Nowaki e Tadashi #11 (+18)


Tadashi saiu da sala logo após medicado e irritado seguiu em direção ao próprio quarto, onde chutou novamente a cadeira e em vez de deitar-se e chorar, dessa vez, sentou-se no chão e abraçou as próprias pernas, e obviamente chorou em silêncio, até ouvir o barulho da porta.

- Tadashi?
Ergueu a face, observando o garoto ali parado, e era ele, Jun. Estreitou os olhos.
- Saia.

- Não seja assim, estou preocupado com você. Quer dizer que você invadiu a enfermaria, hum? - Riu.
- Não faz a menor diferença. Foi uma tentativa falha de morrer.
- Por que quer morrer? Abstinência?
Ele indagou e seguiu até sua cama, sentando-se com ele. Tadashi d
esviou o olhar a ele e levantou-se, sentando-se a seu lado na cama.
- Iie... Eu bati na esposa do Nowaki. 
Agora ele me odeia.
- Uau... Você é corajoso e meio burro. - Disse, surpreso, mas achava graça.
- Vai me ofender? Melhor sair daqui porque eu não estou afim.
- Hey, não seja bobo. Eu gosto de você, acho que posso te ajudar se quiser se aliviar um pouco e pensar no Nowaki, não me importo.
- Eh?
- Gosto de você. E não me importo de servir você numa fantasia. Posso te beijar e fingir que sou o Nowaki.
O menor negativou e abriu um pequeno sorriso.
- Acho que está confundindo as coisas, Jun.

- Não estou, sei que não gosta de mim, mas não ligo. Na boa. Você é gay, certo? Então não é como se eu fosse uma mulher.
- Sim, mas não é porque eu sou gay que eu vou transar assim sem sentir nada... Aliás, nem faz tanto tempo assim que eu...
- Ah, vamos lá, meus cabelos se parecem com os dele, dá pra curtir um pouco, não dá?
Tadashi desviou o olhar, meio confuso e negativou.
- Faça assim, um beijo e aí, se você conseguir curtir, continuamos.
- ...
Tadashi se manteve a observá-lo e suspirou, era homem, obviamente tinha necessidades, e sentiu ódio ao pensar que enquanto pensava para ser fiel a ele, ele estava em casa transando com a mulher.
- Certo.

- Certo. - Jun disse e lambeu os lábios ao segurá-lo pela nuca e puxá-lo sem delongas, beijando-o tão logo a penetrar-lhe a boca. - Feche os olhos. - Disse interrompendo, mas logo retomou.
O outro retribuiu o beijo dele, embora meio hesitante e por fim fechou os olhos como indicado, suspirando e só então conseguiu adentrar a boca dele com a língua e beijá-lo de melhor modo. O moreno deslizou os dedos pelos cabelos platinados do outro e os afagou, enquanto vigorosamente o beijava, porém não muito apressado.
Tadashi se aproximou do outro durante o toque, sentindo alguns arrepios pelo corpo e obviamente estava excitado, não com a ideia de transar com ele, mas sim de pensar no outro consigo, e até se sentia mal em fazer aquilo.
- Eu posso falar ou acha que minha voz será diferente? - Ele indagou e soou um pouco ofegado.
- ... Pode falar. Estou me sentindo meio mal com isso...
- Você bateu na esposa dele, não tem como se sentir mal com isso. - Disse o garoto e tocou-o no rosto, logo nos olhos. - Feche-os.
- ...É diferente, ela me provocou, ora. - Falou a ele e assentiu, fechando os olhos.
- Vamos lá, vou tentar imitar o Doutor.
Disse o outro e empurrou-o para sua cama, deitando-se ao lado dele. E tocou-o no peito plano, acariciando a região, tornou a beijá-lo. Tadashi s
uspirou a deitar-se e manteve os olhos fechados, sentindo o toque sobre o peito e tentou concentrar-se de alguma forma de que ele de fato era o outro que gostava.
- ... Hum.

