Fei e Hazuki #8 (+18)


- Ah...
Fei suspirou já a sair do quarto, horas após ter entrado com o último dos clientes e de face lavada, maquiagem retirada e roupas de dormir. Havia se banhado pouco tempo atrás ali mesmo, e ao cruzar com o chefe pelo corredor, não deixou de dar-lhe uma passada de mão, o provocando com aperto nas nádegas e logo desceu a saída de casa. Típico se sentou em pouca distância da entrada. Na plataforma de madeira, balançava o leque fronte a face e observava o jardim oriental bem cultivado.

O menor havia acabado de sair da casa de banho, voltava ao quarto com a toalha e pegou um dos quimonos próprios para dormir, colocou ambos os braços no mesmo e antes de fechar o obi ouviu o barulho da porta, abrindo um pequeno sorriso.
- Fei? Eu estava pensando em você, hum. - Sorriu e virou-se, observando ali ao invés dele, o chefe e uniu as sobrancelhas. - Katsu? 
- Ah estava, hum?
- H-Hai, ele é meu amigo.
Hazuki puxou o quimono para fechá-lo e abaixou a cabeça, vendo os passos do outro a se aproximar de si e ergueu sutilmente a face.

- Olhe pra mim.
O outro assentiu, erguendo a face e o observou. O rapaz analisou o rosto do pequeno e levou uma das mãos abaixo dos olhos, retirando o pouco da maquiagem restante.
- Suas olheiras estão enormes... 
- E-Eu... Já estou indo dormir... Estou meio cansado. 
- Ficou acordado na outra noite?
- Não...
O rapaz maior segurou o pequeno pelos cabelos, observando seu rosto e Hazuki deixou um gemido baixo escapar, levando uma das mãos até o local onde o outro segurava, dolorido, mas sem ameaçar tirar a mão dele do local, sabia que se o fizesse ele faria pior.

- A verdade.
- Mas estou dizendo a verdade... - Uniu as sobrancelhas.
- Eu ouvi os barulhos ontem, Hazuki, vocês estavam conversando, umas quatro da manha, acha que eu sou idiota?
- D-desculpe...
O maior virou um tapa na face do pequeno e soltou-lhe os cabelos, deixando-o cair, com a força do tapa, ajoelhado.

- Espero não te ouvir de novo conversando essas horas da madrugada, Hazuki. 
O chefe se virou e sem mais, saiu do cômodo. O moreno levou uma das mãos à face sobre o local dolorido e fechou o próprio quimono já aberto pelos movimentos, observando um dos amigos na porta do quarto enquanto observava a si e fechou a porta, buscando o obi para fechar a roupa e segurando as lágrimas nos olhos.
Fei deitou-se no solo de polida madeira escura. De lado, tinha uma das pernas dobradas e esta em tênue abertura no tecido do quimono, dando ventilação a pele abaixo das peças, que sutilmente eriçava, porém sentia o clima fresco e continuava abanando a face com o leque. Posto ainda a apreciar a paisagem daquela casa, e talvez fosse o lugar que mais gostava. Sentou-se quando enfim ouviu os passos corridos a direção, fitou um dos cortesões que se aproximava e sentou-se posto de joelhos ao lado de si.
- O que há?
Ele indagou ao jovem de cabelos ruivos e tão compridos quanto os próprios, a pele branca e de bochechas rosadas, era tão feminino quanto Hazuki.
- Katsuragi estava brigando com o Hazu. - Murmuriou tão alerta feito um gato, talvez em medo do chefe do bordel. - Acho que bateu nele.
Fei ouviu ao garoto, responsável pelos cuidados de si em pele, cabelo e roupas, vezes maquiagem.
- Weihe?
O loiro indagou ao ruivinho que deu de ombros, indicando que não saberia dar uma resposta. Suspirou e negativou a se levantar, lhe afagou os cabelos em agradecimento e caminhou a entrada de casa, não se pronunciou 
a Katsuragi, apenas subiu as longas escadas cobertas em veludo e se dirigiu ao quarto do alheio mencionado antes, abriu a porta como já era de costume e tornou encostá-la ao entrar.
Hazuki ajeitou-se sobre a própria cama, encolhendo-se e cobriu-se com um dos cobertores, permanecendo em silêncio, e as lágrimas escorriam pela face, não sairía do quarto, já que não gostava que ninguém visse a si chorando. Ouviu o barulho da porta e limpou rápido a face com o quimono, voltando-se ao loiro na entrada do local e sentou-se.
- Fei...

