Ikuma e Taa #8 (+18)


Ao acordar no meio do dia, Ikuma queria somente um dos cigarros que alcançou do outro lado da cama, sobre o pequeno móvel um pouco inútil se não fosse pela luminária, igualmente desnecessária. Bateu no fundo do maço de cigarros, tirando do pacote um dos cilindros mentolados o qual levou até a boca e acendeu. Àquela altura já havia percebido que os olhos recém enrubescidos do mais alto, fitavam a si. 

De fato, Taa estava acordado. Não conseguia dormir naquele horário estranho dele, ainda mais porque agora o calor parecia ainda pior com o corpo novo que havia recebido e se incomodava facilmente com tudo. Observou-o quando se levantou da cama e sorriu de canto, virando-se a deitar com as costas sobre o colchão, fitando-o sutilmente.
- Bom dia, loira. 
- Na verdade não é um bom dia, mas pelo menos você não encostou na minha pele e queimou enquanto eu dormia, sei que é um costume de lagartas. 
O loiro disse enquanto dava um suave trago no cigarro, que não fazia qualquer diferença aos pulmões. O outro arqueou uma das sobrancelhas e riu.
- Você está evoluindo nas piadas, sanguessuga. 
- Constantemente, você quem devia evoluir, fecha lá seu casulo e quem sabe renasce mais bonito.  
- Vai fumar o seu cigarro, volta logo pra cama e cala a boca. Você é mais interessante enquanto está dormindo. 
- E você é mais interessante com a cara no travesseiro e a bunda pra cima, mas sou delicado e não saio dizendo essas coisas. 
- Vai se foder, Ikuma. 
- Vamos, coloque a bunda pra cima, me deixe ver algo interessante. 
- Não vou colocar porra nenhuma seu irritante. 
- Hum, ok. Talvez eu devesse ir num lugar achar outra bunda pra olhar, você é muito enrolado. 
- Não adianta, você quer a minha bunda. 
- Sua bunda é muito mais legal que você. 
Ikuma disse e levou de cortesia o cigarro até a frente de seus lábios, oferecendo. Adorava provoca-lo, de fato, mas gostava dele, era alguém bom de se provocar. Taa arqueou uma das sobrancelhas e riu em seguida, aceitando o cigarro, que tragou.
- Tem conversado muito com a minha bunda ultimamente?
- Tem uma parte de mim que tem trocado umas ideias com ela, no começo é só xaveco, uma hora quem sabe eles não trocam uns beijos menos superficais, quem sabe com a penetração. 
- Vai sonhando. Ou você esquece que é hétero assumido? 
- Você é quase uma mulher com essa bunda, lagarta. 
O loiro deixou o cigarro de lado após o último trago, trazendo à boca o sabor suavemente amargo e mentolado. Voltou a se deitar na própria cama, que agora ocupada por ele, que gostava de reclamar embora continuasse bem descansado por lá. E num suave pender do tronco, chegou perto dele, que cheirava a sangue fresco e cigarro de menta, embora fossem odores tão distantes, ainda podia sentir. 
- Sei que você quer me conferir.  
O maior desviou o olhar a ele, deitado ao lado e abriu um pequeno sorrisinho.
- Até quero, mas te dei muitas chances e você desperdiçou todas, loira. Me passa o cigarro. 
- Vou passar outra coisa pra você, lagarta.  
- Ah é? Tipo o que? 
- Tipo um óleo bronzeador, você está meio pálido. 
Taa estreitou os olhos.
- Sai fora.
O menor sorriu a ele num risinho sutil, deu-lhe um soprinho contra os lábios e ameaçou deixa-lo por lá mesmo, virar as costas, mas só fez menção, voltou e lambeu seus lábios. 
- Vamos, lagarta, diga que quer ter uma conversa mais próxima do meu pau. 
O outro arqueou uma das sobrancelhas ao vê-lo se afastar, não que quisesse algo com ele, aliás... Queria sim, era um filho da puta, mas era lindo, o problema era o próprio orgulho.
- Não vou dizer porra nenhuma, eu sou seme, vamos ficar nos esfregando? 
