Fei e Hazuki #13


Hazuki suspirou, devido a pouca claridade no quarto, certamente já era tarde já que dormiram de madrugada. Abriu os olhos ao poucos, erguendo a face e observou o maior junto a si, sentindo a leve dor de cabeça do efeito da bebida. Sorriu a ele apenas, iria se levantar e trazer algo para que o outro comesse, mas não queria deixá-lo ali sozinho, ele parecia tão lindo enquanto dormia. Ergueu o corpo e lhe selou os lábios, levando uma das mãos a face dele, acariciando-o.

As pálpebras do loiro, trêmulas ao breve contato, num vacilo do sono conforme os movimentos do outro. Sentiu o toque dos lábios que viera a despertar, porém, sonolento, insanidade de sono, com as íris a observá-lo semicerradas, até o toque facial ser suficiente a ter-se acordado, e encará-lo com a pouca brecha entre as pálpebras. O moreno sorriu a ele, selando-lhe os lábios novamente.
- Bom dia.
- Zao Shanghao...
Fei murmurou após o segundo toque que recebeu nos lábios, piscando devagar as pálpebras que pouco se encontravam abertas.

- Quer que eu traga algo pra você, hum? - Murmurou.
O loiro fechou os olhos sem respondê-lo, que de modo permaneceu por alguns longos segundos até se levantar, sentar-se na cama e acariciar as pálpebras com a massagem dos dorsos.
- Katsuragi deve ter saído.

Hazuki se deitou de peito para cima, observando-o e uniu as sobrancelhas.
- Hum?

- Não nos chamou até agora. - Virou-se a direção do alheio.
- É muito tarde?
- Acho que sim... Provavelmente logo começam os turnos de serviço, olhando pela janela, não parece um céu matutino.
O menor suspirou, levando uma das mãos sobre a face.
- Ah... Minha cabeça dói...

- Quer que eu pegue algum remédio?
- Quero...
Fei se levantou do futon, sentindo um leve arrepio na pele ante a troca da temperatura. Com os dedos ajeitou os cabelos em caminho a saída do quarto e caminhou ao próprio, onde pegou no guada-roupas a pequena bolsa branca, alguns remédios nele, observou as cartelas de comprimido, e optou pelo amargo remédio em gotas. Desceu à cozinha, onde via os preparos do chá, já era tarde, quase o fim dela e num copo comprido serviu o suco de laranja, onde adicionou o remédio para dor. Cumprimentou os amigos de serviço, já ajeitados, mas não a receber os clientes. Indagou o acontecido ao jovem ruivinho que costumava ajudar a si com as roupas ou maquiagem, que acabou por dar explicações até mesmo pela ausência de Katsuragi.
Hazuki se sentou na cama, ajeitando os próprios cabelos e observou o quarto, mantendo a mão sobre a face.
- Que dor...
Murmurou, deitando-se novamente de bruços. Fei t
eve algum tempo até subir novamente ao quarto. Caminhou despreocupado pelo corredor, ainda a levar o copo com suco, pouco azedo, talvez fosse melhor que o gosto de amargura do remédio. Abriu a porta do próprio quarto e fechou a se lembrar que era no outro. Abriu a porta e caminhou ao futon, sentou-se sem peso demasiado sobre o traseiro do amigo.
- Aqui seu remédio. Pegue. - Dizia, como se fosse possível fazê-lo.

Hazuki uniu as sobrancelhas, tentando se virar.
- Ahhh... Fei, sai de cima de mim. - Riu.

O loiro se moveu de leve, em sobe e desce, pulos leves sobre o corpo do amigo, mas era meticuloso, ou talvez derramasse o suco na mão, ou talvez esmagasse o menor abaixo de si.
- Pegue o remédio, Gong Zhu.

O menor resmungou, manhoso e ergueu uma das mãos, tentando pegar o remédio.
- Paaara, Fei... Ta machucando.

- Oh, é mesmo? 
- Hai! Para!
- Ah, em mim não está doendo.
- Fei... Sério... - O moreno repousou a cabeça de lado no local, suspirando. - Por favor.

- Ah, como é chato.
O maior se levantou, lhe dando o copo com suco. Hazuki s
uspirou, virando-se e sentou-se no local.
- Ta machucando poxa. - Pegou o copo, levando aos lábios e bebeu um gole do suco, fazendo careta. - Argh.... Que horror... O que que é isso?

