Akihiko e Sanosuke #7 (+18)


O suspiro deixou os lábios de Sanosuke, finalmente havia fechado os olhos, estava cansado, havia trabalhado pela semana toda e claro, dormia no escritório, já que não conseguia voltar para casa. O relógio contou cinco minutos, exatamente e logo a porta fora aberta.

- Senhor, estou indo embora, só vai ficar o Akihiko e o Miya para o turno da noite.
- Tudo bem, obrigado.
Disse a dispensá-lo e logo fechou os olhos novamente, e foram mais cinco minutos.

- Senhor! É o Aki!
- O que? - Levantou, quase num pulo devido ao tom que o rapaz havia usado e todo o sono se desfez. - O que tem o Aki?! 
- Ele se queimou.
Arregalou os olhos, talvez assustado demais com o ocorrido devido ao recente sono e virou-se para o rapaz.
- Pode ir pra casa, Miya, eu cuido disso. 

- S-Sim senhor...
Correu em direção à cozinha, uma reação automática pelo sono interrompido e pegou no caminho a caixa de primeiros socorros, embora para queimaduras, nada ali fosse muito útil.
- Aki?
- Maldição.
Akihiko resmungou entre os dentes enquanto se sentava de modo nada profissional sobre a pia da cozinha. Abaixava suavemente a calça, somente em sua lateral, já havia tirado a doma, e erguia suavemente a camisa que usava normalmente abaixo dela. O causador da bagunça havia sido dispensado, podia julgar pela rapidez com que saiu da cozinha e que foi embora com suas coisas num cumprimento rápido. Não havia entendido o que acontecera, mas se somente os dois estavam ali e não havia causado a queda da panela com calda quente, não seria um fantasma que o havia feito. E agora, usava algum tecido que umedecia e banhava a pele, pouco depois torcia e voltava a imergir em água fria, tentando amenizar a queimação descomunal que acometera parte do abdômen ao caminho da perna, por sorte havia sido ao lado, do contrário uma parte importante teria sido atingida, e já sentia dor suficiente para que fosse bem... Lá.

O maior o observou de longe, a doma havia sido retirada e gostaria de não reparar, mas estava quase nu sobre a pia da cozinha enquanto puxava suas roupas tentando amenizar a queimadura. Um suspiro deixou os lábio ao notar seu abdômen plano e tão bem definido, e Deus, como queria tocá-lo naquela barriga. Engoliu em seco e caminhou até ele, rapidamente, mais rápido do que achou que poderia e pegou o pequeno tecido de sua mão, umedecendo-o e ali o colocou, usando outro rapidamente.
- Precisa de um banho... O que aconteceu?
Aki voltou a atenção a ele ao notar a presença de alguém próximo a porta, com aquilo não teve tempo de nada além de fita-lo com uma expressão meio torcida, dolorido, embora não estivesse gritando, sentia a pele gritar por si, ardida, vermelha, e que pioraria em breve.
- Algum fantasma derrubou a calda em mim. Um fantasma provavelmente chamado Miya, aquele miserável. - Dizia, com a voz até um pouco diferente do comum, afetado pela sensação de desconforto. - Desculpe estar na pia.
- Vou te levar pra casa, compramos tudo no caminho. Vem.
O loiro falou a ele e segurou a mão do outro, entrelaçando os dedos aos dele, mesmo inconsciente.

- Não, espere. - Aki disse, mesmo no toque suave de sua mão que talvez em outra ocasião, houvesse adorado. - Quero ficar perto da água, por hora.
- Não quer ir comigo pra casa?
- Eu quero, mas estou ardido.
- Hum... Tudo bem.
- Preciso pelo menos colocar algo pra poder ir, gaze, tem gaze?
- Não sei, bem, estamos fechados eu... Vou fechar as portar, tem um colchão lá atrás, posso colocar aqui pra cuidar de você.
- Iie, vamos, eu não vou ficar tranquilo enquanto não chegar em casa. Mas preciso se algo pra aliviar enquanto vamos até lá.
- Hai, devo ter um analgésico no escritório e colocarei algumas gazes molhadas.
- Hai.
Akihiko assentiu e permaneceu por lá, esperando a ajuda do chefe e bom, ficante talvez.