- Entrou no clima?
Jun indagou e tentou soar sussurrado, evitando o timbre evidentemente diferente ao do outro, em quem ele pensava. O menor a
ssentiu e mordeu o lábio inferior, já podia sentir a ereção abaixo das roupas e estremeceu sutilmente.
O outro abriu os olhos, observando o rapaz cuja aparência rebelde, parecia um tanto fragilizada e não se importava, aproveitaria-se disso e lhe daria o mesmo benefício. Logo os beijos passavam a seu pescoço, a clavícula e a mão ao sexo, dando uma boa apertada. Não sabia se o médico faria daquele jeito, mas não bem, não precisava saber.
Tadashi suspirou ao sentir o toque no pescoço e inclinou para o lado, dando espaço a ele para os toques, gostosos embora não quisesse admitir e suspirou mais uma vez, guiando uma das mãos aos cabelos dele numa suave carícia, e realmente, tinham uma textura tão semelhante aos cabelos do outro, macios. Gemeu baixinho ao sentir o aperto e mordeu o lábio inferior, mantendo ainda os olhos fechados.
Jun lambeu os próprios lábios, tocando seu sexo e sua inicial ereção. Não queria realmente perder tempo, mas ia devagar, tentando dar a ele a vaga impressão de estar com o outro, do contrário, teria sido interrompido e não queria. Levou a mão para dentro de sua roupa, e tocou sua pele quente sobre um músculo rijo, iniciando um afago de vaivém. O menor se assustou com o toque tão direto e quase pulou da cama, mas não o fez, apenas desviou o olhar a ele, meio de canto, porém voltou a fechar os olhos logo após.
- F-Faz tempo que ninguém me toca aí.
- Você não disse que havia feito a pouco tempo?
O maior indagou, sarcástico. E com início ritmado e forte, passou a masturbá-lo.

- Ah... - Tadashi gemeu prazeroso ao sentir o toque e mordeu o lábio inferior. - A-Acho melhor você vir logo, não vou aguentar essas carícias todas.
- Hum, apressado. O que vamos usar de lubrificante?
Jun indagou e afastou-se suavemente, tirando as próprias roupas. O menor s
uspirou a observá-lo e retirou as roupas igualmente, indicando a ele a carteira no móvel ao lado e pegou a camisinha, rasgando-a com a boca.
- Mas... Eu quem vou comer.

- Você? - Disse, arqueando a sobrancelha. - Mas você quer comer o Nowaki? Ah, não parece isso.
- Não pra ele, mas é justamente esse o ponto, estou me guardando.
- Ah, e acha que ele vai te comer?
- Se não quiser, pode sair.
- Ah, como você é sem coração. - O maior disse e deixou as roupas, ficando desnudo ainda assim. - Beleza, não me importo.

- Você que quis transar comigo sem sentimentos, sabe de quem eu gosto.
Tadashi falou a ele e suspirou, segurando-o pelo braço e puxou-o sobre si, obviamente após colocar o preservativo e teve cuidado com ele, já que sabia que era dolorido, aliás, imaginava, afinal era virgem daquela forma. E vez ou outra deslizava as mãos pelo corpo dele, acolhendo-o consigo e tomando-o como ele queria, como queria fazer com o outro e não podia, e somente ao fim, quando chegou ao ápice foi que fechou os olhos e chamou o nome do doutor sem muita altura, mas o suficiente para que ele ouvisse.

Quando por fim Jun terminou com ele, de uma forma muito mais rápida do que gostaria. E claro que o provocaria algum tempo depois, por hoje deixaria, afinal, havia conseguido algum prazer e pretendia usufruir, se o provocasse, talvez não tivesse mais como dar uma passada de tempo. E se abaixou, debruçando-se sobre ele, a beijá-lo. Porém fora mesmo nessa hora, nessa mesma posição de ambos, que alguém passou em frente a porta. 
O doutor deu suaves batidas na porta, mas entrou logo prontamente, afinal era seu médico e não seu visitante.
- Tadashi, vamos, medicamento.
Disse prontamente ao abrir a porta, mas só voltou a atenção a ele após entrar. Franziu o cenho ao notar a posição em que estavam os pacientes. Deixou sobre a mesa o pequeno copo que ressoou os dois comprimidos dentro dele.
- Se arrumem, isso não é motel.

