Tsuzuku e Koichi #10 (+18)


O casaquinho preto cobria o corpo do menor e o capuz cobria sua cabeça e os cabelos rosas. Naquela noite havia saído com alguns amigos, beber, comemorar, afinal, o bordel estava fechado, e tinha um estranho bom humor, sabia que estava tudo certo entre ele e o rapaz, e isso era o que importava. O frio não afetava mais o corpo como quando era humano, agora podia sair numa noite de inverno sem tantos problemas, mas ainda assim, era algo estranho para si, por isso usava aquele casaco.
- Koichi parece um esquimó!
- Que besteira, para, Hiro.
- Que nada, parece mesmo. - Disse outro dos amigos.
- Eu só não me acostumo a andar no frio, ora.
- E aquele rapaz elegante que sai com você, hum?
- O Tsuzuku? - Disse o menorzinho, observando os demais. - O que tem ele?
- Ele é bem bonito.
- É eu sei.
- É cliente VIP, você sabe, não sabe?
- Sei. Katsuragi disse que ele já ficou com bastante gente.
- Acha que ele vai comprar você?
Koichi fez alguns minutos de silêncio, suficientes para retirar o cigarro do bolso e levar até os lábios.
- Duvido muito. Mas eu gosto dele, então... Faço o possível para agradá-lo.
- É uma pena, Koi. Você dá tanta atenção a ele, podia ganhar um bom dinheiro com os outros clientes, mas prefere descartá-los.
- Isso é coisa minha, eu... Não consigo gostar de outra pessoa.
- Mas não precisa gostar.
O risinho aflorou nos lábios dos demais, que se entreolharam e um ou outro acendeu o cigarro igualmente, distraídos, porém o barulho crescente do motor de um carro interrompeu-os antes de levar os isqueiros em suas bocas. Em poucos segundos, ele havia estacionado ao lado dos garotos e o vidro preto, fora abaixado a dar visão do rapaz de cabelos igualmente negros.
- Oi bonitão. - Disse o maior dos garotos.
- O garoto. - Disse o outro no carro.
Koichi saiu de trás dos amigos, observando o carro bonito demais, e diferente do que já havia visto, o viu ali no interior e sorriu.
- Tsuzuku!
- Entre, vou te levar pra casa.
- A gente não ganha uma carona não?
- Parem... - Falou o menor e negativou. - Avisem o Katsuragi que estou com ele, hum?
- Vou avisar, pode ir.
E num pulo o pequeno se colocou dentro do carro, colocando o cinto.
- Tsuzuku! O que faz aqui essa hora?
- Estava entediado em casa, e senti o seu cheiro.
- Hum... Estava com os meninos, saímos pra um karaokê.
- Tinha muita bebida nesse karaokê, não?
- Ah, eu não estou bêbado...
- Sei, consigo notar pelo cheiro.
O menor fez uma pausa e desviou o olhar pela janela.
- Vou visitar sua casa de novo?
- Talvez.
E numa freada brusca, parou num canto escuro da rua. O pequeno arregalou os olhos e desviou o olhar a ele, notando as íris vermelhas que brilhavam na pouca luz do painel do carro.
- O que... O que vai fazer?
- O que você acha que veio aqui pra fazer, hum?
Koichi estremeceu, e logo o sentiu soltar o próprio cinto que estalou ao se abrir. O moreno abriu a calça, desabotoando-a e abaixando o zíper a expor a roupa íntima abaixo dela.
- Venha logo.
O menor uniu as sobrancelhas, mas sabia o que ele queria, por isso abaixou-se e logo se pôs de frente com sua roupa íntima. Abaixou-a com uma dar mãos, cuidadoso e logo o fitou em seu membro, que já parcialmente ereto e se perguntou o que ele pensava para ficar excitado daquela forma, esperava que fosse em si. Lambeu os lábios e tratou de deixar isso bem evidente a ele, porque fez o mesmo com o sexo entre os dedos, logo colocando-o na boca e sugou-o, ouvindo o pequeno suspiro deixar seus lábios em sinal de apreço.
O menos ajeitou-se no banco, de modo que ficasse confortável para seguir com os atos e o pequeno movimento de vai e vem que se propôs a fazer com a boca, colocando-o e retirando-o dali, quente, úmida e receptiva. Distraído se manteve naqueles toques, que chegavam a excitar a si de mesmo modo, já que podia sentir o short apertado, dolorido com a ereção que tinha. O som de alto tirou a concentração do pequeno e fora o carro mesmo, ligado pelo outro, que agora dava a partida. O pequeno ergueu a face e uniu as sobrancelhas.
- Eh?
- Continue. Você não gosta de viver perigosamente?
O pequeno sorriu, meio de canto e continuou os movimentos, sugando-o com vontade para a boca e vez ou outra deslizava a língua por ele, apreciando seu gosto e o que havia sido mandado, o problema era que ele insistia em fazer curvas fechadas com o carro enquanto o fazia, claro, tinha certa habilidade com isso, mas o pequeno quase engasgava algumas vezes. Por fim, o movimento do carro só cessou quando parou em frente a sua casa, na garagem descoberta e só então, se sentiu livre para gozar mesmo na boca do garoto, com um novo suspiro de satisfação.
Koichi lambeu o local, limpando-o e nem ousava em pensar em descartar o ápice dele, que engoliu. Logo ergueu a face, e observou-o.
- Chegamos?
- Uhum.
E um sorrisinho brotou no rosto do menor que se ajeitou e saiu do carro, junto do moreno.
- Tem que dar um jeito nisso aí.
- Eh?
- Olhe pra baixo.
Koichi desviou o olhar ao próprio short e uniu as sobrancelhas em seguida.
- Ah... E-Eu vou dar.

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