Ikuma e Taa #7


O corpo esguio do humano se encontrava exposto ao vento. Era frio, sabia que era, pois via o corpo com a pele eriçada, mas não sentia aquele toque gelado. Diante da noite, ele se sentava numa cadeira de balanço numa varanda desconhecida. O mesmo fez, sentando-se ao lado daquele corpo morto, com um copo de whisky na mão e dois cubos de gelo que derretiam no álcool. Erguera a mão desocupada, e estalou os dedos.
- Acorde, está na hora, bela adormecida.

O maior abriu os olhos aos poucos, fitando o outro a frente e gemeu, preguiçoso, preferindo não se mover por hora.
- O que... O que você fez? O que houve? Ah, não você aqui... Só pode ser o inferno.

- Iie. O inferno é na minha cama, e ela está do lado de dentro. Mova-se à vontade. Certamente não sentirá dor alguma. Lagarta. Ah! E por sinal, seu sangue é ruim demais.
Taa suspirou e ajeitou-se na cadeira.
- O que houve...? Porque não me matou? Eu não me lembro de nada...

- Eu matei você.
- Ah... E porque eu estou falando com você agora?! - Levantou-se.
- Porque eu te matei.
Ikuma erguera o olhar, direcionando os olhos nus ao outro. Olhos livres das lentes, e pela primeira vez ao outro, expôs o motivo de usá-las sempre, com aqueles olhos atipicamente coloridos do tom quase dourado, mas foscos. Apoiou o cotovelo sobre a braçadeira da cadeira em madeira, e sobre o punho, descansou o queixo. 

- Ikuma.... Me explique essa porra!
Taa segurou a face dele, fitando-o fixamente.
- Tire a maldita mão do meu rosto.
O vampiro falou passivo, calmo, esperando que o outro o fizesse, com um sorriso cortês a adornar os lábios. O maior s
oltou o outro e cruzou os braços.
- Fala logo, arrombado.

- Se me chamar de arrombado mais um vez, vou arrombar você.
O loiro manteve o tom suave da voz. Levou o copo cristalino aos lábios, tomando do liquido amadeirado. Taa se a
baixou, fitando-o de perto novamente.
- Arrombado!

Rápido, tão rápido foi o movimento da mão do menor a encontrar o rosto próximo, segurando-o indelicado, apertando-o entre os dedos. Levantou-se, continuando com a face entre a mão, segurando-a.
-  Acho que você está afim de transar comigo.

O maior estreitou os olhos.
- Ah claro... Eu não transaria com você nem se você fosse a última pessoa do mundo.

- Eu não disse? Se me chamasse mais uma vez eu faria?
Taa segurou a mão dele.
- Sai de perto de mim, Ikuma...

- Não. Vou domar você, seu animal.
- Me diz logo o que aconteceu e para de brincadeira.
- Não estou brincando.
- Ikuma!
- Ótimo! aprendeu meu nome. Se me chamar de arrombado, juro que esfolo você.
A mão sobre a face, deslizou rapidamente ao pescoço e segurou-o, aproximou a face à dele, provocaria-o novamente, porém cessou antes que o tocasse nos lábios. Mordera o próprio inferior, com o afiado canino fincado em próprio corpo, exalou o cheiro do sangue vampírico.
- O que acha?

Taa observou o sangue que escorria e suspirou, aproximou-se hesitante do outro e lambeu o lábio dele, sugando-o e estreitou os olhos.
- O que você fez comigo...?

O riso do vampiro soou novamente igual aos anteriores, e, abafado nos lábios, próprios, cerrados. Soltou-o e voltou a se sentar, apreciando o álcool amargo, sentindo o leve arder da pele machucada em contato a bebida.
- Ikuma... Responde logo, porra... - Estreitou os olhos.
- Vai se foder.
- Vou, vou foder você...
Ikuma riu.
- Vem.

- Olha aqui seu arromba... - Suspirou - Ikuma... Me diga por favor... Que você não me transformou em vampiro, por favor.
Os olhos do menor se voltaram a ele. E não disse nada, somente sorriu.
- Não... Não... Ikuma, eu queria morrer, você me deixa imortal! Está me zoando não é? Só pode...
- Ah, você pode morrer. Tome sangue de alguém morto, ou se expõe ao sol, ou se queime.
- Devia ter me matado...
- Se mate sozinho.
- Vai dar o cu, Ikuma... Sabe... Sabe qual é o seu problema? Você não serve pra porra nenhuma... Olha tomara... Tomara que você morra, desgraçado. - Taa se virou, novamente caminhando para longe do local e logo voltou, parando em frente a ele - Eu não faço ideia da onde eu esteja...

