Ryoga e Katsumi #5 (+18)


Katsumi dormia confortável em sua cama, já era início de noite, mas no dia anterior ficara acordado até mais tarde com o vampiro em sua casa e nem sabia porque estava fazendo aquilo, não era do tipo que se apaixonava facilmente. Frequentava aquelas boates atrás de pessoas com quem ficar e de fato não costumava segui-las para suas casas, não entendia porque com ele fora diferente.
Por trás da cortina que voava pelo quarto, já que a janela aberta, estava parado o rapaz a observá-lo, e ponderava igualmente se deveria ir em frente e falar com ele, ou se devia ficar ali parado somente observando-o. Estava se sentindo meio estranho, nunca havia se sentido daquele modo, e nem devia, por isso se sentia confuso em vê-lo tão perto e querer tocá-lo e mesmo quando não o via e queria falar com ele.
Suspirou, vencido por si mesmo e seguiu em direção à cama, retirando no caminho as roupas e deitou-se ao lado dele. Obviamente levou um tempo até se aproximar e tocou-o nos cabelos numa breve carícia, esperando pela resposta dele, que apenas suspirou, sem acordar. Estava pronto para agarrá-lo, quando ouviu o risinho vindo do outro.
- O que faz aqui, Ryoga?
- Então estava acordado?
- Claro que estava.
- Hum, está ficando espertinho. Vim te ver.
- E por que?
- Não tinha nenhum passivo atraente na boate. Sentiu minha falta?
O menor suspirou e assentiu, se sentia um idiota, mas sentia mesmo falta dele, então como mentiria? Ele tinha o próprio sangue correndo no corpo, sabia disso.
- Hum, e o que quer fazer?
- O que acha que vim fazer?
O maior sorriu, meio de canto e virou-se, rapidamente colocando-se acima do outro e ajeitou-se entre as pernas dele.
- Estava dormindo sem roupas?
- Estou na minha casa, não posso?
- Hum...
Ryoga guiou ambas as mãos às coxas do outro e guiou-as ao redor do quadril, era sexo que queria, e daria a ele. Sem delongas, guiou-se em meio as nádegas do outro, roçando-se ali até empurrar-se para dentro. Katsumi deixou escapar um gemido baixo com o roçar do corpo, que aos poucos se tornou dolorido com a penetração e gemeu mais alto, agarrando-se a cama dele, sem esperar pelo movimento brusco daquele modo, esperando alguma preliminar, qualquer coisa.
- Ah! Porra... Ryoga!
- O que? Não era isso que queria, hum?
O menor se contorceu, sutilmente e agarrou-se a ele, ao redor de seu pescoço e observou-o em meio a expressão sutil de dor.
- Porra, eu estava dormindo...
- Relaxe...
O suspirou escapou dos lábios do maior, que abriu um sorrisinho malicioso e abaixou-se, selando os lábios do outro, que o encarava meio de canto, mas que aos poucos afrouxou a expressão seriosa e sorriu igualmente, tocando os lábios do outro num beijo. A língua dele tocou a do outro, nua carícia enquanto os quadris de Ryoga se mantinham parados, esperando-o se acostumar ao toque e por fim ao cessar o toque dos lábios se afastou, observando-o.
- Quer que eu o foda, hum?
- Quero fazer amor.
Ryoga sorriu de canto.
- Eu nunca fiz amor, rapaz.

- Tem sempre a primeira vez.
Katsumi falou a ele e suspirou, abrindo um pequeno sorriso e abraçou-o, deixando escapar o gemido baixinho com o sutil movimento que sentiu contra o corpo.

- Por que devo fazer amor com você, ah? Esse sexo casual e café com leite de casal apaixonado.
- As vezes é bom...
- As vezes é bom? Já fez com alguém? - Ryoga indagou e moveu-se novamente. Ambas as mãos levou em suas coxas, espaçando-as e fitou sua ereção já evidente. - Isso excita você.
Katsumi negativou à primeira pergunta e sorriu para a segunda, agarrando-o contra si e lhe selou os lábios algumas vezes.
- Mas... Que... Mudança... Drástica.
Disse entre o selo, abafado em seus lábios. Apalpou suas coxas, conhecendo o sexo café com leite como havia lhe dito a ele. Sem itens, sem fetiches. Sem dor. 

