Reika e Takatsuki #13


Reika se levantou, com as pernas doloridas e por fim lavou-se outra vez, num jato de água mais rápido e o ajudou fazer o mesmo, saindo do banho incomum. Secando-se no quarto, e passou a vestir a roupa. Da forma como havia ido ao banho, voltou totalmente numa situação diferente. Sentia até um leve desconforto, o que para si não era muito frequente, eram amigos. 
Takatsuki tomou banho junto dela, rapidamente e secou o corpo, voltando ao quarto a procurar o moletom que usaria, claro que estava chateado ainda, mas tentaria não ficar tanto para poder aproveitar o dia com ela.
A outra colocou um jeans preto, dobradinho até as canelas como costumava usar. O sapato, uma camisa branca lisa e por cima o casaco presenteado que dizia "Seme" e parou em frente a ele, mostrando o modelito. Ele riu baixinho, mordendo o lábio inferior a observá-la e vestiu uma calça preta que gostava, justinha, um calçado de mesma cor e o casaco.
- E aí?

- Ok, estamos parecendo irmão gêmeos.
- Ficamos lindos!
Ela riu e seguiu ao espelho, pegando seu secador de cabelos, tirando pelo menos o excesso de umidade. Usou o desodorante, e o perfume que trouxera na bolsa, logo estava pronta. O outro sorriu.
- Você está linda.

- Nada, estou como sempre. Só falta o emblema da escola. - Riu e encostou-se a porta, o esperando. - Terminou de se arrumar?
- Hai. - Disse ele, ajeitando os cabelos.
- Vem.
Disse a outra e estendeu a mão, puxando-o, logo dirigiram-se a saída e caminhou pelo corredor a deixar o colégio após uma porção de feliz natal aos funcionários que também ficavam por lá. A biblioteca está até relativamente cheia, imaginava que menos pessoas ficariam por lá, mas aquela quantidade pouca de alunos era realmente agradável. Após deixar o colégio, seguiu ao caminho que não era tão longo quanto a escadaria para alcançar o templo onde o festival acontecia. 
Takatsuki seguiu com ela para fora, igualmente acenando e se despedindo. Quando chegou ao local, encarou a escada gigantesca a torcer o lábio.
- Não... Não, pelo amor de Deus... - Falou e passou a subir, quase se arrastando para cima.
Ah, não seja mole. Vamos, finja que, sei lá, vai virar uma mulher quando chegar lá em cima. - Riu e passou a subir junto dele.
- Ah, super fácil fingir isso.
- Vai lá, força, Takatsu!

- Para, Rei, caralho!
Ela riu e negativou, segurou sua mão no entanto, o outro suspirou e sorriu a ela.
- Você é seme por isso que tem energia.

- Não é difícil subir uma escada. Reika riu, seguindo com ele pela extensa escadaria, logo pôde notar a decoração cada vez mais perto, a música, as pessoas, e até finalmente alcançá-los. Takatsuki sorriu ao ver o local, tão bonito e quase vibrou que nem uma criança, notando as crianças que corriam com os pequenos palitinhos acesos nas mãos.
Ela sorriu, também admirando a decoração do lugar. Ganhara de um vendedor um daqueles pontos de luz faiscantes, mas entregou a ele conforme agradeceu e continuou a caminhar entre as pessoas por ali. O outro aceitou o acessório e sorriu a ela, observando o pequeno objeto bonitinho.
- Comida?
Hum, já está com fome?
- Hai.
- O que você quer comer?
- Takoyaki!
- Tá, vamos lá. Achei que você não gostasse de takoyaki.
Reika disse e caminhou com ele até uma das diversas opções de barracas de comida e pediu a bandeja com os takoyakis nos espetinhos. Sentia o cheiro de óleo, de peite, de massa e enquanto isso, observava o lugar, as brincadeiras e os artesanatos.

- É, eu não gosto muito, mas me deu vontade de comer. Vamos brincar de pescaria?
Ele riu, como se fosse realmente uma criança no natal e pegou um dos espetinhos.

- Eu tenho tanta dó. Vai devolver os peixes que ganhar?
- Eles não são de verdade, Rei...
- São sim. Não está falando daqueles que pega com a rede?
- Iie, mas aqueles da rede também são fofos.
- Mas são de verdade. Se quiser os de imã, tudo bem.
Ela disse e pegou os takoyakis, um dos espetinhos e comeu uma das bolinhas. 

- Ah... Mas eu queria levar os da redinha agora...
- Vai colocar aonde? Não temos onde por.
- Ah...
- Colocar em pote seria uma judiação. Não temos um aquário, vai ter que ser o de plástico ou devolver depois que pegar.
- Ta, mãe.

- É a real. Vai enfiar eles onde? No seu poço?
Takatsuki estreitou os olhos e correu até a barraquinha de pescaria. Reika seguiu com ele, sem pressa na verdade, o deixou tomar a frente enquanto segurava bandejinha com takoyaki que continuava comendo. Parou a seu lado ao alcançá-lo e já havia até comprado as fichas para o jogo.
O maior sorriu a ela, mostrando as fichas, e estava realmente animado, tanto que pegou a vara de pescar e tentou pescar algum peixinho. Reika deixou de lado o lanchinho, pra depois, mas claro que enfiou uma bolinha inteira na boca antes de tomar posse da pequena vara de pesca e posicionou-se ao lado dele, e como sempre, iniciou consigo uma competição que envolvia empurrões para atrapalhar um ao outro.
O moreno estreitou os olhos, irritado, queria o peixinho de número três e ela não estava querendo deixar.
- Rei!