O loiro se encaminhou ao futon macio no centro do espaçoso quarto e sentou-se a sua beira, ao lado do outro.
- O que houve?

Uma das mãos o menor passou pela própria face pouco vermelha.
- Katsuragi me bateu... - Murmurou.

- E por que?
Fei puxou-lhe a mão que tocava a face, e ao enlace de seu corpo, envolto a região do ombro, lhe deu inclinação sutil a deitá-lo sob o peito. O pequeno se a
jeitou, repousando a face próxima ao tórax do outro e suspirou, sentindo as lágrimas novamente deixando os olhos.
- Ele disse que viu as minhas olheiras e que ouviu nossa conversa voltando pro quarto ontem... Que eu devia dormir mais cedo e que não queria ouvir mais conversa a noite...

- Uh, quando ele disser algo assim mande ele brigar comigo também.
Hazuki negativou.
- Eu tenho medo dele... E ele não iria brigar com você... Ele te olha sorrindo, estão sempre brincando, mas quando é comigo, ele sempre me bate... Não se lembra da surra que eu levei quando era pequeno?

- Hum, eu não me lembro. Mas talvez seja porque você continua a selecionar os clientes, algum motivo deve existir.
- Iie... Acho que ele não gosta do fato de eu andar tanto com você.
- Ah, claro, porque o Katsuragi tem muitos motivos pra te bater por causa disso.
- E se ele gostar de você, ah? É o unico aqui que dorme com ele.
- Oh é mesmo, Katsuragi é apaixonado por mim.
Hazuki riu baixinho, levando uma das mãos até a face, limpando as lágrimas.
- Deve ser.

- É claro, não vê como é óbvio? E eu durmo com vários outros homens e mulheres e ele só tem ciúme de você.
- Ele me bate desde criança, Fei... Quando eramos crianças não eramos oirans.
- Crianças... Meu anjo, quem o vê falando assim pensa que estamos aqui desde meros pirralhos. Fazem apenas alguns anos.
- Eu era uma criança. - Hazuki estreitou os olhos.
- Apesar que é uma criança até hoje.
Fei riu a provocá-lo e pouco o apertou entre o abraço. Hazuki r
iu baixinho de mesmo modo e ergueu a face, observando o maior.
- Eu te amo.
Fei deu uma pequena pausa, processando as palavras e sorriu em seguida.

- Também te amo, Gong Zhu-sshi. Agora já parou de chorar e pode dormir.
- Não quero dormir...
- Então quer ir caminhar comigo, uh?
Hazuki assentiu.
- Mas você vai ter que dormir comigo de novo... Se o Katsu me pegar no quarto quando voltar eu vou ter algumas fraturas amanhã.

- Katsuragi já deve ter ido para a cama.
- Não importa, ele ouviu a gente ontem.
- Ouviu, mas não vai levantar pra bater em você.  E não importa, durma em meu quarto.
O menor assentiu, levantando-se.
- Por que nunca dorme aqui, hum?

- Hum, se quiser durmo aqui.
- Não, tudo bem... Acho que já é tarde... Quer mesmo dar uma volta ou quer dormir, ouji?
- É você quem decide, Gong Zhu.
Hazuki ajeitou o quimono e sorriu a ele.
- O que faz ai sentado, hum? Vamos.

- Esperando a princesa decidir.
Fei se levantou, ajeitando as vestes de uso para dormir e se encaminhou a porta do quarto, o deixando. Hazuki c
aminhou atrás do outro, segurando-o pela manga do quimono e observava os lugares com cuidado, escutando os barulhos pelo local para ver se o chefe já dormia. O maior negativou num riso sem som ante a meticulosidade do outro e ao encontro das escadas as desceu devagar até a saída do bordel.
-  Onde vamos? - Murmurou.
- Apenas caminhar. 
O loiro lhe expôs um dos braços, dando-lhe apoio ao semelhante e passou a caminhar.
- Hum, Hai. - Suspirou, acompanhando-o no caminho.
- Vamos a um jardim qualquer, onde não haja ninguém.
- Mas não é perigoso?
- Se não há ninguém, não tem como ser perigoso.
- Hai... Sabe onde é?
- Do lado do bordel. - Riu - Não vamos longe.
- Hum... Eu preciso sair mais. - Riu.
- Costuma ir somente a cidade.
Disse o maior ao dobrar a direta, encaminhando-se a lateral do terreno da casa, entre o verde da paisagem, porém quase não vista e escurecida pela noite.

- Sabe... Podíamos morar num lugar tão bonito quanto esse... Onde poderíamos sair todos os dias e dormir até tarde...
Hazuki observou o maior, puxando-lhe a manga do quimono.

- Um dia o fará, uh?
Fei cessou o passo ao dizê-lo e voltar-se a ele. Hazuki a
ssentiu, observando o local e o maior tornou voltar-se ao caminho e o seguia ao meio das poucas árvores, porém volumosas na folhagem das sakuras de época. O menor abaixou-se e pegou uma pequena flor vermelha, observando-a e sorriu, virando-se.
- Ouji-sama. Olha. - Estendeu a flor, mostrando a ele.

Fei levou a mão a aceitar a flor mostrada e levou-a entre os cabelos negros e compridos do outro, a prendendo no lugar.
- Fica muito mais bonita assim.

Hazuki riu, sentindo as bochechas pouco coradas.
- Que flor é essa?

- Acredito que seja uma papoula. Não sei exatamente.
- Ah... - Sorriu. - É linda.
- Combina com você.
- Ora, ouji. Está me cortejando, hum? - Riu baixinho.
- Estou, Princesa.
Fei disse em baixa voz, a soar em tom maior conforme aproximado ao outro. 
O sorriso sumiu dos lábios do pequeno e uniu as sobrancelhas, observando-o.
- Hum?

O loiro riu ao tornar se afastar e típico lhe deu uma piscadela.
- Não leve a sério.

- Hum... - Assentiu.
- Ou não.
Fei tornou dizer-lhe ao levá-lo cuidadoso ao tronco da árvore de folhagem rosada, curvou-se a tê-lo em mesma altura e face defronte, lhe beijou os lábios já num acompanho rápido com a língua. 
Hazuki se assustou, arregalando os olhos e encostou-se no local, nem podendo observá-lo direito e os lábios foram tomados pelo beijo. Levou ambas as mãos aos ombros dele, afastando-o de si e virou a face,  tentando evitar o beijo.
- Fei, Fei... Pare.

- Meiyo.
O loiro disse em pouca distância que tomou conforme evitado, porém lhe virou a face e tornou investir a ela, lhe delineando os lábios róseos com a ponta da língua.

- Porque está fazendo isso, ah? Disse que era só por ontem...
- E qual diferença faz?
- Somos amigos, não amantes.
- As pessoas que o beijam não são seus amantes.
- Hum?
Hazuki observou o outro tão perto de si, unindo as sobrancelhas novamente.