- Seme? - Ikuma riu, certamente com um ar zombeteiro tornando a provocação um pouco mais "insuportável" como dizia ele. - Sei que sua bunda quer dar uns beijos no meu pau, vamos, pode ser de língua, não precisa só esfregar.  
Taa abriu um pequeno sorriso e negativou, desviando o olhar.
- Sim, eu sou seme, ou você se esquece?
- Eu sei o que diz, mas não se aplica. 
- Sei... Você é um filho da puta lindo pra caralho, sabia? 
- Hum, então é por isso que você vai querer ser um passivo. Você vai gostar. 
- Não vou ser passivo, apesar de um homem lindo estar me pedindo isso. 
O maior riu e sorriu a ele em seguida, deslizando uma das mãos por seus cabelos. 
- Ora, como estamos sinceros hoje. Não estou pedindo, mas daqui a pouco você vai pedir. 
Disse o loiro e deslizou a mão sobre sua figura magra, dado início por sua mandíbula ao pescoço, seu peitoral magrelo e seu abdômen plano, tão logo, alcançando um parte de maior interesse. Taa sorriu meio de canto e mordeu o lábio inferior ao senti-lo tocar a si ali, aproximou-se dele, não tinha interesse em ser seu passivo, mas talvez alguns amassos não fizessem tão mal.
- Não vou pedir coisa alguma, mas você pode tentar, loirinha.
- Hum, vamos ver. 
Disse o menor e com a ponta dos dedos continuou a deslizar em sua figura até o cós da roupa que vestia, adentrou sorrateiramente o elástico e resvalou pela abertura até seu membro, sentindo a pele quente e ainda flácida até então. 
- Tem uma coisa encolhida e mole aqui dentro, que coisa gosmenta é essa? 
Indagou com um ar meio retorcido, como se realmente pensasse sobre o que havia lá dentro, ainda que apalpasse suavemente, como se tivesse curiosidade. 
- Já sei! É uma daquelas coisas moles que crianças ficam jogando e grudando na parede!
Taa suspirou ao senti-lo tocar a si tão diretamente, e nunca pensou que teria ele tocando a si daquela forma, até chegou a rir ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior.
- Ah é? - Murmurou. - Pois tem uma coisa gosmenta dentro da sua calça também. 
Falou a ele e lhe adentrou a calça igualmente com uma das mãos, agarrando-o entre os dedos e apertou, porém logo desviou o olhar a face dele e arqueou uma das sobrancelhas.
- Caralho... 
Disse, e certamente ele não entenderia a surpresa, ou talvez entendesse, mas falava sobre o tamanho que tinha entre os dedos mesmo flácido, e não era nada modesto.
Ikuma deu uma breve arqueada numa das sobrancelhas, na junção do leve sorriso lateral. 
- O que, lagarta? Quer uma régua? - Disse, naquele mesmo breve sorriso. - Não achou nada gosmento? 
Deu continuidade no entanto, segurando seu membro e abaixou com o dorso sua boxer, sacando-o para fora da roupa justa, já que certamente a deixaria mais apertada. 
- Talvez uma fita métrica. Uma régua não daria pra medir isso assim que ficar duro. - Taa falou a ele, e não estava falando para que se gabasse, estava pasmo mesmo. - Você é grande para um anão hein? 
Riu, sentindo-o tirar a si da roupa e fez o mesmo com ele, deslizando os dedos por seu comprimento a acariciá-lo, massageando-o ali.
- É porque eu não sou um anão, você que é um poste. Que tal você sentar pra poder medir com a bunda, ahn? 
Disse o menor com o tipico suave sorriso com os dentes e olhou para si mesmo diante do elogio, mas voltou-se a ele, agora exposto, e aos poucos, enrijecido. O outro se ajeitou sutilmente na cama, era gostoso sentir os dedos frios dele ao redor do sexo, ao contrário do que podia imaginar, mas era estranho imaginar ele fazendo aquilo, e por um momento, quis apartar, mas ele era bonito demais para pensar em fazer isso, bem, só por uma noite. Aproximou-se dele e lhe selou os lábios, puxando-o sobre o próprio corpo.