Sano seguiu ao escritório onde pegou o analgésico para ele e voltando a cozinha pegou um copo d'água que entregou em sua mão, preparando as gazes com água para o caminho.
O moreno aceitou o medicamento juntamente a água em que conjunto ingeriu, aproveitou para secar o conteúdo dentro do copo. Um sibilo se ouvia ao resmungar sobre a ardência e por fim deixou a pia, levantando-se, seguindo até o mais velho, esperando a gaze úmida onde aliviaria o desconforto no meio do caminho.
- Espero que isso não marque...

O loiro uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e assentiu, aproximando-se a observar o local, meio constrangido por ser tão para baixo.
- Eu também espero que não... Você... É bem bonito.
Murmurou e colocou as gazes úmidas sobre o machucado, ajudando-o a descer.
Akihiko não deixou de sorrir junto ao elogio mesmo que ainda marcasse no rosto um franzir de cenho com o desconforto da dor.
- Sabe que é tudo seu, Sano-san.
Disse e resmungou para si mesmo ao sentir o toque da gaze, mas que por sorte era fria, aliviou-se. O loiro s
entiu a face se corar ao ouvi-lo e abaixou a cabeça, meio desconsertado a continuar a cobrir seus ferimentos. Gostava dele, e de fato estava se afeiçoando demais, por isso, tentou manter certa posição naquele dia.
- V-Vem, vamos.

Aki notou o leve rubor em suas bochechas, era adorável de fato e tocou seus cabelos deslizando pelos fios curtos, o acariciando enquanto abaixado, cuidando do ferimento da pele já resfriada pela água onde embebido o gaze, no entanto imaginava que o conforto duraria por pouco tempo, somente suficiente até a água aquecer e bem, tinha a pele naturalmente bem quente, o que era um problema.
- Vamos.
Retrucou e ao vê-lo levantar em proveito roubou-lhe um beijo rápido, descontraído. O loiro e
rgueu-se a fitá-lo, porém recebeu o beijo surpresa e arregalou os olhos, novamente com a face queimando, mas não como o corpo dele. Indicou a saída para que fosse primeiro, ajudando-o e deu um pequeno sorrisinho de canto ao pensar naquele toque sutil, mas tão bom de se ganhar.
- E-Eu... Vou cuidar de você, hum.

- Eu sei que vai.
Aki disse ao fita-lo de soslaio e deu-lhe um sorriso tênue, seguindo até seu carro, acabaria por buscar a própria motocicleta no dia seguinte, já que não ia ter condições de fazer isso naquele dia. O moreno s
orriu junto dele e ajudou-o a adentrar o carro, seguindo dali para uma farmácia, onde comprou os remédios  rapidamente, não tinha muito conhecimento, e teve que explicar ao rapaz da farmácia a situação para ouvi-lo dizer que uma pomada seria bom de se passar, mas mesmo sendo leigo, sabia que aquilo era absurdo, não se passa pomada numa queimadura. Comprou somente o analgésico e logo, seguia para casa com ele.
O loiro se abaixou a fim de entrar no veículo, lamentando ter de fazer aquilo. No entanto, abaixou o banco e deitou-se nele, fazendo-se mais confortável. O fitou conforme entrou no carro e sorriu a ele mesmo com o evidente desconforto. Sano sorriu a ele, meio de canto, tentando confortá-lo e o mais rápido que pode chegar em casa, chegou, estacionando o carro em frente a residência. Deu a volta no veículo e abriu a porta para ele, dando espaço para que o outro saísse.
- Vem.