- Você pode me machucar se quiser, mas com as mãos... - O menor murmurou e suspirou, mordendo-lhe o lábio inferior.
- Está apaixonado?
Ryoga indagou, provocando-o, embora tivesse uma breve ideia de que algo nele estava diferente dos dias anteriores, afinal, partilhava de seu sangue desta vez. Só não podia dizer que era paixão ou amor, mas parecia carente. 
Katsumi o observou em seus olhos mesclados de amarelo e logo desviou o olhar, sem saber o que dizer, mas como sempre, resistiu.
- Não, só quero um pouco de carinho.

- Sei. - Disse o maior e moveu-se, cerrando os dentes com força conforme sentiu-se dentro, em seu fundo. - Até que fica sensual com essa carinha confusa.
O menor estremeceu, sutilmente e agarrou-se a ele, levando ambas as mãos ao redor de seu pescoço, puxando-o para si e lhe selou os lábios algumas vezes, outra vez.
- Não estou.

- Confuso não, mentiroso.
Ryoga retrucou e afastou-se, num gesto abrupto logo tomou-o para virá-lo de costas e fê-lo de quatro. Com as mãos em seus ombros dos quais algum apreço nutrido, puxou-o para si e penetrou-o até o fundo, firme, e seguiu o ritmo. O menor v
irou-se, agarrando-se ao lençol da cama e fechou os olhos, abaixando a cabeça a se apoiar ali com firmeza, deixando escapar o gemido alto ao senti-lo se empurrar para si, ainda desacostumado ao gesto.
- Gosta de me deixar de quatro...

- Gosto das suas costas. E gosto de como penetro mais fundo e você sabe que sente mais prazer.
O maior retrucou e puxou novamente. Deslizando as mãos dos ombros aos braços e deles à cintura, por onde o tomou. Logo aos quadris, apertou-lhe as nádegas firmes e ao se empurrar a ele, notava a contração da região e sentia-a no sexo.
Katsumi uniu as sobrancelhas, permanecendo em silêncio ao ouvi-lo, mas sabia que era verdade. Suspirou, fechando os olhos e os gemidos mais altos ameaçavam deixar os lábios, tentando sufocá-los na garganta, mas era tão bom que não conseguia.
- Por que não toca seu pau, ah? Se masturbe. Ou talvez eu seja suficiente pra você.
Ryoga disse e moveu-se, estocando-o pela enésima vez.  Pendeu-se, e aspirou o cheiro corrente em seu pescoço, seu sangue misto, embora certamente já tivesse algum tempo de vampiro, sua humanidade era quase escassa, porém ainda sentia um leve odor de sangue humano. Era uma mistura realmente agradável e lambeu seu pescoço ao pensar sobre isso, embora inconscientemente.

O menor sorriu ao ouvi-lo e guiou uma das mãos ao próprio membro, tocando a si, apertando, sentindo, ele tinha razão, era estranho estar com ele na cama sem sentir dor alguma, o costume era que ele arrancasse pedaços de si. Suspirou e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar ao local onde tocava e masturbou-se do mesmo modo como ele estocava a si, e sentia-se quente, por mais que soubesse que era um vampiro. E aquela calmaria durou pouco, já que o maior logo guiou o acessório ao redor do sexo novamente, o maldito anel.
- Quer um arreio? Quer que eu prenda seu pau e deixe ele roxo? Adoraria poder ver isso.
- Não quero... Ah! - Falou a ele. - Uma coleira seria legal, já que acha que sou se animal de estimação, mas longe do meu pau...
- Uma coleira? Quer ser domesticado?
- Hum, talvez.
- Quer que eu seja seu dono?
- Hum.
- Você não consegue nem mentir direito.
Ryoga riu e empurrou-o para a cama, colocando-o deitado e fez-se deitado sobre ele. Embora não deixasse o peso, visto que provavelmente era mais pesado que o rapaz. Mordeu em sua orelha, lambeu e até tirou uma gotinha de sangue do lóbulo perfurado.
- Me diz, do que você trabalha.

Katsumi se deitou e gemeu novamente, dolorido, desviando o olhar a ele, sutilmente a observá-lo.
- Eu... Sou escritor.