- Cale a boca. 
Murmurou, a voz rouca soando contra os lábios dele e beijou-o finalmente, empurrando a língua em sua boca. 
Ikuma notou o rapaz se aproximar e achou que ia ser provocado, como já feito com ele, do contrário, deu uma "pescada" nos lábios, interrompeu tempo curto e suficiente para pedir indiretamente que não fosse zoado por isso, e tão logo se deixou levar a seu corpo, embora não dissesse nada, claro que sorriu fazendo graça, deu aparte no entanto somente para retribuir a seu beijo, usando sua mesma vigorosidade, ainda assim numa suave mordida em sua língua, deu uma breve interrompida no beijo. 
- Ah, vai querer experimentar, lagarta? 
Disse e ainda assim, mesmo sobre ele, manteve os dedos em torno de seu sexo, que soltou posteriormente e tomou o próprio junto ao dele, masturbando-o em junção. 
Taa fechou os olhos, apreciando o toque dos lábios, quase podia sentir o gostinho de menta nos lábios dele devido ao cigarro, e era um sabor tão bom, que nem pôde descrever. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-os e por um momento, desejou que ele permanecesse em silêncio durante toda a noite, daquele mesmo modo, com aquele corpo frio e gostoso sobre o próprio. Ele era uma delícia, só a língua dele que podia dispensar por ser afiada.
- Estou só te aproveitando um pouco, loira, não quer dizer que queira você no meio das minhas pernas. 
Murmurou e gemeu ao senti-lo tocar a si no membro e ter o dele entre os dedos ainda, nunca havia sentido aquele toque. Mordeu o lábio inferior e logo desviou o olhar abaixo, notando seus movimentos e estremeceu, não esperava que se excitasse tanto com algum toque dele e até chegou a se encolher quando percebeu que havia perdido um pouco da pose inicial que tinha, ele sabia o que estava fazendo.
- Hum, tenho certeza que dirá outra coisa quando reparar melhor em sua própria frase.
O loiro retrucou e sorriu a ele, mesmo com os lábios juntos aos seus, sentindo seu corpo que embora recém transformado, ainda tinha seu leve calor. Embora ele ainda não soubesse, havia-o transformado para isso, para tê-lo, não que precisasse fazê-lo parar conseguir algum sexo, mas para ser um companheiro. E tal como ele, voltou o olhar a ambas as ereções conjuntas, no breve vaivém dos dedos.
- Eh? 
Taa murmurou e não o entendia, na verdade, não entendia porque estava ali com ele ainda já que provavelmente tinha uma companheira como havia dito a si, e provavelmente só havia transformado a si para brincar um pouco com a própria vida, fazer algumas piadas, e não duraria muito nas mãos dele, ele era estranho, fazia brincadeiras, mas parecia perigoso, e por isso tinha um certo receio dele, embora nunca fosse dizer.
- Sua namorada não vai aparecer? 
- Sua frase, repare em como soa a parte "você entre as minhas pernas" pense nessa sua parte, soa bem, ah? 
Ikuma disse, e por fim ignorou o que dizia o recente vampiro, deu-lhe um sorriso no entanto. O maior suspirou ao ouvi-lo e negativou, virando a face de lado, e de fato, soava bem, mas dita por ele, e com aquela voz baixa e bonita, era um filho da puta mesmo.
- Vamos, acha mesmo que quer ficar só nesse esfrega esfrega? 
O loiro indagou e ao soltar ambos enlaçados pelos dedos, levou as mãos em suas coxas, apalpando-as e forçou-se entre suas pernas, colocando-se ao meio delas, sem ter realmente o contato do sexo contra sua parte mais íntima. 
- Ikuma! 
Taa falou a ele ao senti-lo se colocar em meio as pernas e negativou, tentando fechá-las e expulsá-lo dali, mas estava trêmulo, mesmo as pernas, e contra ele, um vampiro bem mais velho que a si, não iria conseguir expulsá-lo e nem queria, esse era o pior.
