Yuuki e Kazuto #29


Kazuto pensou por um tempo, só então voltou e se encostou na porta no quarto, permanecendo alguns minutos ali e bateu a testa no local sem força, pensando se saia ou se ficava.
- Ah como eu odeio amar você... É mais forte do que eu... - Suspirou - E aqui estou eu... Falando sozinho de novo. - O menor se virou, segurando na maçaneta da porta.
- Vou voltar pro quarto... - Abaixou a cabeça. - É, vou. - Soltou a porta e caminhou até o quarto, observando o outro na cama. - Que vontade de te sufocar com o travesseiro... Você fica tão lindo dormindo...
Sentou-se ao lado dele, acariciando-lhe os cabelos e abaixou, selando-lhe os lábios, descendo até o pescoço e beijando-o algumas vezes, sentindo a pele fria do vampiro, mordendo levemente. Ergueu o lençol e deitou-se ao lado do maior, abraçando-o enquanto continuava os beijos.

Yuuki encolheu sutilmente o pescoço ao sentir os beijos, tentando evitá-los, ainda submerso ao cochilo fraco. Franzira o cenho, e finalmente fora desperto pelos movimentos do menor.  As orbes ligeiramente buscaram a imagem alheia, e fitou-o ainda com as marcas expressivas denotadas no semblante.
O menor sorriu, sugando a pele dele e deixando uma pequena marca. Sentou-se sobre o outro, rebolando levemente sobre o quadril dele e logo abaixou-se novamente, murmurando próximo ao ouvido do namorado.
- Me fode, hum... Me fode... Quero sentir suas unhas rasgando a pele de novo e sentir suas presas se cravando na carne... Sentir você esquentar o meu corpo e o sangue escorrer e manchar os lençóis...
Deixou a língua tocar a orelha dele e mordeu a cartilagem. 

O maior sentiu todo movimento em preliminares de estimulação do garoto. Fechou os olhos, escondendo-os, aqueles olhos dourados e bem acesos.
- Sai de cima de mim.. Você está mesmo no cio, pirralho. Eu já falei, fique com seu pauzinho pequeno duro, com seu cu louco pra receber um caralho. Mas não quero você. Sai fora.
As mãos, foram as coxas do menor, a cada lado do corpo e pressionou as longas unhas. O menor m
ordeu o lábio inferior.
- Não vou sair daqui, só vou sair quando me foder.
Gemeu alto, levando uma das mãos até uma das mãos dele na própria coxa, puxando-a do local e logo a pressionou, sentindo as unhas se afundando na carne.

- Pensa que é tão fácil? Pensa que pode decidir alguma coisa por mim, garoto?
As unhas do mais velho mantiveram-se pressionadas, afundando-as ainda mais a cada segundo, enquanto falava.

- Não... Y-Yuuki... - Kazuto puxou a mão dele, tentando retirá-la do local. - Para...
- O que? Seu pau pequeno já broxou, é? Ah, vai chorar, o bebezinho vai chorar...
- Está doendo... - Murmurou.
- É, está! não é isso o que queria? Sentir dor! Porque dor, é algo que posso de proporcionar além de sexo.
Uma das mãos de Yuuki se dirigiu as fios de cabelo tonalizados do outro, e apertou-o em meio aos finos dígitos o puxando, empurrando o garoto de cima do corpo. O menor se s
entou na cama e suspirou, novamente se levantando e sentou sobre ele, segurando as mãos do outro apoiadas na cama ao lado da face dele
- Qual é o seu problema?

- Você é um problema, seu inútil. Carente, bastardo, procurando um amor inexistente.
Yuuki soltou uma das mãos, e levou-a a face do menino, segurando-a entre as unhas finíssimas e apertou-a contra a pele, rasgando-a assim como já o fizera na noite. O menor l
evou a mão até a dele, puxando-a e gemeu baixo.
- Você vai me amar...