- Bebe rápido. É suco com o remédio, se não, seria pior ainda. Princesa mimada.
O menor fez uma careta novamente e levou o suco aos lábios, bebendo tudo de uma vez e devolveu o copo a ele.
- Ah... Que nojo.

- Como é fresco.
Fei pegou o copo, o abandonou sobre o móvel de baixa estatura, onde nele havia a luminária num abajur antigo e bonito. Caminhou as janelas do quarto; e fechou-as a dar escuridão ao ambiente, ao regredir ao futon, acendeu o abajur, dando a pouco claridade no lugar e se sentou.
- Assim ameniza a dor e hoje não temos trabalho. Assim como no próximos dois dias.

Hazuki se deitou novamente e cobriu-se.
- O que? Sem trabalho?

- É. Parece que Katsuragi teve alguns problemas com o bordel e teve que viajar pra resolver isso. Ao que Isumi diz, ele saiu bem estressado daqui.
- Ah sim... - Observou o maior. - Deita comigo.
- Imaginei que fosse ficar mais animado com a ideia. Suponho que os clientes regulares estão alvoroçados por isso.
- Estou feliz. - Riu.
- Apesar de que sem serviço não temos nada pra fazer...
Fei se deitou, ajeitando-se abaixo do cobertor no futon. Hazuki se v
irou de lado, abraçando-o.
- Posso ser seu cliente toda noite. - Riu.

- Me fará gozar seis vezes por noite? - O indagou despudorado.
- Hum... Vai ser dificil. - Riu.
- Hum... - Riu.
- Mas também... Vai enjoar de mim.
- Enjoar de que?
- De mim ora. Se transarmos toda noite.
- São só três dias, contando com o dia de hoje.
- Mas seis vezes por noite, ahn? - Riu.
- Uh, perdão, não sou melhor que seus clientes.
- Oh, até parece que está com ciuminho, Princesa.
- Não estou. - Riu.
- Hum hum...
- Não estou! - Hazuki virou-se de costas a ele e fez bico.

- Hum hum... - Tornou provocar e cutucá-lo em sua cintura.
- Não faz isso não. - Encolheu-se.
- Hum.... - O loiro o apertou no mesmo lugar.
- Para, Fei!
- Como você está enjoadinho hoje, Hazuki. - Cessou e leve o empurrou no ombro.
- Estou com dor de cabeça e com ciúme. - Riu baixinho.
- Está mesmo. - Tornou empurrá-lo.
O moreno se virou.
- Vai parar de me empurrar ou vou ter que te bater?

- Oh, que medo...
- Olha que eu te bato mesmo.
- Bate, cuidado com as mãozinhas.
Hazuki estreitou os olhos e sentou-se sobre ele, observando-o. Fei se ajeitou conforme o teve acima e o encarou de orbes voltadas as azuladas.
- Hum...

O moreno estreitou os olhos, observando-o e ergueu o quadril, voltando a se sentar sobre ele.
- Você é chato e eu sou levinho.

- Acho que a Princesa engordou, viu.
- Ahh... Que horror!
- Olha... Precisando transar mais e queimar mais calorias.
-  Olha que safado. - Riu.
- Mas é verdade, queima bastante.
- Hum... É por isso que eu sou magrinho.
- Mas está engordando. Precisa transar mais.
- Ah é? - Hazuki riu e levou uma das mãos ao obi, puxando-o.
- Hum, é!
O menor retirou o obi, jogando-o de lado e abriu o próprio quimono, expondo o corpo a ele.
- O que? Vai me contratar como seu personal, ah?
O moreno assentiu e abaixou-se, observando-o de perto.
- Você quer, hum?

- Hum... Não quero. - O provocou.
- Ah é? - Hazuki se levantou, deixando o quimono aberto e caminhou até a porta. - Vou ver se o Isu quer.
Fei gargalhou e dobrar os braços atrás da nuca.
- Isu é tão afeminado quanto você.

- Não ligo. - Abriu a porta.
- Então vai ter que brigar pra ver quem come.
- Ok, vou atrás de outra pessoa então. - Saiu do quarto, rindo baixinho.
- Olha, alguém querendo provocar ciúme. Que adorável.
Hazuki voltou ao quarto, cruzando os braços em frente ao peito enquanto o observava.
- Que gracinha.
- Não falo mais nada.