- Hum, é? Interessante, também não sirvo para te dizer onde fica a saída. Pule.
- Ikuma você não tem pena de mim, cara?
- Não. - Sorriu.
- Eu odeio.... Odeio você...
- Uhum... Eu sei. - Riu baixinho.
Taa se ajoelhou em frente a ele.
- O que você quer?

- Nada. Vai, vai embora. Chorar eternamente por ser tão desprezível. Saindo do quarto, verá várias pessoas, e vai achar a saída rápido.
O maior se encostou na cadeira e suspirou.
- Posso ficar...?

- Tanto faz, Lagarta.
- Hai...
E permaneceu no mesmo lugar e fechou os olhos. Ikuma olhou o rapaz, novamente ao lado. Levantou-se, e deixou o quarto, misturando-se com a multidão de vampiros naquela casa noturna, diferente da que horas atrás, ambos estavam, e, retornou somente duas horas e meia depois.

O maior o viu sair e suspirou, levantou-se e ficou um tempo a observar a lua, os olhos se desviavam as mãos e as lágrimas estavam presas aos olhos, preferia estar ao lado dele do que ficar sozinho, mesmo que o detestasse, agora tinha várias sensações que antes quando humano não tinha, e não sabia explicar nenhuma delas, assim como a visão, olfato e audição mais apurados. Adentrou o quarto e observou o mesmo, a escuridão e deitou-se na cama, mantendo-se em silêncio até acabar cochilando, antes de tudo ocorrer, faziam alguns dias que não dormia então pegou logo no sono.
Ao entrar no quarto, o menor observou o outro sobre a cama espaçosa, própria.
- Tsc... Vai formar o casulo na minha cama...
Falou, mais consigo mesmo, enquanto retirava o casaco e colocava-o sobre o móvel antigo e bonito, encostado na parede. Caminhou até a cama e empurrou o corpo alheio para o canto esquerdo, e deitou-se como de costume no lado direito do colchão fofo. Fechou os olhos e também cochilou, tendo o braço pendido ao lado do local onde se deitava.

Taa acordou pouco tempo depois e espreguiçou-se, virando ao lado e observou o outro dormindo, e não estava ali antes, não expulsou a si, o que achou mais estranho. Riu baixo e deitou-se de barriga para cima, observando o teto do quarto e manteve-se em silêncio para não acordá-lo.
Ikuma se virou de barriga para cima e sentou-se na cama. Os olhos continuaram fechados e se levantou, caminhando até outro cômodo. Voltou com a garrafa nos lábios, bebendo o líquido contido dentro dela e sentou-se na cama, sem descerrar as pálpebras e vez ou outra ia tomando os goles, sequer prestando atenção no recém vampiro ao lado. Taa observou o outro ir, depois retornar, e sentia fome, ver aquela garrafa era horrível para si e nem sabia porque. Estreitou os olhos.
- Ikuma... Você vai morrer afogado... Ah espera... Pode beber.
- Hu
m?
Ikuma virou a face na direção alheia, como se o observasse, porém as íris continuavam escondidas, com os lábios sujos do sangue e do vinho. Desviou-se novamente, e levou a garrafa a boca.

- Pode me emprestar essa garrafa?
- Tem mais lá no barzinho.
O menor disse, e enfim descerrou as pálpebras, expondo, desta vez, os olhos tão acesos ao outro, com um dourado forte, sem aquele fosco que tinha à horas atrás, agora se nublavam de uma vida artificial, assim como o calor do corpo.

- Não quero descer... Só um pouquinho...
- Não vai descer a lugar algum. Ali tem uma cozinha.. - Apontou ao local onde havia se dirigido a minutos atras.
- Hum... - O maior se levantou e caminhou até o local, observando e pegou uma garrafa, voltando ao quarto - Hai...
Ikuma o observou ao voltar, e fechou os olhos novamente, voltando a ter pose de sonâmbulo enquanto tomava a bebida. O maior bebeu um pouco da bebida e observou a garrafa que segurava.
- Porque fez isso comigo?

O menor abaixou a garrafa anteriormente frente os lábios, pousando-a sobre as pernas e ponderou.
- ... Sabe que eu não sei..

Taa estreitou os olhos.
- Pode me ouvir...?

- O que é ? - Disse e voltou a tomar a bebida.
O maior se sentou ao lado dele.
- ... Posso conversar contigo? Mesmo...

- ... O que é, cara?
Taa bebeu mais um pouco e abaixou a cabeça.
- Estou mal... Bastante... Ele foi embora...