- Você é tão miserável...
Na tentativa alheia de puxar a mão do mais velho dali, friccionou-as ainda mais em pele, afundando-as ainda mais; porém breve e ágil movimento a tirou-a e estapeou a face branca, que tornou-se instantaneamente rubra, marcando os dígitos perfeitamente. Um pequeno tempo deu após o espalmo, porém voltou a desferi-lo no rosto do menor, um seguido de punho, rompendo o canto do lábio alheio, a qual correu o pequeno e sutil rastro de sangue.
- Como poderia amar alguém tão miserável? Insignificante... Tão altruísta.
As pousou novamente sobre o rosto dele, onde deslizou com uma carícia gentil, deslizou ao pescoço, a qual já voltou a ter uso da unha novamente.
- Tudo isso pra transar, pirralho? Vale à pena?

Kazuto segurou a mão livre do outro entrelaçando os dedos aos dele e a pequena lágrima deixou os olhos, fitando-o em seguida.
- Esteve só comigo não é? Ficou com outra pessoa desde a nossa ultima vez?

- Está perturbado com isso, é? - Riu. - E daí? E se transei com outra, uhn?
- Diga a verdade.
- Hum, não me respondeu.
- Eu perguntei primeiro e você não me respondeu, respondeu com perguntas.
- Não preciso responder você. Nunca precisei dar satisfação a alguém, e você será a última delas a ter a minha.
- Sou seu namorado.
O som nasal soou das narinas do vampiro bem sutil. Negativou com a cabeça, ponderando sobre o dito do garoto.
- Nem sei porque aceitei uma criança em namoro... Você não é meu dono, menino... - Empurrou-o de cima do colo, levantando-se da cama. - Tsc...

O menor se sentou na cama e abaixou a cabeça, deixando as lágrimas molharem a face. As mãos do maior foram a camisa trajada pelo menor, nas regiões dos ombros e puxou-o, fazendo se levantar, arremessando-o contra a parede próxima, ao lado do pequeno móvel criado e puxou-o o empurrando outra vez contra o concreto.
Kazuto gemeu baixo ao ter o corpo empurrado contra o local duro, dolorido e certamente se fosse um humano, algum osso já estaria quebrado. Manteve a cabeça baixa, continuando a chorar. Uma das mãos do maior se dirigiu a face infantil e chorosa do outro, segurando-a em meio a dígitos e o fez olhar para si.
- Porque está chorando, ahn? - Tornou a empurrá-lo contra a parede.

Kazuto uniu as sobrancelhas.
- Porque você me traiu. - Murmurou.
- Pare de ser idiota, como consegue levar esse namoro tão à sério? Pirralho!
Yuuki o empurrou outras duas vezes contra a parede, porém ao cessar, ambas as mãos continuaram sobre os ombros do mais baixo. E fora a própria vez de baixar a cabeça, observando o solo onde ambos pisavam.
- Que garoto irritante...
Murmurou, seguido por um suspiro forte e sonoro através de narinas. Voltou a erguer a face e aproximou-se do menor, empurrando-o uma outra vez contra o concreto tingido por um vermelho quase escuro, mas não tão forte quanto as outras anteriores vezes em que o empurrou e numa ultima vez, o puxou e voltou a empurrá-lo, desta vez com o próprio corpo, à pressioná-lo a parede quando os lábios tocaram os dele, e o beijou, com as rispidez sempre empenhada as atos habituais, mas já conhecido pelo garoto. 

Kazuto gemia baixo a cada vez que o corpo era empurrado contra a parede e as mãos continuaram a se apoiar ao lado do corpo, soluçando entre as lágrimas que escorriam pela face. Assim que ele tomou os próprios lábios num beijo, o retribuiu por pouco tempo até virar a face, tentando se livrar dos lábios do vampiro.
- Para... Eu não quero...

Uma ultima vez, Yuuki prendeu o inferior do menor entre os próprios, sugando-o de leve até perde o contato com a puxada sutil.
- Não quer? - Sussurrou.

O menor desviou o olhar da face dele e permaneceu em silêncio, afinal não podia dizer que não queria e também não podia dizer que queria.
- Ah, como quiser. - O maior soltou-o, e afastou-se. - Vá embora.
- ... - Kazuto se sentou no chão, e as lágrimas não queriam deixar os olhos. - Diz que você não ficou com outra pessoa...
- O que? Acha mesmo que nós estamos num tipo de relacionamento onde se obtém fidelidade?
- ...Você não fez isso.
- Não, não fiz, agora pare de chorar, tem catarro escorrendo do seu nariz, suíno... E vai embora.