Aki já nem se sentia aliviado com o tecido úmido sobre a pele quando chegou em sua casa, estava até na verdade se acostumando com aquela ardência desconfortável. Saiu vagarosamente do veículo e resmungava para si mesmo, seguiu logo ao interior de sua casa conforme a passagem era cedida ao lugar que já bem conhecia. Não deixou de deslizar a mão livre em seu quadril, suavemente próximo à nádega, sem intenções, é claro.
Sano o acompanhou para dentro do local, dando espaço a ele e indicou que subisse e se deitasse na cama, porém uniu as sobrancelhas com o toque sobre a nádega, estranho, mas havia se acostumado. Desceu a buscar a água limpa e os pequenos tecidos para cobri-lo.
O moreno preferia ter escolhido o sofá, mas com seus cuidados era um pouco difícil de recusar. Deitou-se em sua cama, e bem, pôde sentir o cheiro de seu perfume amadeirado, podia imaginá-lo com aquele cheiro depois de um banho, com seus cabelinhos curtos e acinzentados colados à nuca, sorriu, embora não estivesse muito bem para isso e até deu um risinho, achando graça.
Sano desviou o olhar a ele ao ouvi-lo rir, e não entendeu, afinal estava molhando o pano para de preparar para colocar sobre seu machucado, que parecia muito vermelho, por sorte, não tão ruim quanto parecia.
- O que foi?

- Nandemo. Estava sentindo seu cheiro na cama, mesmo com a barriga pegando fogo.
- Sentindo meu cheiro, é?

- Sim, seu perfuminho.
Sano sorriu a ele e deslizou uma das mãos por seu cabelo, colocando a toalha umedecida sobre seu machucado.
- Vou matar o Miya. - Disse, sentindo o alivio do tecido frio sobre a pele. - Podia estar fazendo algo melhor aqui na sua cama.
O loiro desviou o olhar a ele meio de canto e sorriu logo em seguida, acostumado a seus comentários.
- Posso te ajudar com a dor.
- Já está me ajudando, Sano-san.

- Posso te ajudar mais.
- Como?
Sano sorriu a ele, meio de canto e mordeu o lábio inferior, porém cessou logo em seguida, meio constrangido.
- Venha, vamos tirar essas roupas.

- Ora... Que reação inesperada, Sano-san. Tire pra mim.
- V-Vamos tirar para... Melhorar as feridas...
Murmurou e retirou a camisa dele, observando o tórax bonito, de pele tão branca e logo retirou sua calça. Aki f
acilitou a retirada, embora não tivesse feito isso por si mesmo. O maior sorriu e sentiu a face se corar ao puxar sua roupa, abaixando a íntima igualmente.
- Eh? Essa é necessária ou você quer conferir?
- Quero te deixar confortável.
O loiro murmurou e deixou a roupa ao lado, abrindo um pequeno sorriso e logo trocou os panos com água fria novamente.

- Confortável completamente nu?
Por um minuto Aki achou que sua mão tocaria algum lugar recém despido, mas não fez.

- Quer que eu coloque sua roupa íntima para pressionar a ferida novamente? - Murmurou a observar o local. - Feche os olhos, isso vai doer um pouco.
- Não quero fechar, sou um rapazinho corajoso. - Sorriu, evidentemente ainda ardia.
- Hum, então não vou cuidar.
Aki sorria ainda, imaginava que seria surpreendido e certamente mesmo após a descoberta sobre o que se tratava aquele "feche os olhos", ele provavelmente iria querer ficar escondido, era tímido ou orgulhoso. Sano desviou o olhar a ele e o esperou fechar de fato. Assim que o fez, deslizou a mão pelas feridas dele e sentiu a pele queimada, disse a ele que ia doer, porque trocou a última toalha e alguns segundos, ficou em silêncio, para logo após, sentar-se lado a ele e inclinou-se em direção a ele, observando o sexo quase em frente a face e a respiração quente o tocou ali, segurando-o entre os dedos, delicadamente, devagar.
O moreno sentiu o toque de seus dedos sobre o sexo, um sopro quente que indicava sua respiração tão próxima. Suspirou, confuso se dava atenção à ardência da pele ou a sensação agradável de sua provocação.
- Agora... Posso abrir?