- ... Tenho cara de psicólogo?
- Quer saber? Vai se foder.
O maior deixou a garrafa sobre o móvel, levantou-se e foi para a varanda, sentando-se e abaixou a cabeça, deixando que as lágrimas escorressem pela face. O menor s
uspirou e riu, um riso baixo que nasceu uma gargalhada. Porém se levantou em seguida e caminhou até o recém vampiro, abaixando-se à sua frente.
- Diga.

- Não quero mais, obrigado... Idiota.
- Uh... Diga. Ele foi embora e...
Ikuma apoiou os braços sobre as pernas do outro, e abaixou a face, tentando olhar o rosto acabado do rapaz, com a maquiagem borrada.

- Eu fiz tudo pra ele... E ele nem ligou pra mim...
O maior suspirou e ergueu a face, limpando os olhos com uma das mãos.

- Hum... E o idiota é você, por sofrer por alguém que nem se importa com você.
- O que eu vou fazer agora?
- Terá tempo para conhecer outras pessoas. Ele foi embora, porque não aguentou, não foi forte pra isso, você pode fazer o mesmo, mas reflita que, você o ama... No entanto ele ama outra pessoa, certamente ele ia escolher ela. Ponha-se no lugar dele, se você amasse um alguém, e uma outra pessoa te valorizasse e te amasse, mas você tivesse a opção te escolher com quem ficar... Escolheria aquela que te ama , ou aquela que você ama?
- Quem eu amo...
- E, ele não seria ainda mais filho da puta, se ao invés de ir embora... Te usasse como segunda opção, somente para suprir uma carência, a falta daquela pessoa que o deixou?

Taa assentiu e abaixou a cabeça novamente.
- Pois é.
Ikuma se levantou e dera alguns tapas sem força sobre o ombro do rapaz, voltando ao quarto para prover-se da bebida outra vez. O menor se l
evantou igualmente e voltou ao quarto, pegando a garrafa e deitou-se em sua cama.- Estou cansado disso...
- O que?
- De tudo...
- Hum...
Ikuma suspirou e arrotou, deixando a garrafa sobre o móvel ao lado da cama, deitando-se debruçado. O maior desviou o olhar a ele, e
streitou os olhos e acabou rindo, sem conseguir se conter.
- O que é ? - O menor indagou devido os olhos semi cerrados, antes do riso. - Você é gay, mas ainda é homem.
- Eu sei, mas achei graça, só isso. E eu não sou gay...
- Ah, então o rapaz é mulher? Bem que eu sempre suspeitei disso. - Ironizou.
Taa chutou o outro, que riu.
- Babaca.
- Poxa, mas ele tem umas coxas roliças e femininas... Vontade tascar um tapa.
- E morder... - Murmurou.
- É, sugar todo aquele sangue...
Ikuma riu, aquele tom sonoro impudico que parecia rotineiro ao vampiro.

- Sugar porra nenhuma, ele é meu.
O menor gargalhou ao ouvi-lo.
- É tão bom te irritar.

- É, ou pelo menos... Era... Ou nunca foi. - Suspirou.
- Tá, tá... Bebe aí.
- Vou jogar em você se não parar de me encher o saco. - Bebeu mais alguns goles da bebida.

- Tente, Lagarta.
O maior jogou um pouco da bebida nele.
- ... Porra, se eu fosse você, usaria suas pernas longas pra correr bem longe daqui.
Dizia o menor enquanto sentava-se, dobrando os joelhos na cama, tirando a camiseta, expondo a pele branquela, afim de ver a mancha no tecido.
- Vinho mancha, e esse sangue tem vinho...
Levou o tecido a boca, e sugou onde havia sido molhado. O maior r
iu e o fitou.
- É por duvidar de mim e por chamar o cara que eu gosto de mulher.

O sorriso maldoso nasceu no canto dos lábios do vampiro. Apoiou ambos os punhos na cama após soltar a camisa, e engatinhou aproximando-se do outro. Diante de seu rosto, proferiu.
- É uma gostosa, e eu conseguiria pegar fácil.
Forjadamente pegou a garrafa alheia e derramou o líquido sobre a região baixa alheia, sujando a calça do conhecido. Taa r
osnou a ele e virou um soco na face do outro, o empurrando contra a cama e segurou as mãos dele contra a mesma.
- Seu filho da puta!

