Ryoga e Katsumi #10


Katsumi se encostou no limiar da porta, observando o quarto de porta aberta e desde que fora morar ali, estava dormindo no quarto de hospedes, sabia é claro, que não era casado com ele, nem nada do tipo, mas mesmo assim, era meio desconfortável, gostaria de ficar mais perto dele já que na cabeça imaginava que tinham um caso, por mínimo que fosse, já havia transado com ele, ora, e não fora somente uma vez.
- Hey. - Disse a bater na porta algumas vezes. - Com licença, sei que está trabalhando. - Indicou os papéis sobre a cama. - Mas, preciso testar minha tinta nova com alguém, quer ser minha cobaia?

Ryoga ergueu a direção visual, vendo-o ali mesmo antes de bater à porta, e até que o fosse feito, voltou a olhar os papéis quando enfim o moreno bateu. Ajeitou os papéis de lado, pelo menos os que já havia utilizado e os demais colocou-os ao lado. Arqueou a sobrancelha ao ouvi-lo e negativou.
- Não, vai que isso dá certo. Não quero ficar com um risco na pele.

- Não iria fazer somente um risco, obviamente. Posso tatuar algo legal, tipo... Uma cruz, ou... Não sei, o que você gosta? Posso tatuar algemas no seu pulso. - Arqueou uma das sobrancelhas.
- Não quero uma tatuagem. - Disse o maior com um sorriso canteiro e pegou o copo no móvel ao lado, bebendo um pouco da dose que desceu aquecendo a garganta. - Teste em si mesmo.
- Ah, mas eu queria um modelo. Faço qualquer coisa que gostar, vamos, não vai matar.
- Não quero, Katsumi.  - Disse novamente e o fitou a altura do copo, que deixou de lado novamente. - Vem cá que eu testo em você, deixou seu órgão sexual inteiro preto. Ou de outra cor se quiser.
O menor estreitou os olhos.
- Certo, vou testar no Erin. - Disse e virou-se, saindo do local.

- Você não é louco. Uso toda a tinta que tiver na sua cara.
- Então me deixe testar em você. - Disse a voltar e encostar-se no local.
- Não enche o saco, Katsumi. Teste em si mesmo, na bunda, na sola do pé, tanto faz.
O menor assentiu e virou-se, seguindo em direção ao próprio quarto novamente.
- Katsumi. - Disse antes que o moreno saísse.
- O que? - Virou-se a observá-lo, novamente.
- Já soube do sexo do bebê?
- Não... Por que?
- Já pensou em nomes?
- Também não... - Pigarreou. - Eu gosto de Mayumi, era o nome da minha mãe.

- Mayumi? É um nome bem típico. Não sei, prefiro algum que combine com o Erin.
- Tipo o que?
- Não sei, se for menina talvez Rina. Rika.
- Não combina muito com Erin. Talvez Marin, ou Meirin.
- Meirin soa ruim. Parece nome de doméstica. - Sorriu, meio de canto.
- Ah, não diga isso. - Riu baixo.
- E se for menino?
- Não sei...
- É, talvez seja melhor não combinar.

- Talvez. - Riu.
Ryoga sorriu, mas voltou ao serviço tão logo, a mais um gole de bebida. Katsumi retribuiu o sorriso e desviou o olhar, virando-se a sair em direção ao quarto novamente.
O maior guardou algumas das páginas e selecionou outras, voltando a lê-las. Logo, via um pequeno vampiro se acomodando na cama, encolhido, fingindo não ser notável.

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