- O que?
O moreno caminhou e sentou-se de costas ao outro ao lado dele. Fei se ajeitou na cama, virou-se a direção onde sentava-se o outro e o abraçou pela cintura.
- Hã.
- O que foi que você está enjoadinho hoje, hum hum?
- Você é chato.
- Eu sou?
- É, muito.
- Por que?
- Porque é.
- Por que?
- Era pra ter ido atrás de mim.
- Ah, e por que?
- Porque era pra sentir ciúme!
- E por que é pra mim sentir ciúme?
Fei o apertou com o braço já envolto em sua cintura.

- Porque era... - Suspirou.
- Como é boba essa princesa, e ainda gosta de mimos. - Riu.
- Não sabe agradar uma dama, hum?
Fei riu novamente.
- Cadê? Onde ela está? Me mostre e a darei agrados só porque me pede.

- Hã.
Hazuki riu baixinho, livrando-se delicadamente das mãos do maior e ambas as mãos levou até os ombros, segurando o quimono e o abaixou, expondo as costas e a pele tão clara a ele.

- O que há?
Fei o indagou enquanto o via desnudar a extensão de sua coluna esguia, magra; à expor a pele em tom ainda mais claro junto seus longos fios de cabelo e sob a base dorsal deslizou a ponta do indicador, desde o início até seu fim. Hazuki s
orriu.
- Só estou provocando você, hum.
O menor livrou um dos braços do quimono delicadamente, expondo ao outro todos os próprios movimentos.

- Ora, Gong Zhu está cheio de vontade de me provocar hoje. Quer ciúme, quer sexo, quer namorar comigo também?
O moreno riu baixinho e negativou.
- Você gosta de outra pessoa.
Retirou por completo o quimono, deixando-o cair no chão e puxou-o, expondo todo o corpo ao maior.

- Hum... É mesmo.
Fei tornou voltar os braços na magra cintura, e nela puxá-lo ao centro do futon, o postando onde antes as costas repousavam, a se por sobre seu corpo menor que o próprio. 
Hazuki riu baixinho, observando-o e deslizou uma das mãos pelo próprio corpo, acariciando-o.
Devagar o mloiro se abaixou a sobrepor acima dele, cobrindo seu peitoral menor pelo próprio, seu quadril desnudo com o próprio, escondido pelo short de fino tecido. Passou ambos os braços abaixo do pescoço alheio, e ainda o encarava com os cinzentos fixos, lhe dando breves toques labiais.Hazuki abriu um pequeno sorriso, levando uma das mãos ao redor do corpo dele, acariciando-lhe as costas e com a outra acariciava os cabelos compridos, retribuindo os toques.
Entre os toques tão superficiais, mordidas sutis em seu inferior com puxadas leves a beliscar o macio lábio, o qual Fei delineou o contorno com a ponta da língua. O menor sorriu entre os pequenos toques do outro e segurou-lhe os cabelos, brincando com os mesmos entre os dedos.
- Eu acho que gosto de você, Fei.

- Hum... - O maior murmurou entre toques que dispersava sobre seus lábios. - É mesmo?
Hazuki assentiu, levando a mão sobre a face dele, acariciando-o enquanto o observava fixamente.
- Eu sei.
O maior comentou num risinho, e continuava com os beijos curtos, os voltando ao rosto do outro.

- Não... Estou falando sério.
Hazuki segurou o rosto dele, voltando o olhar do maior a si.

- Eu também. - Tornou dizer enquanto o encarava.
- Mesmo?
- Já te disse ontem, Gong Zhu.
Fei levou uma das mãos aos negros cabelos do outro e os acariciou por breve.

- O "cliente" sou eu, não é? - Sorriu.
- Hum... O que? - Indagou a arquear uma das sobrancelhas.
- O cliente que você disse gostar.
- O que tem ele?
- Sou eu?

- Está brincando? - Riu.
Hazuki uniu as sobrancelhas e o sorriso sumiu aos poucos dos próprios lábios.
- Hai.

- Você está um pouquinho perturbado hoje, Ohime-san.
O menor assentiu. Fei tornou lhe selar os lábios, e desta vez, sem seguidos selos, o invadiu com a língua em busca de beijo. Hazuki retribuiu o beijo do maior, massageando a língua dele com a própria e continuava a lhe acariciar a face, mas a essa altura, já não tinha mais a vontade que tinha antes, na verdade, se sentia um idiota.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário