Kusagi, Shohei e Yukinori #10 (+18)

- Hey, pequenino, chegou hoje finalmente, ah?
Disse o maior ao garoto ao vê-lo transitar pela sala, talvez pegando-o de surpresa. Ergueu-o no colo rapidamente e voltou a colocá-lo no chão diante do susto que lhe deu.
- Ah!
Yuki falou alto, assustado pelo chamado e arregalou os olhos, porém riu baixinho ao ser levantado por ele, logo colocado no chão, abraçou-o a apertá-lo contra o corpo.
- Kusagi-san!
Kusagi deu-lhe um tapinha na bunda, retribuindo o cumprimento dele e bagunçou seus cabelos, como se falasse com um adolescente, ou quem sabe, como o antigo Shohei.
- Vai vestir uma roupa quente, moleque.
- Mas acabei de tomar banho. - Ele riu baixinho a observá-lo e selou os lábios do outro, sutilmente. - Onde foi?
- Estava pousando nu. - Disse, quase contra seus lábios recém selados.
- Eh?!
- Mentira. - Riu entre dentes. - Estava fazendo um trabalho, mas com roupas.
- Ah... Que susto.
- Se eu for, chamo você pra ver o ensaio. - Deu-lhe uma piscadela.
- Iie... Não vou deixar.
- Ah é? Por que?
- Porque não, só eu e o Sho podemos te ver sem roupa.
Kusagi riu evidentemente.
- Vou pensar sobre isso. - Disse e lhe apertou a ponta do nariz. - Que tal me fazer um café.
- Eu faço. - Sorriu. - Vem comigo pra cozinha.
- E o Sho, está dormindo?
- Iie... Foi ao mercado.
- Ora, mas que desanimo é esse?
O maior indagou, levando-o para a cozinha, guiando-o pelos ombros.
- Nada.
Yuki sorriu e seguiu junto dele para a cozinha, colocando a água para ferver.
- Pode falar, Yuki.
O outro disse a ele e sentou-se no banquinho perto do balcão, aonde esperaria pelo café. Cedeu a ele um espacinho sobre a coxa onde o encostou ao puxá-lo, esperando a fervura da água. O loirinho se sentou ali junto dele ao ser puxado e desviou o olhar ao outro, abrindo um pequeno sorriso.
- Não é nada. Ele estava dormindo quando eu cheguei, nós transamos... E ficamos um pouco juntos.
- Hum, que delícia. - O moreno sussurrou-lhe ao pé do ouvido. - Então hoje foi a vez o Sho, hum?
- Ah, hai. - Yuki sorriu e abaixou a cabeça, envergonhado. - Acho que ele não gosta mais de mim.
- Claro que ele gosta. Veja, é como nós estamos. Fiz sexo com você, mesmo assim você ainda o ama, certo?
- Hai... Mas ele não quis ficar comigo quando eu cheguei. Transamos e fui tomar banho... E ele foi ao mercado... Já faz quatro horas.
- Dane-se o Sho. - Deu de ombros. - Deve estar fumando por aí, conhece seu namorado. Ou só deu um espaço pra nós. - Deu-lhe uma piscadela.
- Hai... Logo ele volta... Quer ir pro quarto comigo?
- Você já transou com ele, quer transar de novo?
- Podemos só ficar deitados se quiser. Gosto de ficar assim com você.
- Se eu quiser? Você, o que quer?
- Fazer amor com você, voltei de viagem, não podemos ficar juntos só porque fiquei com o Sho?
- Hum, a bunda é sua, você sabe se dói ou não. - Kusagi sorriu canteiro.
- Eu sei que vai doer, mas...
- Vamos pra minha cama, que tal?
- Mas é duro lá...
- Você prefere coisas moles então?
- Colchões sim.
- Que ruindade, sabe que é duro e me deixa dormir lá.
Yuki resmungou e caminhou até o fogão, desligando a água quente para o café, que ficaria para mais tarde. 
- Você pode dormir comigo e com o Sho.
- Certamente.
