - Shiori pegou um pouco com a colher e levou aos lábios, experimentando. - Ah... Tem um gosto bom.
- De... Manteiga?
- Iie. - Riu. - Não muito. - Pegou pouco e levou aos lábios dele.
Kaname experimentou o doce, receoso e contido.
- Hum... Doce.

- Hai. - Riu. - Não esta bom?
- Está bom.
Kaname concordou e ouvira o suave toque de interfone. Voltou-se mesmo da cozinha à porta no hall cujo se dirigiu e falou através do aparelho, recebendo algum minuto inteiro depois o rapaz em casa.
- Bom dia, Senhor. Como havia solicitado, os serviços serão prestados a essa hora. Espero que não tenhamos o acordado. De maneira alguma, estávamos acordados a algum tempo.
Dito ao homem, cumprimentou-se e cedeu-lhe a licença, deixando-o juntos aos demais serviçais passarem pela porta.
- O quarto se encontra no final do andar de cima, ultima porta. Pode colocar tudo lá.
E assim procedeu o início do serviço, voltando à cozinha. 
Shiori desviou o olhar ao outro a ouvir o barulho e uniu as sobrancelhas.
- K-Kaname...
Deu de ombros por fim e continuou a decorar os bolinhos, colocando algumas estrelinhas azuis em um dos mesmos.

- Hum, bem, achei que devíamos trocar suas coisas. Não tinha muitas, desde que se mudou para cá.
- Eh? - Shiori desviou o olhar ao outro. - T-Trocar minhas coisas? Não, não é necessário... Isso é muito caro...
- Agora você está morando e namorando, comigo.
- Mas eu posso dormir com você... Eu... Namorando? - Uniu as sobrancelhas.
- Uh..? Estou errado?
- Não... Eu só achei fofo. - O menor sorriu e correu até ele, abraçando-o.
- Mas você franziu as sobrancelhas. - Dizia o maior, mesmo já envolvo em seu abraço.
- Sim. - Sorriu. - Eu faço isso sempre.
- Não vai terminar seus bolinhos?
- Estou terminando, olha esse. - Ergueu o bolinho com as estrelas azuis.
- Esse ficou melhor.
Shiori sorriu.
- Acha mesmo?

- Hum.
Kaname afirmou e desvencilhou-se, caminhando novamente até a cadeira onde se sentou.

- Vou fazer um pra você. - Sorriu. - Ah... Não tem estrelinhas pretas...
- Pretas?
- Hai, que nem seu cabelo. - Riu baixo.
- Então o seu também seria preto.
Shiori fez bico.
- Que cor você gosta?

- Preto.
- Ah Kaname!

- Deixe sem.
- Mas aí fica feio, não fica?
- Não fica.
- Ta bom.
Shiori colocou a cobertura em outro dos bolinho e logo estendeu ele ao outro, sorrindo. Kaname o
bservou o pequeno bolo e o aceitou sob a palma da mão.
- Obrigado.

- Vê se esta bom. - Sorriu.
O maior observou novamente o doce e tirou parte da pequena forma de papel o envolvendo. A puxou e mordiscou o bolo doce bem leve e o gosto ressaltado do sangue.
- Hum. - Afirmou no murmuro enquanto mastigava devagar e piscou a ele.

Shiori sorriu e pegou o próprio com as estrelinhas azuis, mordendo-o igualmente.
- Bom? - Indagou ao ingerir.
- Hai, oishi ne.
- Chá, seria bom.
- Hai, eu vou fazer.
Shiori sorriu e virou-se a pegar as coisas necessárias e colocar a água para ferver. Kaname d
eixou o bolinho sobre o balcão e se levantou.
- Deixe que eu faço.

- Iie, não tem problema, é rapidinho.
- Eu faço. Descanse, ficou curvado decorando os bolinhos.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Não tem problema... Eu limpava a casa toda.

- Bem, se quer tanto... Fazer o chá... Faça.
- Você está bem, Kaname? - Shiori observou-o próximo e sorriu a ele, selando-lhe os lábios.
- Estou, por que?
- Não precisa se preocupar comigo, não me importo em trabalhar. - O menor sorriu e logo aproximou-se a observar a água.
- Não, eu só ia fazer o chá.
- Ah, hai...
- Quer ir descansar? Tenho que esperar eles ajeitarem seu quarto, pode ficar no meu enquanto isso.
- Ah, ta bem... Só preciso pegar o meu pijama.
- Se conseguir ir lá, provavelmente tem pó e bagunça, já que estão montando a mobília.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Se importa se eu dormir de roupa intima?

- Uh... - Kaname murmurou.
- Isso é um não?

- Fique a vontade.
- Então ta bem ne. - Sorriu. - Vamos.
- Eu tenho que esperar.
- Eh?
- Tem pessoas aqui. Tenho que esperá-los saírem.
- Ah... Então eu fico com você. - O pequeno uniu as sobrancelhas e bocejou.
- Farei o chá. Comemos na sala, pode descansar no sofá.
Kanname buscou nos potinhos de vidro a seleção do chá, optou pelo pêssego, relaxante. Para ambos e terminou por prepará-lo com a água já fervida. Servindo xícaras de porcelana das quais o jogo da anterior quebrada e colocou-as na bandeja junto aos bolinhos sob pires do mesmo material.
- Vem, vamos pra sala.

Shiori assentiu e caminhou junto do outro até a sala, já sonolento a caminhar pelo local, sentando-se no sofá a se ajeitar ali. O maior se sentou, deixando sobre a mesa de centro a bandeja. Pegou seu chá e lhe entregou, junto alguns cubinhos de açúcar. Em seguida, serviu a si mesmo.
O menor sorriu e colocou o cubinho no chá, movendo a colher a observá-lo se dissolver. Experimentou e abriu um pequeno sorriso novamente.
- Hum... Oishi.

- É o que eu gosto mais. - Kaname murmurou e experimentou logo após.
- É muito bom. O gosto não é muito forte.
Kaname concordou com a cabeça e logo deixou o chá sobre a mesa. Ajeitou-se no sofá, recostado a nuca ao encosto, brevemente cerrou as pálpebras.
- Estou com sono também.

- Quer que eu fique acordado pra esperar eles saírem? Acho melhor você descansar ao invés de mim, tem trabalho hoje.
- Posso dormir o dia inteiro.
Shiori levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os.
- Pode dormir.

- Sh. Podemos ficar por aqui. Tome o chá.
O menor assentiu e levou a xícara aos lábios novamente, bebendo mais alguns goles do chá. O maior pegou o próprio e entre goles seguidos, logo deu término à bebida. Shiori sorriu a ele, sonolento e logo deixou a própria xícara sobre o móvel a frente. Junto a dele, na bandeja Kaname deixou a xícara e acomodou-se no sofá, deitado. Dando tapas no mesmo o chamou para fazer o mesmo. O pequeno deitou-se no local, junto do outro e aproximou-se dele, encolhendo-se como sempre.
- Assim vou ouvir quando descerem as escadas e podemos descansar um pouco.
- Você... Pode me abraçar?
- Grude.
Kaname o abraçou, envolvendo com somente um dos braços passando pela cintura. Shiori r
iu baixinho e fechou os olhos, aconchegando-se junto dele.

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