- Chega, me deixe levantar...
- Quer mesmo se levantar? 
O vampiro indagou e aos poucos levou as mãos por sua cintura, subiu ao peito e alcançou seus pulsos a levá-lo ao topo de sua cabeça, presos contra o travesseiro, embora fosse notável o fato de que não usava força a fim de força-lo àquilo. O maior suspirou e inclinou o pescoço para trás, observando as mãos seguradas, e já não aguentava mais os arrepios pelo corpo.
- Não.
- Ah, não? Então o que você quer? Continuar roçando o pau no meu? 
- M-Me parece agradável. 
- O que? Ficar se esfregando como um garotinho de escola? 
- O que quer que eu faça? 
- Quero que me peça pra comer você. 
Taa desviou o olhar e fechou os olhos, negativando, mas a única coisa que pensava era no corpo dele sobre o próprio e a pele tão macia que sentia, era gay, ele tinha o corpo mais bonito que já havia visto, mas ainda assim, era seme e orgulhoso.
O loiro deu-lhe um breve sorriso lateral, como era habitual, numa leve aparição dos dentes brancos, bem alinhados e um deles mais pontiagudo. Moveu-se, insinuando o movimento de penetração ainda que não o fizesse, roçando somente o que tinha aos poucos mais ereto entre as pernas, contra seu corpo, sem realmente violar o rapaz, pelo menos até que ele implorasse por isso.
O outro uniu as sobrancelhas, guiando uma das mãos ao pulso dele e segurou-o, apertando-o entre os dedos, era irritante, maldito, xingou-o de todos os nomes possíveis na cabeça e aproximou-se dele, tentando ignorar aquele sorrisinho lindo, era um filho da puta com todas as letras. Beijou-o no pescoço, tentando lidar com os próprios sentimentos, quase impossíveis, mais um pouco, não iria aguentar.
- Vamos, eu sei que me quer dentro de você, lagarta. Seja sincero, não vai doer. Bom, quem sabe um pouco.  
- Não quero... J-Já disse. 
- Hum, okay, talvez seja melhor deixar você e seu pau duro pra sua mão. 
- Não, Ikuma...
- Não o que?  
- Não... Não... Não pare. 
- Então diga o que eu quero ouvir.  
 Taa negativou, agarrando o lençol entre os dedos, e quase se contorcia na cama, não iria dizer, não podia dizer. Mordeu o lábio inferior e em seguida mordeu o pescoço dele, sem força é claro. Suspirou, deixando que a respiração encontrasse a pele do outro, pesada e afetada, é claro, e não queria, e queria ao mesmo tempo, ele era bom demais para simplesmente recusar. Deslizou uma das mãos pelo ombro dele e escondeu a face, cerrando o punho com uma das mãos.
- ... Foda-se, eu não aguento... Me fode logo!
Ikuma arqueou ambas as sobrancelhas brevemente, e que voltaram a seu posto comum. Tipicamente sorriu-lhe com os dentes, um pouco surpreso pela frase, claro que faria-o dizer, porém não tão "foder". 
- É claro, lagarta, mas não tão logo, precisa ter educação. 
Taa uniu as sobrancelhas e já tendo dito, o orgulho já havia ido embora, então abaixou a cabeça, observando o próprio membro ereto, pulsando numa sutil agonia.
- Por favor...
- Hum, foi bem educado. 
O loiro disse a ele, não tendo dificuldade em ouvi-lo dizer o que mandava. E atendendo ao pedido "formal" levou um dos dedos ao meio de suas pernas e tocou sua entrada, sentiu-o se contrair em reflexo, talvez sem costume, o que tornava aquilo um pouco mais interessante, embora houvesse sido apaixonado pelo outro rapaz a quem falava sempre, não havia sido realmente entregue àquele ponto, lhe ensinaria algo novo.
 O maior suspirou ao senti-lo tocar a si ali e desviou o olhar, fechando os olhos em seguida, ainda a esconder a face em seu pescoço e agarrou-o no ombro com uma das mãos, apertando-o ali ao senti-lo tocar a si, e queria xingá-lo, por dentro.
