Naoto e Kazuya #22


Kazuya havia acabado de chegar no colégio, e havia notado que o outro ainda não havia chego. Haviam passado momentos ótimos juntos e já podia se considerar realmente o namorado dele, afinal, saíam sempre, e tinham uma relação muito boa, estava feliz, satisfeito com o que tinha, não precisava de mais nada.
No caminho, cessou ao observar a garota no corredor, que carregava em mãos uma caixa de chocolates devido a páscoa que chegaria logo e entregou em meio aos próprios dedos num sorriso tímido. Aproximando-se mais, selou os próprios lábios. O loiro arregalou os olhos, observando os cabelos loiros dela, confuso a ter o doce na própria mão e ouviu silencioso a declaração que tinha a fazer para si, o que não sabia, é que haviam outros olhos sobre ambos, não estava sozinho.

Ao voltar para a sala, não viu o outro, nem no intervalo e nem ao fim da aula, o que achou estranho, de fato ele geralmente falava consigo, mas nem o havia visto, talvez estivesse doente. Ao sair da escola, Kazuya passou em uma loja de chocolates, onde comprou o necessário para fazer a ele, um coração e nele as iniciais de ambos gravadas no doce, daria a ele de presente, apenas um mimo bobo, como tinha costume de fazer, e seguiu então rumo a casa do moreno.
Antes de chegar, o fitou ali na rua e correu em direção a ele, o segurando pelo braço antes que ele tivesse a chance de chegar em casa.
- Nao! Nao! Oi. Trouxe um presente pra você.
- Não quero falar com você.
- ... Eh?
- Vá embora.
- Eu trouxe um coração de chocolate, veja, tem nossas iniciais.
- Volte pra casa. Vou sair com o Yuki.

- Mas... Foi eu que fiz.
- Não me importa, vá embora.
- O que diabos eu fiz pra você? Pare com isso.
- Já me cansei de você.
Kazuya uniu as sobrancelhas.
- Não diga besteiras!

- Não estou dizendo besteiras. Sai daqui.
- Naoto, pare com isso já!
O loiro disse a erguer a mão a bater contra a face dele num tapa que estalou alto pelo local.

Naoto sentiu o pulso sobre o rosto, que virou-se no estalo grosseiro e sentiu arder sobre o toque de seus dedos. A mão semelhantemente elevada, voltou sobre o rosto do louro e atingiu-o sem que antes houvesse previsto fazê-lo. Quando virou-se finalmente a observá-lo, cerrou os dedos em torno da camisa de linho fofa em cor bege clarinho, ainda de seu uniforme e puxou-o na menção do punho fechado que ameaçou acertar seu rosto. Observou-o próximo no bloqueio que deu, e notou o pequeno corte em seu lábio com filete de sangue, fosse talvez o anel que tinha no dedo.Kazuya estreitou os olhos a ele, porém a expressão se perdeu ao sentir o outro bater contra a própria face, bem mais forte do que talvez fosse um simples tapa em seu rosto. Acabou por derrubar o coração que carregava no chão nos passos que deu para trás com o soco dele. Sentiu-o agarrar a si pela camisa e não disse nada, permaneceu imóvel a observá-lo e apenas uniu as sobrancelhas, sentindo nos olhos as lágrimas que já se formavam pela atitude dele.
Tal como o franzir de suas sobrancelhas, quase tomaram a posse do moreno no tom rubro que tomou o filete de sangue, naquele toque não proposital em seu lábio, pouco inchado pelo brusco punho desferido ali sem intenção e suspirou enquanto o marejo em seus olhos tornavam-se evidentes. Deslizou a mão cerrada em seu cabelo até sua nuca, acariciando-a o beijou num simples cuidadoso pressionar de seus lábios.
O loiro fechou os olhos ao vê-lo se aproximar e sentiu a lágrima única que escorreu pela face, retribuindo-lhe o pequeno selo, mesmo com a dor nos próprios lábios.
Naoto deu um ou dois selinhos em seu lábio ferido e no destaque dos lábios cerrou as pálpebras mesmo na proximidade que manteve.
- Me desculpe, eu não tive intenção de bater em você, fui empurrá-lo quando deu-me um tapa.

Kazuya assentiu ao ouvi-lo.
- Não me importa... Você... Não me quer mais?

- Me desculpe. - Naoto sussurrou e lambeu-lhe o lábio, sentindo o gosto de ferrugem do sangue. - Você... Estava a beijar outra pessoa.
- O que? Claro que não.
- Estava beijando. Quando ela deu o chocolate pra você.

O loiro sorriu ao ouvi-lo, finalmente entendendo o motivo.
- Você não viu o restante não é? - Fechou os olhos e lhe selou os lábios. - Eu devolvi, e disse que se ela tocasse em mim de novo, eu não ligaria se ela é mulher ou não, ela ia levar um belo tapa.

- U-Uhn... - Murmurou. - Eu saí quando vi.
- Eu nunca trairia você...
- Me desculpe...
- Nunca mais faça isso de novo...
- Não, foi um acidente, não teria batido em você.
Kazuya ergueu uma das mãos e levou a face dele, acariciando-o.
- Naoto... Você não vê? Eu poderia ter levado uma surra, não me importaria se me dissesse que você ainda é meu. A pior coisa foi você ter dito que não me queria mais...

- Não seja masoquista assim...
- Não, eu morreria por você.
- Não diga bobagem.
O moreno deu-lhe outro tênue beijinho no lábio e abaixou-se, pegando do chão o presente, que esperou não ter quebrado enquanto tateava-o nas mãos. Kazuya s
orriu a ele e observou o coração.
- Está inteiro ainda.