- É-uma-gostosa! - Ikuma voltou a proferir, pausada e nitidamente, enquanto de baixo fitava o outro com os lascivos e desdenhosos olhos. - Adoro suas carícias, Lagarta.
- Sua mãe é uma gostosa, seu desgraçado, vai pro inferno! - Levantou-se - Espere ai, vou pegar um fosforo e te tacar fogo.
- Está bem.
Ikuma se deitou de lado na cama, e o cotovelo se apoiava no colchão, dando apoio com o rosto na palma da mão, observando o rapaz.

- Ai como eu queria te dar... - Suspirou, contando até dez mentalmente.
- Vou maliciar isso se não terminar...
- Uns socos seu filho da puta.
- Vem dar!
A mão livre do menor fora a face, e leves tapas estalaram na pele, indicando o local que o receberia.

- Porque você é tão desgraçado, Ikuma? Você podia ser decente...
- E porque eu sou desgraçado?
- Porque você é!
- Me dê motivos.
- Você me irrita pra caralho...
- Que bom.. Eu gosto disso.
- ... Um dia você vai precisar de mim e eu vou mandar você ir tomar no cu
- Você precisou de mim hoje, te mandei tomar no cu?
- Não, mas foi quase.
- Hum, claro. Não se preocupe, nunca precisei de ninguém durante o século todo.
Taa suspirou.
- Desculpe...  - Ajoelhou-se ao lado da cama.

- Oh, não chora lagarta... - Riu.
- Não estou chorando, idiota.
- Tá, tá... Cansei de te irritar por hoje. - Ikuma se deitou, jogando-se debruçado na cama, escondendo a face em meio o travesseiro fofo. - Lembrando que quero uma camisa nova... - Falou, abafando a voz.

- Vou te dar... - Taa riu e o fitou - Uma camisa...  Quer que eu vá embora?
- Faça o que quiser. Não ia pegar o fósforo?
- Não, tô com preguiça... E vou dormir com você se não se importa, se se importar também foda-se. - O maior se deitou ao lado dele, parecia querer ficar com o outro, mas só não queria ficar sozinho e preferiu aceitar as provocações.
- Foda-se, nem ligo se você está aí.
- Hum... - O chutou novamente. - Vai se foder, Ikuma.
- Vem foder.
- Eu estou aqui, ué, vem você.
- Tá, vou te foder.
O maior erguera o tronco assim que apoiou os punhos na cama, arrastou-se para cima do outro. Com as próprias pernas, forçava abertura entre as dele, separando-as com as próprias.

- Tá... Agora sai daí... - Sorriu.
- Não quero...
O menor falou baixo e como havia sido feito consigo em minutos atrás, segurou os pulsos do rapaz, mantendo-os presos à cama. Taa 
Puxou os pulsos e notou o quanto ele era mais forte do que a si, suspirando.
- I-Ikuma... Sai de cima de mim.

- Uhu...
O menor riu, abafando o cínico riso com a boca fechada. Abaixou-se, e roçou os lábios sobre a pele revigorada do outro, e recém vampiro, e deslizou-a ao pescoço cicatrizado, dando mordidas bem suaves, contraditórias à primeira que fora dada antes. Taa se a
rrepiou e mordeu levemente o lábio inferior.
- Ikuma...

O menor mordiscou, mordiscou e caminhou com o feito, até chegar no tórax, e mordiscar igualmente o mamilo escondido atrás da roupa, da camisa trajada pelo rapaz conhecido, e umedeceu o tecido com a saliva, conforme o fez. O maior puxou novamente os pulsos com força e gemeu baixo.
- Me solta, seu filho da puta!

- O que ? - Ikuma tornou a dizer-lhe em voz baixa, sem alterar o tom em que falava. - Não gosta disso?
Direcionou os olhos a ele e riu, abafando o riso a novamente lhe morder o mamilo.

- G-Gosto... Esse é o problema, você vai querer me foder...
- Que sinceridade...
Baixo o vampiro disse outra vez. A língua se expôs despudorada, e com a ponta roçava o mamilo entumescido abaixo da roupa, e por último estimulo o mordeu. Formando o círculo de saliva em torno do outro mamilo, enrijecendo-o assim como fez com o esquerdo já estimulado.
- Não vou foder você.
Os lábios subiram sobre o corpo alheio novamente, e após clavícula passou ao pescoço outra vez o mordiscando sem força, no entanto, do lado oposto a qual havia feito inicialmente, e subiu a orelha, sugando o lóbulo e contornou a cartilagem. Taa se a
rrepiava cada vez mais e fechou os olhos, suspirando e tentando pensar em outra coisa alem dos estímulos que recebia do loiro, embora não conseguisse.
Assim que Ikuma apartou os estímulos corporais, segurou-o somente com a mão direita, enquanto a esquerda se guiou ao queixo do vocal e próximo a roçar seus lábios com os próprios, murmurou.
-  Pense no rapaz que gosta, só não vai ter ejaculação precoce.
O menor riu contido com tal provocação, e antes que houvesse protesto, invadiu a boca do outro com a língua, e exigiu espaço numa troca de salivas violenta e voluptuosa.