- Ora, já está se remoendo? Eu sequer penetrei o dedo, imagine a hora que sentir uma outra parte. 
Ikuma retrucou, sentindo seus apertos em desconforto, seu rosto escondido pela timidez, deveras gracioso, riu ao pensar sobre aquilo. Taa cerrou os dentes, novos agora com as presas que roçaram nos lábios e causaram um arranhão que expeliu pouco sangue e lembrou-se do sangue, o cheiro dele, gostoso que até causou um arrepio em si, estava perto do pescoço dele.
- Não tente usar seus novos acessórios sem que eu deixe você fazer isso, lagartinha.
O menor retrucou, notando sua leve alteração, o aspirar de suas narinas, buscando o odor da pele, do sangue que ele mesmo expeliu na tênue ferida. E tão logo adentrou o dígito em seu interior, obrigando as paredes de seu íntimo a darem espaço ao novo invasor. 
O maior gemeu ao senti-lo adentrar a si, era dolorido, e fora a primeira vez que de fato gemeu junto dele por algum toque mais íntimo, e fora o gemido rouco, baixo e claro, se constrangeu por isso. Segurou-o no ombro, meio irritado ainda e apertava-o ali, nervoso pelos toques, sem conseguir relaxar.
- Hum, até que sua voz não fica ruim com esse som.
Ikuma disse a ele, não perdendo a oportunidade. Tinha realmente uma voz agradável de se ouvir, embora não fosse algo que ele quisesse ouvir. Voltou a penetrá-lo, empurrando o dedo para dentro após tirar suavemente e tornar entrar. O outro negativou e mordeu o lábio inferior, tentando evitar outro gemido, porém ele escapou de modo involuntário dos lábios e inclinou o pescoço para trás, porém o olhar acabou por esbarrar no dele.
O loiro lhe deu uma piscadela ao notar seu olhar afetado, podia ver seu desconforto, mas também uma onda suave de prazer bem próximo. Voltou a formular o mesmo movimento. - Ah, Ikuma... - Taa murmuro um incômodo ainda e negativou, gostava dos toques, mas ainda era estranho. - Me sinto ridículo... 
Logo gemeu novamente, cerrando os dentes.
- Hum, quanta sinceridade. 
O menor disse e não deu importância, deixaria sua sensação de ridículo para depois e mesmo as próprias provocações, se afastou, tirando vagarosamente o dedo de dentro dele e por fim tomou-se entre os dedos, indicando a ele o que levaria a seu corpo.
Taa uniu as sobrancelhas, envergonhado pelo ato e viu-o se segurar entre os dedos na pouca luz do local, enxergava no escuro como um gato, sentia-se revigorado como talvez nunca havia se sentido como um humano, e não podia mentir, quis segurá-lo entre os dedos e afundá-lo na boca quando o viu, mas negativou até para si mesmo, preocupado pelo tamanho dele em relação a si.
- C-Calma, calma... Não vai usar... Nem um lubrificante? 
- Oh, você quer um facilitador, lagarta? 
Ikuma indagou e entre os dedos ainda próximo a ele, com a glande delineou suavemente sua entrada, insinuando a penetração mesmo sem fazê-lo. O outro o sentiu se roçar a si e uniu as sobrancelhas mais uma vez, era orgulhoso, mas aquilo era tão bom que quase implorava por ele novamente.
- Quero... Quero.
- Acho que seu sangue já pode lubrificar. - O menor disse ainda insinuando a penetração, no entanto se esticou o suficiente para buscar o que pedia ele. - Mas sabe, não tenho lubrificante.  
O maior desviou o olhar a ele e arqueou uma das sobrancelhas.
- Iie, Ikuma... Vai me machucar! 
- Mas quem disse que isso vai ser ruim? 
- É óbvio que vai, seu dedo já está me machucando. Eu sou virgem, caralho. 
- E vai continuar sendo. 
O loiro sorriu a ele e não diria isso agora, o deixaria pensar sobre isso depois. Abriu a gaveta do pequeno móvel ao lado, onde o pequeno vidro de lubrificante neutro trouxe e levou até a frente de suas vistas, entregando ao maior.