Kusagi disse e pegou o garoto, levando-o consigo até seu próprio quarto. O loiro riu baixinho e levou ambas as pernas ao redor da cintura dele, repousando a face sobre seu ombro. O moreno o encarou enquanto o levava pelo caminho, até enfim jogá-lo em sua cama, que ainda bagunçada, provavelmente pela brincadeira dos dois um pouco antes. Desabotoou a camisa, e tirou-a do corpo, deixando-a num móvel qualquer. Não demorou a seguir com o restante da roupa, e permaneceu somente com a boxer. Tão logo juntou-se a ele abaixo do lençol, já despido, já que o fazia enquanto tirava as próprias. 
Yuki o observou enquanto retirava as roupas, atentamente e sorria a ele, enquanto igualmente retirava as poucas peças que usava, abraçando-o junto a si ao tê-lo sobre o corpo.
Kusagi sorriu a ele, mantendo seu abraço sutil por algum tempo. Suficiente a compartilhar consigo o calor do corpo, e ao se afastar com rapidez, logo o tomou de quatro, de costas, a puxar-lhe o quadril e por-se de joelhos atrás de sua bunda empinada. Uma das mãos passeou por sua coluna, desenhando a espinha e ao segurar seus cabelos curtos, puxou-o por lá, pelos finos fios e mesmo seu quadril, logo, o penetrou.
O pequeno se ajeitou na cama, apoiando ambas as mãos e joelhos no local e empinou o quadril, deixando que ele adentrasse a si como quisesse, estava relaxado, dolorido também pela relação anterior, mas tudo que reclamou foi um gemido baixo, abafado ao abaixar a cabeça e esconder-se nos fios de cabelo.
O moreno seguiu, não muito rápido ou muito devagar, meio termo, talvez preciso e tão logo o sentiu até o fundo. Não conteve o gemido de satisfação ao senti-lo morno e agradável por dentro. Até mesmo o agradou com as mãos a acariciá-lo em suas nádegas e sua curva cintura. Moveu-se, dando início ao ritmo de vaivém, inicialmente brando, e que aos poucos intensificou, a ponto em que ouvia a pele a colidir com a sua, e adorava o ruído. 
- Kimochi...
Yuki murmurou e estremeceu, agarrando-se a cama e ao lençol enquanto o sentia se meter em si e mordeu o lábio inferior. Empurrou-se contra ele, movendo o quadril em sua direção assim como ele se empurrava contra si e virou-se a observá-lo com um pequeno sorriso nos lábios.
- Mais...
- Hum, está animado?
O maior disse e moveu-se para ele novamente. Mais, dando a ele mais força a cada estocada, atingindo uma parte de seu corpo que sabia encontrar, seja nele ou no outro. E aumentou o ritmo, tal como a força, sendo mais frequente enquanto puxava-o pelo ombro e vez outra lhe tocava suavemente a face com a ponta do dedo, numa carícia, diferente do que lhe dava atrás.
O menor se virou a observá-lo por um pequeno tempo e contraiu-se, apertando-o em si e o fazia a cada vez que o sentir a tingir a si a fundo, claro, involuntariamente. Suspirou e uniu as sobrancelhas ao senti-lo aumentar o ritmo dos movimentos, cessando os próprios, desacostumado com a força dele e mordeu o lábio inferior.
- K-Kusagi-san...
- Itai?
O outro indagou e soou abafado, um pouco cortado pelos movimentos a cada vez que o atingia no fundo. Arqueou-se, curvando sobre o menor e mordiscou sua nuca, sentindo a pele eriçada por onde a mão posteriormente passou. 
- Hai... - Yuki murmurou e inclinou o pescoço para frente, deixando a nuca livre para ele, onde ele pudesse tocar. - Mas é bom...
- Quer mais devagar, hum? Estou dando o que me pediu.
O moreno sussurrou contra seu ouvido e sorriu, num riso leve, embora não visto por ele. E suavizou, não demais, o suficiente. Continuava firme, rápido e envolveu sua cintura com um dos braços, pouco antes de novamente se afastar. 