- Uh?
- Como assim?
- Não preciso ser seu amante para beijar você. Não quer que eu o beije?
- E-Eu... Eu não sei.
- Então me diga para não beijar você.
- Iie...
Fei pendeu a face ao lado a observá-lo e tornou investir a direção do alheio, empurrando a língua ao interior de sua boca. Hazuki fechou os olhos ao vê-lo se aproximar, aceitando o beijo e retribuiu o mesmo, finalmente, e não queria realmente negá-lo, subindo uma das mãos até alcançar a face do maior, acariciando-o no local e massageava a língua dele com a própria.
O loiro deixou o corpo ereto ao tê-lo beijado, e passeou-lhe a boca conforme retribuído, roçando-as sem lentidão, e sem agilidade. Ao colo o elevou, contra o tronco atrás de suas costas o apoiava e puxar suas coxas as laterais da própria cintura. O menor gemeu baixinho, ajeitando-se no local e levou as pernas ao redor da cintura dele como ele queria, deslizando uma das mãos pelas costas do maior enquanto continuava o beijo.
Com a direta, Fei deslizou a mão sorrateira abaixo do macio tecido do quimono, apalpando-o ao longo do comprimento até a nádega, massageando-a no aperto e correu ao tecido íntimo, o afastando a tocá-lo em seu âmago, porém era breve ao voltar a mão ao próprio corpo, afastar o quimono de fino tecido e o mesmo fizera com a roupa íntima. O sexo ligeiro levou entre suas nádegas e empurrou ao interior, sem deixar de beijá-lo, serpenteando-lhe a língua e somente vacilou quando enfim se teve inteiro dentro e gemeu baixo contra o toque entre os lábios, e passou a se empurrar consecutivo, voltando ao beijo.
Hazuki uniu as sobrancelhas ao senti-lo adentrar as próprias roupas, deslizando a mão sobre a face dele até lhe alcançar os cabelos, agarrando-os entre os dedos e puxou-os levemente. O gemido baixinho deixou os lábios ao senti-lo adentrar o corpo, soando junto ao dele e abriu um pequeno sorriso nos lábios, retribuindo o beijo da mesma maneira e não iria retrucar. A mão subiu pelas costas dele, segurou o tecido do quimono, apertando-o entre os dedos e gemeu pouco mais alto ao sentir o inicio das investidas.
Fei empurrava-se firme em cada uma delas, e cada rastro da voz em gemido surtia do impacto entre ambos os corpos, porém o beijo perdurou de modo ousado e sugestivo e ia lhe sugando a língua, os lábios. Hazuki mordeu-lhe o lábio inferior, puxando-o entre os dentes e logo o soltou, cessando o beijo e buscou ar, gemendo baixinho com as investidas do outro. Inclinou pouco o pescoço para o lado e com a mão sobre os cabelos dele o trouxe para si, levando os lábios do outro ao próprio pescoço.
O loiro desceu em caminho a pele, de lábios a face e dela ao pescoço. Mordia-o levemente puxando a cútis entre os dentes e acariciava-a com a língua logo após. O corpo continuava a empurrá-lo contra a madeira do tronco a cada investida, e insistiu em seu ponto mais sensível interior afim de senti-lo firmar seu âmago, gemia baixinho, abafando a rouca voz que surtia contra sua branca pele, úmida num leve traço de saliva.
Hazuki sentia os leves arrepios pela pele com os estímulos no pescoço e levou ambas as mãos aos ombros dele, abaixando pouco o quimono, adentrando-o com uma das mãos e deslizou pelas costas novamente, arranhando a pele e marcando-a de vermelho. O gemido mais alto novamente deixou os lábios ao senti-lo empurrar o próprio corpo contra a arvore atrás de si e estremeceu sutilmente ao senti-lo atingir o ponto sensível do corpo. Deslizou uma das mãos ao próprio quimono, desviando o olhar ao local e adentrou os tecidos, segurando o membro entre os dedos e apertou o mesmo, gemendo baixinho em alivio ao liberá-lo da roupa intima, já ereto.
A mão do maior desviou atenção a alheia, repousada sobre o ponto excitado do outro, firmou os dedos contra ele e passou a deslizar ágil seu tamanho ereto, o acariciando durante o aperto a corrê-lo, e não vacilava com o feito do quadril, investindo diversas vezes contra o mesmo ponto, até finalmente atingir o ápice e permitir o sêmen a correr ao seu corpo. Apertou-o ainda mais entre os dedos, porém afrouxou logo após.
Hazuki fechou os olhos, apreciando cada um dos movimentos do outro e uniu as sobrancelhas ao senti-lo masturbar a si, retirando a mão do local e deslizou a mesma pelo pulso dele, logo retirando-a do quimono e levou ao ombro do maior, apertando-o no local. As unhas se cravaram na pele dele ao sentir o líquido quente no próprio corpo, tão prazeroso e gemeu pouco mais alto, mordendo o lábio inferior com o aperto no membro e atingiu o ápice logo após o maior, sujando as mãos do outro e pouco do quimono que usava.
- Hum...
Fei grunhiu em prazer e fora minimizando os movimentos. Os dedos sujos levou a boca, saboreando seu fel enquanto já podia tê-lo em vistas, encarando suas orbes azuis e devagar o postou no chão. Hazuki a
briu os olhos aos poucos, observando o outro a lamber os dedos e abriu um pequeno sorriso nos lábios, descendo do colo dele e não disse nada, apenas abriu a boca, aproximando-se, num pedido para lamber os dedos dele e ajudá-lo. O maior se voltou ao outro e num meio sorriso introduziu vagarosamente o dedo em sua boca. O moreno sugou o dedo do maior, lambendo-o em seguida e observava-lhe a face, limpando-o. Ao concluir, deu um sorrisinho de canto e a expressão lasciva aos poucos se dissipou a repousar a cabeça no tronco árvore e sentiu o coração acelerado aos poucos se acalmar.

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