- Use por si mesmo.  
- Eh? 
Taa murmurou ao ouvi-lo e uniu as sobrancelhas, segurando o lubrificante e não sabia o que fazer com ele já que o outro havia dito aquilo, ele seria passivo, era isso que queria dizer? 
- Ou você usa no meu pau ou passa no seu corpinho virgem, lagarta.
- O que quer dizer com vou continuar virgem? 
O maior falou e pegou um pouco do lubrificante, guiando a ele e deslizou os dedos ao seu redor, sentindo-o ereto e bem disposto. Ikuma ignorou, não queria falar demais sobre aquilo, não agora, e o fitou deixando exposto esse fato. O qual desviou a direção visual em seguida e encarou seus dedos em torno do sexo, sendo encoberto pelo líquido denso, e que facilitaria um pouquinho para seu corpo.
Taa suspirou, observando-o lubrificado e suspirou, apreciando a sensação que tinha fazendo aquilo, o problema é que não era a si que iria entrar nele, era o contrário e aquilo apavorava.
- P-Pronto... 
- Ah, pronto uh? 
Ikuma indagou embora não realmente buscasse a resposta e entre os dedos, já sentindo o toque pegajoso da pele, levou-se de volta a sua entrada, delineando seu corpo, e suavemente empurrou o início da ereção, onde não teve dificuldade, embora pudesse senti-lo estreito. O outro assentiu e repousou a cabeça sobre o travesseiro, dando espaço a ele entre as próprias pernas e uniu as sobrancelhas a observá-lo, porém cessou e o gemido alto deixou os lábios ao senti-lo adentrar o corpo, doía, era extremamente desconfortável.
- F-Filho da puta...
- É como me chamam. 
O menor retrucou e soou um pouco rouco. Ainda assim continuou a seguir para ele, e se empurrava vagarosamente, obrigando-o a dar algum espaço ao sexo que exigia passagem. O outro mordeu o lábio inferior, e não se acostumava com as malditas presas, o maldito do lábio já sangrava novamente e negativou consigo, desviando o olhar a ele com os olhos semicerrados, incômodo com seus movimentos a se empurrar para si e cada vez mais, deixava escapar um gemido ou outro, cada vez mais alto até que finalmente o tivesse inteiro em si e contraiu-se em desconforto, agarrando o lençol da cama.
- C-Chega...
Ikuma sentia o corpo dele pulsar em torno do próprio a cada pequena investida, a cada centímetro dentro dele e quando o completou com o corpo preparado para ele, pôde sentir o ventre colado entre suas pernas, suas coxas em torno dos quadris, deu-lhe algum tempo para soltar a respiração. 
- Mal começamos, lagarta.  
- M-Mas dói muito... 
O maior murmurou e encolheu-se, não era uke, ao que achava, mas não deixava de doer, embora o corpo dele, fosse uma delícia e um ótimo motivo para se distrair, porém sentia raiva dele por fazer aquilo consigo de certa forma, e se perguntava se não havia sido proposital.
- Você está fazendo de propósito não é? Você disse que não me queria na sua cama, e me chama de feio o tempo todo, então como pode querer transar comigo? 
Falou a ele e apertou-o no ombro, com certa força.
- O que é de propósito? 
Ikuma indagou, deixando por hora de lado o restante de sua frase, curioso sobre o que dizia. Parado ainda lhe dava algum tempo suficiente até retomar o movimento e então, iniciar um suave vaivém. Deixou-o e voltou a penetrá-lo, vagarosamente, sentindo seu corpo ainda morno e estreito.
- Está fazendo pra me zoar amanhã como se eu fosse nada de novo. 
Taa falou a ele, e embora quisesse beijá-lo, procurava mantê-lo longe de si com ambas as mãos em seu peito e o gemido baixo deixou os lábios ao senti-lo deslizar para dentro de si novamente.
- Ah, mas que mocinha sentimental. - O outro disse e o riso soou entre os dentes. - Perturbá-lo é minha forma de mostrar que eu olho pra você. 
Retrucou e voltou a se mover, um pouco mais rápido, tirando-lhe a atenção do que acabara por dizer, embora não tivesse intenção de esconder o que quer que pensasse.
O maior uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e o novo gemido deixou os lábios quando se moveu, deslizando a mão de seu ombro ao braço e apertou-o ali, sentindo os músculos duros feito pedra, talvez por ser um vampiro tão forte e puxou-o para si, selando-lhe os lábios algumas vezes e sorriu de canto, penetrando-lhe a boca com a língua logo em seguida.
O menor arqueou a sobrancelha sob aquele sorriso sutil, não tinha costume de seus atos tão sinceros, e talvez já fosse a décima vez que pensava sobre aquilo, parecia um tanto "flexível" naquele dia. Abriu a boca e retribuiu seu beijo, roçando sobre sua língua com a própria, sentindo o gosto distante do cigarro amargo e mentolado. E sem mais delongas, o ritmo passou a formular mais vigorosamente de modo que aos poucos sentia ressoar a pele a cada vez que causava consigo um atrito.
Taa deslizou ambas as mãos pelas costas dele e não podia descrever quantas vezes quis estar com ele numa cama, embora na própria cabeça, de outra forma, mas o que não sabia, é que não existia outra forma além dessa. As pernas guiou ao redor dos quadris dele, deixando-o se empurrar para si, e claro, mordeu-lhe o lábio inferior a causar um pequeno corte, descontando a dor.
O loiro se sentiu enlaçado por suas coxas não muito generosas, mas bonitas, era um homem afinal. Levou as mãos em suas pernas os quais deslizou e alcançou suas nádegas, apertando-o por onde ergueu suavemente seus quadris e continuava o ritmo vigoroso que tomou. E os lábios continuavam deitados contra os seus, a beija-lo, interrompeu somente no tempo de limpar a fina ferida que causou, lambendo o gotejo tênue que expeliu antes de se fechar tão abruptamente. 
O menor sentiu os toques nas nádegas e uniu as sobrancelhas, estreitando os olhos a ele em seguida enquanto ainda o beijava e os gemidos soavam baixinhos contra seus lábios, contraindo-se ao redor dele a apertá-lo propositalmente, tentando irritá-lo, mas não sabia que aquilo podia ser ainda mais prazeroso para ele e ao cessar o beijo deslizou a língua por seu lábio antes, roubando o sangue.
- Então não me acha feio?
- Você é homem e se diz ativo, deveria saber que esses apertinhos não me atrapalham, somente lhe causam mais dor. 
Ikuma disse e sorriu-lhe contra os lábios, sentindo sua língua sobre os próprios, que não perduraram junto a seu questionamento. 
- Estamos transando e você quer falar sobre isso? O quão romântico você é, lagarta, a ponto de se preocupar com isso durante o sexo? 
Indagou e voltou a penetrá-lo com mais força, àquele altura já tinha ritmo suficiente para deslizar facilmente e fazê-lo aproveitar igualmente sua nova sensação, buscando em seu corpo uma parte que lhe causasse prazer, e que não se demorou a encontrar. Taa estreitou os olhos a ele.
- Estou te perguntando, loira, me responda, é relativamente importante. 
Falou, logo sentiu-o se empurrar para si com mais força e gemeu mais alto, fechando os olhos a repousar a cabeça no travesseiro, sentia o cheiro de sangue, sabia que estava sangrando e sabia disso não só pelo cheiro, mas também pela sensação quente no próprio interior, que não precisava de muito para já estar quente, o corpo ainda estava em transição, não havia tido tempo para mudar. Agarrou-se a ele, em seu ombro e apertou-o ali, porém fora apenas uma vez, quando o sentira tocar a si no local sensível, e desviou o olhar a ele, estremecendo.
- Ikuma!
O menor mordera o lábio inferior, num gesto não intencional e manteve-os presos entre os dentes a medida em que, alcançando aquele ponto, continuou a investir vigorosamente no mesmo lugar, apelativo talvez, mas com um bom resultado para os dois. Consecutivamente continuou a adentra-lo, estocando de modo que sustentava seus quadris por suas nádegas onde havia adquirido um certo agrado visual, e levava-se para ele, ouvindo a pele estalar contra a sua, sentindo-se umedecer dentro de seu corpo, responsável pelo mesmo líquido cujo odor aguçava os sentidos de vampiro e podia encara-lo com os olhos que cintilavam em sua mescla rubra e dourada. 
- Ora, não me deixe com fome a essa hora. 
Disse, sem respondê-lo sobre suas questões, e ao se abaixar, arranhou sua pele onde tomou um leve trago, na verdade, algumas míseras gotas de seu sangue, evitando enfraquecê-lo novamente, como já havia feito antes, e ainda que ele sentisse dor, não seria difícil lhe arrancar o prazer ao unir ambas as sensações distintas, logo, podia sentir seu líquido denso e cálido sobre o ventre, denunciando seu prazer facilmente vindo à tona, e embora pudesse aguentar mais do que isso, por fim deixou-se atingir o auge junto a ele, e preencheu-o com o próprio prazer sem pedir licença.
Taa se agarrou a ele conforme se empurrou para si, fazendo seu quadril encontrar o corpo com maior força e estremeceu, claro, repetiu o feito várias vezes conforme o sentiu atingir a si no mesmo lugar, era gostoso e naquele momento nem pensou em sufocar os gemidos, deixou-os sair contra os lábios dele, tão perto de si, por vezes, encontraram a pele dele em outro lugar, em seu pescoço ou seu ombro. Desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e negativou, sabia o que estava dizendo, e também aguçava a si, mas era o próprio sangue, como podia desejá-lo? Deslizou uma das mãos pelo tórax do menor, acariciando-o e por fim, pensou em avisá-lo, mas fora mais rápido que a si mesmo e gozou, sem poder se conter diante dos toques insistentes dele e ao contrário do que pensou, o sentiu gozar em si e gemeu, prazeroso, mas que logo se tornou uma expressão assustada e agarrou os cabelos dele.
- Por que fez isso? Eu não deixei!
- Você acha mesmo que na hora de gozar eu vou parar e pedir por isso? 
Ikuma indagou e deu um sorriso lateral, tirando sarro é claro, embora estivesse ainda afetado pelo prazer, soando suavemente rouco. Taa suspiou, sentindo-o em si ainda, afetado e agarrou-se a ele, mas dessa vez, sua mão, entrelaçando os dedos aos dele. O menor desviou a atenção a seu toque, sem entendê-lo.
- Ora, mas que carinho é esse? 
- Cale a boca por uma noite... 
- Hum... É assim que faz depois de me usar? 
- E você é o que? Uma moça? 
- Não sou eu quem está de pernas abertas.
O maior soltou a mão dele e bateu em seu ombro.
- E não fui eu quem entrelaçou os dedinhos. - Ikuma disse e deu um risinho ao sentir o tapa, bem leve por sinal. Mas segurou sua mão, como ele queria antes fazer. - Pronto, tomei a iniciativa, agora pode fingir que não é você quem quer isso. 
Taa estreitou os olhos a ele novamente, porém cessou e assentiu, repousando sobre o travesseiro. O loiro se moveu numa só investida e por fim deixou seu interior, voltando-se a seu lado, dando uma puxadinha suficiente na roupa para tornar se esconder dentro da boxer que usava, embora em breve fosse substitui-la. Taa gemeu novamente devido a investida e logo uniu as sobrancelhas.
- ... Caralho... - Murmurou, observando-o arrumar a roupa, suja pelo próprio sangue. - 
Não, está doendo... 
Ikuma riu, entre os dentes. 
- Mas você gostou. 
- Como você sabe? 
- Porque isso foi inegável em seu rosto. 
- Você se quer viu meu rosto.  
- Claro que eu vi. 
Envergonhado, o maior desviou o olhar, ajeitando os cabelos.
- Você não é um peixe do qual se arranca a cabeça e come o resto. Gosto de ver seu rosto implicante. 
- Hum, idiota. 

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