Miyako e Sayuki #28


- Miya!
Sayuki falou alto ao ver a moreninha sentada num dos bancos no refeitório e caminhou até ela, em passos rápidos. Usava ao casaco branco que cobria quase todo o próprio uniforme cor de rosa claro, que costumava usar no colégio. Observou as pessoas sentadas na mesa, junto dela, alguns com fone de ouvido, outros comiam seus lanches, porém todos pararam o que faziam ao ver a si.
- Você esqueceu o casaco em casa, e como está meio frio eu vim trazer. - Sorriu e entregou a ela. - Também trouxe seu lanche. - Entregou em conjunto, o obentô com a comida feita por si, toda em formato de bichinhos. Sorriu a ela, meio de canto. - Quem são seus amigos?

- Miya... Sua mãe ainda trás o lanche pra você no intervalo?
O loiro uniu as sobrancelhas ao ouvir a garota sentada lado a ela e o sorriso sumiu aos poucos, observando-a. Abaixou a cabeça e ajeitou o casaco por fim.
- Desculpe...
Murmurou e virou-se, voltando o caminho feito até a enfermaria.

Miyako ergueu o olhar conforme o apelido exclamado. Observou o lourinho, e sorriu internamente pelo fato de que usava o jaleco comprido ao invés de suas roupas de trabalho. Observou o casaco entregue e franziu suavemente o cenho, sem entendê-lo, assim como o lanche, só não mais fofo que ele, e encarou o obentô preparado, incrédula pelos detalhes. E somente se voltou a ele novamente quando o comentário da outra ali. Quase parecia uma flor a murchar, e riu baixinho, segurando-o em seu pulso, o puxou.
- Minha mãe nunca seria tão boa assim. - Retrucou e segurou sua mão, onde na palma, deu-lhe um beijo. - Ela só está brincando, Sensei.

Sayuki assentiu e abaixou a cabeça novamente, havia ouvido a outra, mas ainda estava chateado devido a própria idade.
- Pareço tão velha assim?

- Iie, ela quis dizer pelo fato de cuidar de mim. Boba. Vamos comer juntas, uh? - Miya observou os demais e levantou-se, pegou o casaco e o lanche preparado por ele. - Aonde quer ir?
- Vamos na enfermaria. Podemos comer sentadas na cama. E... Fazer coisas.
- Hum, fazer coisas, é? - Ela sorriu a ele e seguiu consigo até a enfermaria.
Sayuki assentiu e riu baixinho, seguindo junto dela.
- Você disse boa em que sentido?
- Quer me usar, é? - Miya indagou e riu, embora quase mudo e voltou conforme sua pergunta. - Em todos.

O loiro assentiu e adentrou a enfermaria, deixando-a entrar em seguida, fechando a porta atrás dela. Miya seguiu a uma das camas, onde se sentou.
- Em cuidar de mim, fazer lanchinhos, ficar comigo.

Sayuki sorriu e sentou-se junto dela na cama.
- Não no sentido de gostosa?

A outra o observou, e parcialmente cerrou as pálpebras, deixando-as em linha reta.
- Acha que por acaso tem como comparar? Tem como eu achar minha mãe gostosa?

- Claro que não. - Riu. - Experimente. Fiquei o dia todo fazendo.
- Ah, que susto, achei que mandou eu experimentar minha mãe.
- Idiota. - Riu.
Miya riu baixinho e deixou o potinho sobre as pernas, abrindo o lanchinho e pegou os hashis, experimentando-o.
- Hum... Está sempre gostoso.
Murmurou e pegou da comida, servindo-o igualmente. Sayuki s
orriu e aceitou a comida.
- Obrigado.

- Oishi.
A morena sussurrou e experimentou mais do arroz, acabando com a orelhinha de bichinho que ele havia feito.

- Coitadinho, ficou surdo...
- De uma orelhinha só.
O loiro riu.
- Vamos comer a outra?
- Vamos. - Sorriu.
Miya pegou metade da orelhinha, e levou a boca dele, que aceitou e riu baixinho novamente.
- Amanhã eu trago um da Hello Kitty.

- Iie, não gosto dela. Faça um panda.
- Um panda? Ta bem.
- Panda. - Sorriu.
- Você parece um pandinha de manhã quando acorda.
- Eh?! Está dizendo que tenho olheiras?
- Claro que não, a maquiagem, boba.
- Eu não durmo de maquiagem, bobão.
- Claro que dorme.

- Claro que não. Está tentando justificar o fato de que me chamou de panda.
- Para de ser boba.
Miya estreitou os olhos a ele e voltou-se a comida. Sayuki riu e abriu a boca, esperando pela própria parte. A outra pegou um dos polvinhos, porém levou a própria boca.
- Sua ruim. - Sayuki fez um pequeno bico ao comprimir os lábios.
Miya o observou de olhos estreitos enquanto mastigava.
- Me dá...
- Na-ão. - Ela voltou a pegar um dos polvinhos, levando a boca, mesmo cheia.
- Nãããão... - Fez bico. - Me dá... Eu vou chorar, hein?
- Hum... Oishi. - Grunhiu.
O loiro estreitou os olhos, quase fechando e a boca num pequeno biquinho, a expressão chorosa.
- Não ligo pra essa carinha.
A morena se voltou ao arroz, comendo mais um tantinho dele.

- Vai me deixar passar fome?
Miya riu baixinho e pegou um polvinho, dando a ele.
- Pronto?
- Que miséria... - Fez bico. - Mas tá, nem queria mesmo.

- Miséria, é?
A morena pegou mais do arroz e levou com metade do polvinho até a boca dele, que a
ceitou e riu baixinho logo após.
- Pode comer.

Logo após, a outra pegou o omelete enroladinho e deu a ele um dos rolinhos.
- Hum, ficou gostoso mesmo.
- Sempre fica.
- Vou abrir um restaurante então. - Sorriu.
- Não, só eu posso comer.
- Só você é? E nosso bebê?
- Quando ele vier ele pode também. - Sorriu a ele.
- Sabe que temos horário marcado na clinica hoje não sabe?
- Sim, vamos hoje a tarde. Já não tenho compromisso marcado.
- Estou nervoso.
- Por que? - Sorriu a ele.
- Porque pode dar algo errado...
- Está sendo muito negativo.
- Hai, desculpe.
- Vai dar tudo certo.
O sinal soou alto por dentro do consultório, indicando que a morena deveria voltar a suas atividades e que Sayuki deveria voltar ao trabalho, mas o loiro não queria soltar a outra, tanto que se agarrou a uma das mãos dela.
- Calma, sensei. Eu vou voltar logo. Fique pronto para irmos ao médico, ta bem?
- Hai... Boa aula, Miya.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. - Sorriu.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário