Nowaki e Tadashi #17


Tadashi arrumou a mochila sobre os ombros, havia saído há pouco do trabalho e agora passava para visitá-lo. Passou pelos seguranças sem muita dificuldade, visto que já conhecido e bateu na porta de sua sala, esperando o atendimento, que demorava.

Nowaki se levantou um pouco depois de ouvir o ruído na porta, imaginava que se fosse algo importante, seria interrompido com a porta aberta ao invés da cortesia de tê-la batido simplesmente. Encarou a ficha do paciente, trocou consigo algumas palavras, e após despedir-se do paciente, observou o menino à porta.
- Nowaki!
O menor falou e abraçou-o ao redor do pescoço rapidamente, selando-lhe os lábios. O moreno a
rregalou os olhos ao vê-lo tomar impulso e próximo a porta, somente conseguiu empurrar a fim de fechá-la, evitando de serem vistos na sala a medida em que já o tinha contra os lábios, sendo beijado superficialmente.
- Senti saudade.
Tadashi falou a ele num sorrisinho e beijou-o mais algumas vezes, sem se importar com a presença do rapaz atrás.
- Tadashi, pare com isso.
O maior disse, entre pausas de cada beijo que recebeu e o afastou por fim. Dando por fim a despedida do paciente e deixou-o sair da sala antes de ficar por fim a sós com o garoto.
- Você está louco?

O menor arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo, vendo o garoto sair e negativou.
- O que tem, ora? Já não fizemos isso e muito mais no outro dia?

- Sh... Fale um pouco baixo. Mas você está fazendo isso na frente do meu paciente. E se alguém fala pra Megumi? Ela está na clínica.
- ... Sério?

- O que? - Indagou, estranhando seu modo.
- Sério sobre a Megumi?
- Ela está atendendo os pacientes.
- E daí?
- Foi o que você perguntou.
- Ah, esqueci, sou seu amante.
- Tadashi... Não aja assim, ah? - Disse, afagando seus cabelos descoloridos.

- Bem, tanto faz. Trouxe bolo pra você, ainda não é seu horário de almoço, é?
- Eu finalizei meu último paciente, agora eles vão passar na psicóloga. Posso ir almoçar. Você quer ir há algum lugar?
- Que tal a gente almoçar aqui na cantina, hum? - O menor sorriu, e sabia que iria irritá-lo, por isso riu logo em seguida. - Diga um restaurante que você gosta.
Murmurou a andar pela sala, observando-a e parou em frente ao armário, observando as seringas em silêncio.

- Se você quiser. Nunca gostou de ficar aqui, e agora você quer? - Nowaki disse, observando-o a caminhar e então contemplar das seringas. - Gosta disso?
Tadashi desviou o olhar a ele e negativou num pequeno sorriso.
- Restaurante?

- Quer que eu aplique um placebo em você, ah? - Disse, provocando-o é claro. 
- Já vou te mostrar a agulha que eu quero, mas tem que aplicar na bunda.
O menor disse a ele num sorriso provocativo, mas havia ficado meio balançado ao ver os objetos ali, quase sentia a brisa que a droga costumava dar em si e doía a vontade.