O menor se assustou ao ouvir o barulho da porta e empurrou-o mesmo sutilmente de sobre si, observando o médico que acabara de entrar e puxou a calça sobre o corpo, esquecendo-se até mesmo da camisinha que usava.
- Nowaki!

O moreno fechou a porta ao sair, e por Deus, quando pensava que suas merdas terminariam, conseguia novamente achar alguma coisa errada. Perguntava-se se no fim era culpado por achar tudo tão errado ou se ele era um erro por si só. Entrou no consultório e tratou de formular a ordem aos supervisores que tratassem e averiguar visitas de demais pacientes aos quartos dos outros, a fim evitando que aquilo virasse algo como um presidio. O menor suspirou, saindo logo da sala e correu em direção à saída, adentrando seu consultório e encontrou os seguranças, que se retiravam ao ver a si.
- Nowaki, desculpe.
- Não vou desculpar nada, Tadashi. Mas aqui não é motel e nem um presídio, entendeu?

- ... Hai... - Uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça. - Desculpe.
Ele falou e preferiu assim, mesmo que dissesse a ele, ele não entenderia de qualquer maneira.
- E não olhe como se eu fosse o culpado, você acha que pode fazer a merda que quiser aqui. Já não consigo nem agir com cara de paisagem e falar como seu médico, porque eu fico indignado.

 O menor assentiu em silêncio novamente e desviou o olhar.
- Volte pro seu quarto. - Disse, se aborrecendo ainda mais com o jeito como agia.
- ... Eu só transei com ele porque ele me disse pra fechar os olhos e imaginar que era você. - Falou a ele, observando-o.
Nowaki achou ainda mais absurdo ao dizê-lo e antes que pudesse fechar a porta ao ter deixado o consultório, o retrucou.
- Não seja absurdo, não aja como se eu tivesse culpa de você ir pra cama com alguém. Quer dizer então que vai transar com qualquer pessoa que disser isso a você?

- Bem, você não me quer, então?
- O que? - Disse, sem entendê-lo.

- Você não me quer, então por que quer interferir se eu transo ou não com outras pessoas pensando que são você?
- Você está na minha clínica, não num bordel. E não me importo, se você é fácil e quer transar com qualquer um, faça.
Tadashi arqueou uma das sobrancelhas.
- Fácil? Eu sou fácil? Você não sabe de nada. Não sabe quem sou eu, não sabe nada sobre mim, não haja feito um idiota.

- Ora, não acabou de falar que transou com alguém qualquer só pra fingir ser eu? Foi fácil.
- Eu não disse isso, perguntei porque você se importa.
- Não, você não falou, disse que transou com alguém pra fingir ser eu. E no caso, era alguém qualquer, logo você fez o que nega ter feito, porque sabe que no fundo isso foi ridículo.
- E se for, porque você se importa?
- Porque aqui não é um bordel. Não faça isso na clínica, quando sair, pode transar com o Jun se quiser.
Tadashi riu, cínico.
- Você é uma rocha mesmo. Vou sair, desculpe transar na sua clínica.

- Não sou uma rocha. Quer que eu diga o que? Pra não transar com os outros porque vou pra cama com você?
- Sei que você tem vontade.
- Ah claro, te dei muitos sinais disso mesmo.
- Eu sei que quer, não precisa me dar sinais.
Nowaki riu, entre dentes.
 - Certo, Tadashi. Volte para o seu quarto, e mande o Jun para o dele.

- Vou mandar.
O moreno o ignorou portanto, seguindo a atenção ao trabalho, ainda abismado pelo que havia encontrado no quarto e mesmo em como a situação havia piorado com a conversa que tivera com ele. 
- Mas primeiro acho que vou pedir pra ele fazer de novo.
- Não aqui na clínica. - Disse, erguendo a direção visual a ele.
O menor sorriu e negativou, seguindo para fora como fora mandado e voltou para o quarto, observando o garoto ainda ali, sentado.
- Acho melhor você ir.

O médico suspirou, já mal humorado, e certamente chegaria do mesmo modo em casa.
- Filho da...

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