- Não quero ir embora... - Abaixou a cabeça - Você faz de proposito, eu te odeio.
- ... Vai tomar um banho, você está nojento. Vou dormir.
Yuuki deitou-se outra vez, acomodando-se na cama. O menor p
ermaneceu do mesmo modo, chorando e limpava a lágrimas da face algumas vezes, mesmo que o fizesse, o fazia em silêncio, não queria incomodá-lo.
- ... - Yuuki negativou e puxou o menor pela gola da camisa, ergueu-o no colo, adornando a própria cintura com as pernas alheias e levou-o ao banheiro. - Agora tome a porra do banho, odeio sujeira.
- Não estou sujo... - Murmurou.
- Tome o maldito banho e vá dormir.
O maior colocou-o no chão e voltou ao quarto, tornando a se deitar. Kazuto v
oltou ao quarto, limpando a face
- ... Toma banho comigo.

- Não, vai lá e tome um banho rápido.
- Mas Yuuki...
- Cara... Vire um homenzinho pelo menos uma vez na vida.

- Mas eu quero que venha comigo... Faz algo que eu quero uma vez.
- Vai logo!
O menor fez um pequeno bico com os lábios e virou-se, adentrando o banheiro. Retirou as roupas, deixando no chão e ligou o chuveiro, lavando o corpo. Yuuki deitou-se de lado na cama, acomodando-se melhor nela, e outra vez cochilou antes que o menor deixasse o banho. O pequeno logo desligou o chuveiro e voltou ao quarto, com a toalha na cintura, sentou-se na cama e cutucou o outro.
- Yuuki..

- Hum... ? - Murmurou descerrando os olhos, após ser desperto do sono leve. 
- Ainda quero você... - Kazuto desviou os olhos ao chão.
- Garoto... - Suspirou - Que porra de fogo é esse?
- Hum... Tem alguma roupa minha aqui?
- Não sei, veja lá no guarda roupas.
- Hum... - Murmurou apenas.

Kazuto caminhou até o guarda roupa, abrindo a porta e o observou, achando uma das roupas intimas e a vestiu, voltando a cama e deitou-se. O maior suspirou, aspirando o aroma do banho do garoto. Aproximou-se dele, uma das mãos pousou sobre seu abdômen, e os lábios roçaram no pescoço, deslizando a pele até chegar a orelha e passou a bochecha, alcançando os lábios, o beijou. Introduzindo a língua na boca do vocalista, roçando preguiçosamente a própria à alheia, igual anteriormente, sugava bem leve o inferior do menor, puxando-o tão sutil quando as sucções.
O menor sorriu ao sentir o toque dos lábios e retribuiu o beijo, levando uma das mãos a face dele, acariciando-o enquanto a outra pousava sobre a dele no abdômen. Mordeu-lhe levemente o lábio inferior algumas vezes e não deixava de sorrir com os toques da língua do vampiro na própria.
Yuuki separou pouco o lábio do alheio, quebrando o contato firme, ficando com apenas roçar e o toque na língua que delineou os lábios do outro, enquanto seguidamente deu puxadas bem sutis, permanecendo de olhos fechados e retomou o beijo a seguir. O pequeno permaneceu um tempo com o beijo e logo o cessou, selando os lábios dele varias vezes. Afastou a face e apenas o fitou, acariciando a face do maior.
- Eu te amo, Yuuki... - Murmurou.

O mais velho suspirou pela milésima vez na noite e ajeitou-se na cama.
- Bom descanso.

- Quero que me ame um dia, Yuuki... - Murmurou, virando-se de costas a ele.
- Hum... - Murmurou apenas.
- Me promete que vai tentar? Por favor...
- Não prometo nada. Durma.
- Yuuki...
- ...
- Ta bem...- Boa noite... 
O maior permaneceu em silêncio, até que o sono chegasse e o pequeno aconchegou-se junto a ele, adormecendo logo após o outro.

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