- Iie, kimochi... - O loiro murmurou e uniu as sobrancelhas. - Só não tenho costume, você é grande... Mas é gostoso... - Murmurou novamente e encolheu-se, porém moveu-se contra ele mais uma vez. - Me faz gozar, Kusagi...
- Hum, grande e gostoso.
Ele riu entre dentes, sem altura, talvez pelo fôlego diante dos movimentos hábeis. Mordeu-o no pescoço, no lóbulo e com a mão em seu peito, acariciou seu pequeno mamilo.
- Quer gozar, Yuki? Vou fazer você gozar sem por a mão no pau.
O menor assentiu ao ouvi-lo e riu baixinho igualmente. Suspirou e desviou o olhar ao mamilo, notando sua pequena carícia, que era a que o namorado gostava. Estremeceu, sutilmente e mordeu o lábio, assentindo a ele.
- Hai...
- Se quiser, depois dou uma chupadinha em você. Na frente, atrás...
O moreno sussurrou novamente, numa pequena pausa com os quadris. E voltou a se mover, gradativamente. Logo novamente tornou-se rápido. E empurrou-o para cama aonde o fez se deitar e colar o peito ao colchão. Deitou-se sobre ele, sem pesar em seu corpo. O mordeu novamente no pescoço e deu início ao ritmo, sentindo a maciez de suas nádegas a cada estocada que lhe dava. 
Yuki assentiu a ele num pequeno sorriso e deitou-se sobre a cama como queria, sentindo o colchão macio abaixo do corpo e seu corpo quente sobre o próprio, gostoso como havia dito a ele. Manteve o quadril pouco erguido, não de quatro, mas suficiente para que ele pudesse investir contra si e gemia baixinho a cada estocada contra o corpo.
- Kimochi, ah?
Kusagi indagou e deslizou a mão por seu ombro, braço e segurou-o em sua mão. Continuou com o ritmo, sentindo sua nádega macia a cada encontro consigo, e já não tão mais rápido, mas continuava firme o suficiente, estocando até seu fundo.
- Vou gozar em você.
- Hai... O menor murmurou e moveu o quadril contra ele, sentindo-o a fundo no corpo e estremeceu, apertando-o em si e finalmente atingiu o ápice, esperando que ele viesse consigo, dentro de si ou onde quisesse. Gemeu mais alto, sentindo toda a pele se arrepiar e fechou os olhos, agarrando-se firmemente ao lençol, que sujou com o prazer sentido com ele.
Kusagi deu ritmo e movimentos mais fortes, sem demora sentiu seu corpo apertado, os espasmos de sua entradinha ou mesmo seu corpo trépido quando atingia o ápice, sujando a cama, e só não pode sentir sua temperatura diante de seu peito colado ao colchão, e no pequeno espaço que tinha segurou seu sexo que amolecia após o êxtase.
- Que gostoso. - Disse, sentindo sua textura, e a essa altura, aproveitava igualmente o clímax que atingira junto a ele. - Como você é gostoso. - Sussurrou, rouco.
Yuki sorriu a ele e mordeu o lábio inferior, evitando de morder a fronha do travesseiro no qual se deitava. Desviou o olhar ao próprio membro, sutilmente, notando-o segurar a si e gemeu baixinho, prazeroso.
Shohei tragou o cigarro, mais uma vez, e se surpreenderia pelo fato de nenhum dos dois terem sentido o aroma do cigarro, se não estivesse pouco alterado pela bebida, mas estava são o suficiente para ouvir os dois, a conversa, os atos sexuais e principalmente o dito anterior pelo outro, que causou um pequeno sorriso nos próprios lábios, cínico. "Filho da puta", pensou. Na noite anterior dizia que amava a si, e hoje, "foda-se o Sho", era bom para aprender de vez em quando. Manteve-se ali, em silêncio e apagou o cigarro mesmo na parede atrás de si, ajeitou os cabelos e novamente seguiu em direção à saída.