- Ó... Não vai chorar.
Ela provocou e sorriu, empurrando seu braço sempre que chegava perto, como se não quisesse nada.

- Porra Rei!
Ele riu e empurrou-a novamente, conseguindo finalmente pegar o peixinho e entregou a ficha, ganhando o ursinho de pelúcia que ponderou a observá-lo, o panda e deu a ela.
- Pra você.

Reika riu e por fim o deixou pegar o peixe. Enquanto trocava sua ficha, pescou o peixe número sete e encontrou o bilhete dentro, dando direito a uma caixinha de música, pequena, com formato de maçã, mas voltou a ele, ao ganhar o ursinho.
- Ah, obrigada. Parece até você com suas olheiras.
Provocou, obviamente ele não tinha, mas plantou a dúvida em sua cabeça. Riu, enchendo o saco e deu-lhe a caixa de música. 

- ... Poxa...
Ele murmurou, passando um dos dedos abaixo dos olhos e uniu as sobrancelhas, observando a caixinha de música, fofa e sorriu, animado com o presente.
- Obrigado!
- É brincadeira, não vai encanar. - Disse e afagou o ursinho, sentindo os pelos macios da pelúcia. - Quer qual agora?

- Tiro ao alvo.
- Ah, esse é legal. - Ela retrucou e fitou o festival, procurando a barraca.
- Hai! Quero ver me encher nesse, atiro em você hein.
- Olha, acredite que não tem nada em mim onde possa atirar que seja tão dolorido como o que você tem. - Disse ela e quase podia ouvir uns murmúrios que certamente eram sobre ambos, só não tinha certeza.
- São meninos...
- Ah, é uma menina, eu acho.
- Acho que é casal... Não tenho certeza...
- Mas ela deve gostar de meninas...
- Mas eles estão com roupa de casal.
Reika não deu importância e até achava graça da confusão mental dos outros. Deu um sorriso meio de lado enquanto "carregava a arma". Takatsuki s
orriu de canto igualmente e esperava que não a incomodasse, carregando a arma igualmente e quando se cansou desviou o olhar as meninas que conversavam atrás.
- Hey, não interessa.
Falou, vendo-as se calarem meio assustadas e se retirarem e piscou a ela.
Nossa... Eu achei que era menina...
Disseram ambas juntas enquanto expulsas dali. No momento até havia arqueado a sobrancelha ao vê-lo resmungar com as garotas, não imaginou que fosse fazê-lo, mas acabou rindo ao ouvi-las dizendo enquanto saiam.

- ...Menina? Vai se foder!
Reika caiu em gargalhada ao vê-lo emputecido, não tinha como defendê-lo porque achava graça.
- Calma calma.

- Calma o cacete.
- Olha como fala comigo, rapaz.
Ele estreitou os olhos. A outra estreitou-lhe os olhos do mesmo modo, mas deu uma piscadela.
- Vou atirar no seu saco. Preste atenção.

- No saco não.
- Então vem jogar, deixa as meninas.
Hai.
Takatsuki murmurou, ainda irritado e desviou o olhar aos alvos, acertando um de primeira.
- Hey! Você viu?!

- Ah? Vi não...
Ela disse e claro que tinha visto, mas o provocou, enchendo o saco. Ajeitou-se e ameaçou a tirar nele enquanto o via tão concentrado em acertar seu segundo alvo. 

- Poxa... - Ele murmurou e logo virou-se em frente a ela estreitando os olhos. - Para!
- Vou acertar sua bunda.
Ela disse e quase via o homem se desesperar, acreditando na brincadeira. O maior r
iu e negativou.
- Vai matar ele do coração.

Reika riu e tranquilizou o homem, voltando a atenção aos alvos e mirou no que o amigo mirava, tratou de atirar antes, cortando suas expectativas.
- Ah Rei, você está de sacanagem comigo.
Ela riu, na verdade sorriu, mostrando os dentes e podia vez outra notar o pequeno senhor se divertir e esconder o sorriso sempre que olhado, fingindo não reparar em nada. Takatsuki estreitou os olhos e mirou em outro lugar, acertando novamente e sorriu.
- Ó... Muito rápido, não deu pra te seguir.
Ela disse e mirou noutro por fim, parando de importuna-lo. Após o término das balas, selecionou por fim uma pelúcia em forma de onigiri. Takatsuki r
iu baixinho devido a escolha dela e para si escolheu um sushi, combinariam ao menos.
Reika sorriu ao notar a escolha, negativou consigo mesma e seguiu com ele, levando os presentes dos jogos, teve até de comprar uma sacola para guardá-los.
O maior riu novamente e abraçou-a ao redor da cintura, pegando-a no colo mesmo sem que ela deixasse e correu com ela até o templo, só então, deixando-a no chão. Reika ajeitava a sacola quando pega no colo e arqueou a sobrancelha. Teria lhe dado um chute, mas ficou quieta, do contrário, cairia. Suspirou quando por fim posta no chão e deu-lhe um murro no braço.
- Pra que isso, porra?! - Resmungou com ar brincalhão é claro.

- Pra te encher o saco, pra que qualquer coisa que eu falo?
- Só Deus sabe, Takatsuki. - Disse ela, como se soasse realmente incerta sobre aquilo, brincando com ele. - Vamos colocar pedido na árvore?
- Hum, vamos!

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