- Iie...
O loiro falou a ele e logo deslizou a língua, sutilmente por seu membro, na ponta, e deslizou para a base logo em seguida, deixando-o sentir o toque quente em outra parte. Aki não evitou o gemido suave que surgiu da garganta, sentindo o toque cálido de sua língua úmida, e era por isso mesmo que esperava, embora nunca houvesse tomado antes consigo aquele tipo de iniciativa tão direta, tão íntima.
- Sano...suke..

O maior estremeceu, e ergueu a face a observá-lo, se sentia envergonhado por fazer aquilo num homem pela primeira vez, na verdade, nunca o havia feito nem numa mulher. Por ser uma sensação nova, não sabia muito bem como agir e apenas voltou a deslizar a língua por ele, se aquilo o fazia se sentir mais confortável, então o faria.
- Hum...
Aki murmurou em agrado e não perguntou, mas abriu sutilmente os olhos, tentando ser discreto. Embora sentisse dor, podia amenizar com a atenção noutra coisa. Levou a mão em sua nuca, massageando com a ponta dos dedos e levou até o topo da cabeça, podia ver seus cílios baixos com os olhos parcialmente fechados, distraído com o que fazia.

O maior suspirou, atencioso ao que fazia e desviou o olhar a ele, esperando que ainda estivesse com os olhos fechados, porém cruzou o olhar com ele, sentindo a face se corar quase imediatamente e afastou-se pouco.
- Se você parar eu vou ver ainda mais seu rosto. - Disse e segurou-o onde fez menção de interromper. - Continue...
Sano negativou, meio envergonhado ainda, porém manteve-se perto e suspirou, tentando se manter ali, e voltou a lambê-lo, sutilmente, até sua ponta mais uma vez e foi ali que colocou-o na boca, tentando não pensar muito no que fazia.
- Você não gostou disso? - Aki indagou, notando seu recato no que fazia, sua timidez, e podia entendê-lo, não era como se fosse acostumado com aquilo. - Sano.. Sua boca é meu analgésico.
O loiro desviou o olhar a ele, tentando não se sentir constrangido e assentiu ao ouvi-lo, deslizando-o pela boca até retirá-lo.
- E-Eu gostei.
Murmurou e estremeceu ao ouvi-lo, abrindo um pequeno sorrisinho e logo afundou-o na boca novamente, sugando-o em sua ponta, ainda meio desajeitado, mas fazia o melhor que podia.

- Você quer que eu faça isso em você?
O menor indagou e podia soar rouco, não deixando exatamente exposto se era por prazer ou dor, mas era motivado por ambas as sensações.
- Gosto da sua boca.
Aki murmurou e sorriu a ele, meio de canto, logo voltando a afundá-lo nos lábios e com os olhos fechados, passou a iniciar o vai e vem, colocando-o e retirando-o da boca.

- Então significa que você quer que eu também faça em você, Sano?
O moreno indagou e esticou-se como podia, buscando-o, o tocou em sua coxa e apalpou-o por cima da roupa. Sentia-se ainda em desconforto, mas em nenhuma hipótese diria que parasse.

- Hum.
Sano murmurou em afirmação e sorriu a ele, meio de canto enquanto o colocava na boca novamente e negativou ao vê-lo se esticar, embora gostasse do toque, empurrou-o novamente e ajeitou-o na cama.
- Vai se machucar.

- Então você vai ter que tirar a calça e vir por cima de mim, pra não me machucar.
O maior desviou o olhar a ele, estranhando seu pedido.
- Você diz...
- Sim, meia nove, se preferir.
N-Não acho que... Seja uma coisa pra alguém da minha idade.
- Ah, você não é um idoso.
- ... Mesmo assim, acha que eu ficaria sensual por cima?
- Não acho, tenho certeza. Além de que, quase não vou poder ver nada além do que vai estar contra o meu rosto. Se é que me entende.

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