- Está... - Naoto murmurou e levantou-se. - Não quebrou meu coração. - Brincou, mesmo sem traço de humor.
Kazuya riu.
- Sim. Eu... Espero que goste.

O moreno o observou de olhos baixos e descansou a testa em seu ombro. Kazuya sorriu e o puxou contra si, abraçando-o e o apertou entre os braços.
- Eu te amo, Naoto.

- Eu também te amo.
- Está tudo bem, hum? Logo vai melhorar.
- Vem, vem cá. Eu vou cuidar disso e nós vamos.
- Vamos aonde?
- Eu ia comprar o chocolate do Yuki.
- Ah, eu vou adorar ir junto, se deixar.
- Ta bem.
O menor sussurrou e puxou-o, fechando a porta em suas costas a guiá-lo até a cozinha, onde cedeu o assento próximo ao balcão. O loiro s
orriu a ele e seguiu até o balcão, onde se sentou em frente.
Naoto pegou um pequeno lenço, e tratou da higiene do pequeno machucado antes de postar sobre ele o pedacinho de gelo enrolado num gaze dentro do lenço pego antes e pousou-o em seus lábios. Kazuya gemeu sutil ao sentir o toque do gelo no local, unindo as sobrancelhas.
- Hum... - Levou a mão sobre a dele a pegar o gelo.

O moreno o beijou no cantinho da boca conforme segurou por si mesmo. Porém, no lado oposto.
- Desse jeito vou pedir que me bata todos os dias.
- Não seja bobo, estou com remorso e está gostando disso.
- Desculpe. - Riu.
Naoto se ajeitou fronte suas pernas e segurou-o entre ambas as mãos, beijou-o na testa coberta pela franja. O outro sorriu a ele.
- Não precisa ficar tão preocupado, só cortou um pouquinho.

- Eu sei, mas você não viu a expressão que eu vi.
- Hum?
- A carinha que fez quando olhou pra mim.
Naoto dizia e novamente deslizou os dedos em seus cabelos, na nuca, beijou-o no canto dos lábios. Kazuya s
orriu novamente e lhe retribuiu o beijo sutil.
- Foi tão ruim assim?

- Parecia uma criança com medo de apanhar.
- Eu não estava com medo. Não de apanhar, pelo menos.
- Yuki deve ter visto... Não desceu até agora.
Naoto tocou-o em sua mão e abaixou-a, observando o pequeno ferimento já menos evidente. Kazuya sorriu a ele.

- Me desculpe.O menor pendeu a face sutilmente de lado, num encaixe com os semelhantes e na mesma suavidade, buscou beijá-lo. O loiro fechou os olhos, devagar ao vê-lo se aproximar e retribuiu o beijo, levando uma das mãos a face dele a acariciá-lo. O outro passou no gesto brando sobre sua língua, assim como em seu lábio ferido, e massageou de levinho.
Kazuya gemeu, sutil ao sentir o toque no local e abraçou-o agora com ambas as mãos a volta de seu corpo. O menor afastou-se pouco, apenas no grunhido de protesto alheio, mas não interrompeu seu beijo, e o retomou, igualmente vindo a abraçá-lo. Kazuya sorriu, mesmo contra os lábios dele e afastou-se pouco, observando-o.
- Melhor parar.

Naoto afastou-se e suspirou entre lábios descerrados.
- Estou machucando você?

- Não... Está me fazendo querer tirar sua roupa.
- Você pode vir com o Kazuki essa noite.
- Hum... Me arrepiei todo.
- O que? - O menor sorriu a ele.
- Só pensando na noite...
- Podemos deixar os meninos comendo chocolate e vendo filme na sala.
Kazuya sorriu a ele e lhe selou os lábios.
- Me diz o que quer fazer, Nao.

- Eh? - Naoto indagou, entendido porém fez-se que não.
- Me diz o que quer fazer comigo a noite.
- Você já sabe...
- Ah, mas eu quero ouvir.
Kazuya aproximou-se a abraçá-lo e beijou-o no pescoço.

- Você é um pervertido.
- Ah, não é perversão.
- Quero transar com você.
- Quer entrar em mim?
O maior deslizou uma das mãos pelo corpo dele a acariciá-lo e riu baixinho.

- Hum...
Naoto murmurou audível, e deu veemência com o movimento da cabeça.

- Hum... Isso me anima.
- Gosto quando está de costas, gosto da sua.... Mas gosto quando está de frente, que vejo seu rosto.
O maior riu baixinho, malicioso e lhe selou os lábios.
- Esta falando baixinho... Não precisa ter vergonha.

- Não estou com vergonha... - Resmungou talvez.
- Então me diz o que gosta de ver.
- Gosto do seu corpo.
- Também gosto do seu... - Kazuya sorriu.
- Eu gosto de vê-lo de costas.
- Se quiser eu posso me virar agora. - Riu.
- Eu disse quando estamos fazendo sexo.
- Eu sei, só estou brincando.
- Estou com vontade.
Kazuya segurou a mão do outro, levando-a até o próprio membro, deixando-o sentir o local mesmo sobre a calça, já ereto.
- Você não é o único.

Naoto sentiu um calafrio gostoso na espinha, tateando a região escondida por sua roupa.
- Gostou? - O maior sorriu a ele.
O outro subiu os dedos na base firme de seu sexo, e tocou o botão da calça, descasalando-o.
- E se o Yuki descer, hum...?
- Só vou... Fazer um pouco.
Naoto sussurrou e afastou-se, abaixando-se entre suas pernas, na altura dos quadris e vagarosamente desceu o zíper.

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