Nowaki arqueou a sobrancelha, sabia do que estava falando, mas se perguntava se acabara de ver mais um lapso de humor. Não tinha certeza, já que seu beijo repentino não demonstrava exatamente seu temperamento. Caminhou até ele, fitando-o por cima, encarou-o não muito amigavelmente enquanto ia pra cima dele e o impôs à porta, que fechou a seu lado. O sorriso do menor sumiu aos poucos a medida que o viu seguir até si e gemeu baixinho ao sentir a porta atrás do corpo, observando-o em frente e uniu as sobrancelhas.
O moreno o fitou por cima, impassível. Tinha um traço rude no olhar e notou sua feição maliciosa se tornar acoada, parecia até perder toda sua altura, e não era alguém de baixa estatura e por fim pegou seu queixo.
- Não olhe com essa cobiça pensando em drogas, isso me emputece.
Falou de tal modo, apenas justamente para vê-lo mudar de humor ou saber o que ele exatamente faria. Tadashi se e
ncolheu ao sentir o toque no queixo, e mesmo que ele fosse sempre tão gentil, sentiu o arrepio percorrer o corpo ao ouvir a frase e assentiu, abaixando a cabeça.
Visto que fechada a porta, Nowaki se abaixou de modo que pudesse lhe erguer a face com a própria, ao pressionar os lábios com os seus e beijá-lo com firmeza, era uma força medida e já vinha pensando no quão ferrado estava, tanto que já não o tirava da sala, mas sim o pressionava a porta com um beijo vigoroso. 
O menor suspirou e ergueu sutilmente a face ao vê-lo se aproximar, retribuindo seu beijo, que pensava ser apenas um selo, porém assustou-se quando o sentiu empurrar a língua contra a própria e sorriu, sentindo o arrepio percorrer o corpo ao ter o dele junto ao próprio e sentiu muito pelo bolo que carregava e que fora derrubado no chão junto da mochila.
O moreno levou uma das mãos na nuca do outro, e a outra em sua cintura, pouco acima da linha do quadril, e ambos tinham firmeza ao segurá-lo. Beijou-o, brincando com sua língua e ainda que tivesse firmeza a tomá-lo, mesmo o beijo tinha alguma suavidade. E por fim o soltou ao ouvir o ruído de sua bolsa caindo, que até então não sabia o que era.
Tadashi o retribuiu até o cesso do toque e observou-o em frente a si ao fazê-lo, segurando-o nos mesmos lugares que ele havia segurado a si e puxou-o novamente, voltando a beijá-lo, porém guiou ambas as pernas ao redor da cintura dele, deixando-o segurar a si.
Nowaki sentiu a puxada que ganhou de suas mãos, e sua nova imposição do beijo, como havia feito consigo há pouco e no entanto o impulso que teve de sustentar ao ser enlaçado logo por suas pernas, e segurou-o pelas coxas, sentindo-a sob o tecido áspero de sua calça social de trabalho. O menor suspirou, mesmo em meio ao beijo e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o num pequeno sorriso.
- Kimochi... - Murmurou contra os lábios dele.

O maior abriu os olhos que até então fechados ao sentir o toque na face, numa carícia descontraída e selou seus lábios quando ouvia-o dizer, dado aparte do beijo. Mas que logo retomou e ouviu na porta o barulho da maçaneta, na tentativa de ser aberta, com um reflexo, tapou-lhe a boca, com a própria, ainda que não tivesse continuado movimentos com o beijo, somente o calou, esperando alguém chamar ou simplesmente desaparecer.
O menor se assustou com o barulho assim como ele, e não precisava indicar, era óbvio que iria se calar, no entanto, desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas.
- Tem sorte de não ter um vidro aqui, doutor.

Nowaki esperou um pouco mais até finalmente liberá-lo, até que tivesse certeza que haviam saído, ele não havia protestado, mas sabia que ele podia fazer em qualquer outro de seus lapsos de humor, portanto, era preferível calá-lo. Mas por fim sorriu ao ouvi-lo.
- É privado.

- E essa maca parece bem confortável. Não vai me desintoxicar, doutor?
- Não vou. - Disse num meio sorriso, de canto. - Você já saiu do serviço, não tem de voltar?
- Tenho, mas não vão descontar horas se eu disser que estava no meu médico, posso levar um atestado.
- Não quero transar no consultório... - Resmungou.
O menor arqueou uma das sobrancelhas.
- Certo.

Nowaki o fitou, admirando sua falta de insistência e até sorriu ao pensar sobre isso, afagando a bagunçar seus cabelos claros.
 - Bom garoto.

- Quer que eu lata e me finja de morto também?
- Já fingiu bastante.
- Então, me solta já que essa posição não serve pra nada de roupas. - Sorriu.
- Como consegue ficar nessa posição com a calça apertando aí no meio? - Disse, e sentiu entre suas pernas, sob a roupa a ereção.
- Por isso mesmo que eu pedi pra me soltar...
O moreno sorriu e por fim o soltou, colocando-o no chão, observando a roupa dele. Tadashi suspirou e guiou a mão sobre a calça, apertando-se ali. Nowaki o fitou e no entanto desviou o olhar. Não era como se tivesse alguma intimidade com aquela sua parte, ainda que já houvessem transado, não o tocara realmente por ali. -
- Comer? - Tadashi suspirou.
- Hum, sim. Quer ir aonde?
- Aqui perto tem um restaurante, não é daqueles que você vai... Mas é ajeitadinho.
- Então vamos até lá. Você pode me falar como tem passado, uh?
O moreno disse e enfim abriu a porta, dando passagem ao rapaz e saiu em seguida, fechando a porta e tinha noção de quem quer que tivesse batido a porta, agora olhava estranhamente para si ao notar que não estava realmente ausente a pouco tempo atrás. De todo modo seguiu junto dele, indo a pé mesmo, até o local próximo e indicado por ele.
- Não usou nada ultimamente, ah?