Taa manteve os olhos fechados e de inicio não retribuiu o beijo do outro mas logo o fez, mordendo o próprio lábio inferior com pouca força e arrancou pouco do sangue, passando para os lábios do outro.
O loiro refletiu o mesmo ato, com os finíssimos caninos dolosos, rompeu orifícios na própria língua, formando uma troca de sangue desta vez, já não mais de salivas, e assim que este esvaíra o sabor adocicado do líquido rubro, próximo ao apartar do beijo, soltou o outro homem, e enfim o livrou de si, voltando a repousar ao seu lado, com mesma posição a qual se colocava a minutos atrás. Taa abriu os olhos devagar, recuperando a respiração e uma das mãos apertou o lençol da cama ao lado de si, o queria, isso era fato, estava estampado no próprio corpo em uma parte específica, uma pena não poder simplesmente atacá-lo.
- Uh, te dou um desconto pela camisa.
- Hum...?
- Isso.. Foi a divida paga, da camisa que você manchou.
- Ah... Não faça isso de novo, por favor...
- Oh claro. Sua educação me leva a obediência.
- Hum...
O maior se virou de costas ao outro e uma das mãos apertou o próprio membro levemente sobre a roupa, notando-o ereto e suspirou.

- Você devia estar sentindo fome.
- P-porque?
- Normalmente, é isso que um recém vampiro vai sentir... Fome. Vai querer sangue. Você nem tomou todo o vinho.
- Hum, estava mais concentrado em outra coisa... - Murmurou e pegou a garrafa, bebendo mais alguns goles do vinho.
- Claro, em chorar as mágoas.
- É, em te capar também.
- Pare te ameaçar e tente fazer.
- Não, não quero fazer isso, não vou tocar em você, que nojo.
Ikuma riu, somente, com o comentário, e continuou deitado da mesma forma, abafando a voz no travesseiro a qual os lábios se encontravam. Taa se virou, aproximando-se dele.
- Você está com um cheiro tão bom...

- Sangue...
- Posso te morder?

- Não vai tocar em mim... Que nojo. - Riu.
- Não vou tocar no seu pau, idiota, você me excit... - Pigarreou - Posso?
Ikuma quase chegou a gargalhar, se não fosse abafar o som da risada contra o travesseiro.
- Primeira e ultima vez.

- Isso é um sim? - Taa riu e retirou os cabelos dele do pescoço, roçando os lábios no local.
- Prefiro na nuca. - Disse, somente.
Uma das mãos, o maior deslizou pelas costas dele, ajeitando-se e ajeitou os cabelos dele novamente, roçou as presas a pele do outro e cravou as mesmas no local, sugando o sangue dele aos poucos, sentindo-o descer pela garganta, frio, como o da garrafa, e saboroso.
- Hum...
O menor gemeu e suspirou com a pequena fisgada que recebeu na carne ao ser mordido. Fechou os olhos, e passou a sentir o sangue ser pulsado até a boca do outro, que já parecia acostumado com os novos caninos. Taa s
ugou pouco mais do sangue dele e hesitava em parar, se pudesse beberia até a última gota do líquido tão gostoso do outro, mas logo retirou as presas do local, lambendo o pouco sangue que escorria e logo após, lambendo os lábios,
Ikuma suspirou e se manteve da mesma forma, mudando somente a direção em que o rosto era virado, na direção onde o rapaz estava, e novamente os olhos reluziam, num tom nítido do dourado e mesclas rubras.
- Gostou? - Riu. 

- Hum. Muito bom...
- Uhum...
O menor murmurou nos lábios cerrados e voltou a fechar os olhos, com um longo suspiro.

- ... Preguiçoso.
Ikuma assentiu com o movimento da cabeça.
- Vá para o casulo, tente novamente florescer, Lagarta. - Provocou-o e riu.

- Essa piada estupida já perdeu a graça.
- Pra mim não. Vai lá, borboletinha.
- Hã... Borboletinha...
O loiro riu baixo e Taa o cobriu, abrindo um pequeno sorriso a ele e virou-se para o lado a fechar os olhos, e dormiram juntos pela segunda vez.

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