O menor assentiu e saiu junto dele, abrindo um pequeno sorrisinho ao ver o olhar do segurança e até segurou o braço dele.
- Iie, limpo.

- Hum, não fez nada pra suprir suas vontades?
- Bom... Ainda fumo.
- Bem, somente isso? Achei que após um tempo - na clinica tentaria parar com o cigarro também.
- Bem que eu queria, mas toda vez que eu paro, eu quase morro.
- Bem, tem de ir devagar. - Disse o maior e seguiu adentrando o local onde indicado e seguiu a fitar o ambiente. - Como conhece o lugar?
- Eu vim aqui há uns dias. - Sorriu.
- O que veio fazer?
- Jantar, por que?
- Sozinho?
- Ah, está com ciumes? - Sorriu.
- Não, só quero saber porque veio.
- Não está então? Eu vim com o rapaz da cafeteria.
- E por que aqui perto da clínica?
- Pra me sentir mais pertinho de você.
Nowaki arqueou a sobrancelha, e na verdade naquela hora não pôde notar se estava sendo irônico ou realmente sendo romântico como um garotinho.
- Eu estava sozinho. - Sorriu.
- Veio jantar sozinho? Por que não passou na clínica?
- Eu liguei pra você mas não me atendeu, acho que estava com a queridinha.
- Hum.
O maior disse, duvidoso na verdade, mas escolheu uma das mesas. Por fim, no entanto, não se sentou e buscou onde pudesse higienizar as mãos.
- Bem, vou ao banheiro e volto. Um minuto.

- ... Vai fazer o que? Pode ligar pra ela daqui.
- Não vou ligar, vou lavar minhas mãos. Não tem um lavabo e álcool gel me incomoda.
Tadashi estendeu uma das mãos a ele, indicando que entregasse o celular para si.
- Não vou entregar, se está achando ruim venha junto.
Quer saber? Não ligo, vá.
- Você não vem?
- Não, vou pedir vinho pra gente.
- Certo.
Disse o maior e seguiu ao banheiro, fazendo realmente o que se propunha a fazer. Tasashi s
orriu a ele e levantou-se, seguindo-o até o banheiro e ao fechar a porta o observou.
- Hum, você demorou.

- Oi? - Indagou, fitando-o evidentemente confuso.
- Demorou demais, vim ver o que fazia. - Sorriu maldoso.
- Acabei de chegar aqui, Tadashi. - Fitava-o estranhando.

- Estou brincando. - Riu.
Nowaki fitava-o ainda assim e buscou pelo papel descartável o qual usou para secar as mãos úmidas.
- Hum, certo... Lavar as mãos... - Disse e fez o mesmo.
O maior o aguardou e encostou-se a pia. 
- Pronto... Vamos?
- Vamos lá. - Disse e por fim seguiu em caminho de saída.
- ... Veio aqui só pra isso? Poxa.
- Ah... Eu vim lavar minhas mãos, como falei, não tinha intenção de ligar.
- ... Achei que ia... Se tocar, sei lá.
- O ... que? - Indagou, sem entender. 
-Ah, nada... Você é bem inocente, né?
- Achou que eu fosse me masturbar num banheiro de restaurante?
- Bom...O que acha de me masturbar aqui?
- Ah? Eu masturbar você?
- Uhum, por que não? Eu estou duro.
Nowaki riu, não realmente interessado em alisar um pau.
- Him, não quer?
- Eu não toco nem o meu direito, Tadashi.
- Hum, então vem cá, deixa eu tocar ele do jeito que você gostou na outra noite.
- Achei que havia desistido. - Disse, com um riso tênue.
- Nunca.
- Eu não tenho tempo, Tadashi, preciso voltar pro serviço logo depois.
- A gente da uma rapidinha.
- Uma rapidinha? Está querendo transar no banheiro?
- O que tem? Sua esposa não te da atenção, é?
- Estamos no banheiro de um restaurante, Tadashi
- Ta bem, então vamos.

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