- Contos eróticos? - Retrucou imediato e riu baixinho.
- Já escrevi alguns.
- Qual o foco?
- Hum, o mais recente é de um vampiro comendo um humano.
- De modo literal ou sexual?
O maior indagou e moveu-se. Havia já sussurrado enquanto de olhos fechados apreciava o cheiro de seu pescoço, seu perfume e sangue. Mordiscou e mordeu-o vagarosamente, empurrando os caninos para dentro dele. 

- Literalme...
Katsumi cessou a frase ao sentir as presas dele que se cravavam na pele e gemeu dolorido, abaixando a face a morder o travesseiro e sua fronha, rasgando-a com os caninos. O maior s
entiu-se enrijecer ainda mais diante do prazer de tomá-lo. Com os dentes penetrados, tal como o sexo, moveu-se mais vigoroso enquanto sentia o seu sabor.
- Hum... você, saboroso.
Sussurrou e lambeu a pele, porém voltou a mordê-lo. O menor a
ssentiu e desviou o olhar a ele, porém estava preocupado, mas não diria a ele o motivo, não era necessário. Gemeu mais alto, sentindo-se dolorido com o objeto ao redor do sexo e uniu as sobrancelhas.
- Ryo... Eu quero gozar...

Ryoga o sugue, tomando seu sangue, sentindo seu sabor, e era evidente que se retesou inteiro. Enquanto os toques se tornavam mais fortes, firmes. E vigorosamente prosseguiu, até que o permitisse gozar. Katsumi fechou os olhos, segurando-se ao lençol da cama a sentir os movimentos dele, firmes e suspirou aliviado ao ter o anel retirado, atingindo o ápice finalmente, o que já estava incomodando a si há um tempo. Sujou o lençol e o abdômen, mas não levantou-se para se certificar.
O maior sentiu cada espasmo de seu corpo, denunciando seu clímax. Mordeu-o pela quarta vez e ao afastar-se, mordeu o próprio lábio, satisfeito. Estocou com força, e deixou-se gozar dentro dele, ainda continuamente investindo pra ele. Katsumi se sentiu fraquejar ao sentir o ápice dele e mordeu o lábio inferior, sentindo o liquido gelado dentro de si, morno, mas de qualquer jeito sabia, tinha gozado. Suspirou e piscou algumas vezes, a vista turva, estranha e aos poucos soltou o lençol da cama, sei muitas forças para apertá-lo.
- Aonde tem sangue?
Ryoga indagou, e soou pesado, rouco. Moveu-se uma última vez antes de sair de seu corpo, notando sua fragilidade. Katsumi n
egou com a cabeça, ouvindo a voz dele ao longe, e de fato realmente não tinha nenhum sangue estocado, fazia alguns dias que não comia, era horrível, mas tinha os motivos para isso. Moveu a cabeça, tentando se livrar daquela estranha sensação que deixava o corpo mole.
- Como é estúpido. Sai pra beber todos os dias?
O menor negou novamente, observando-o como podia.
- Então o que está bebendo?
- Água... - Murmurou.
- Hum, está tentando morrer. Bem, vou deixar isso acontecer.
O menor uniu as sobrancelhas, de fato não estava, não achou que fosse ficar naquele estado, não sabia muito sobre vampiros e achava que poderia ficar sem sangue por algum tempo.
- Não acredito que vou ter que sair e trazer algo pra você tomar. Meu sangue não te fará efeito algum.
- Não é preciso... - Murmurou. - Vou melhorar.
- Por que ficou sem beber? É burro por acaso?
O outro negou com a cabeça.
- Não posso dizer.

- Por acaso tem dó de humanos?
- Não...
- E então?
O menor suspirou, não pensava direito, estava a beira de um desmaio, certamente se estivesse pensando corretamente não diria a ele.
- Costumava trazer garoto pra cá... Os fáceis que andavam pela boate e os matava... Guardava o sangue por alguns dias e depois trazia outro... - Piscou algumas vezes novamente e por pouco não o deixou falando sozinho. - Desde que fiquei com você.... Não tive vontade de trazer mais... Mais ninguém... Eu não sei caçar... Achei que não morreria se ficasse sem... Sem...
Falou e aos poucos perdeu a noção do que dizia, como o efeito de uma anestesia e fechou os olhos, perdendo a consciência.
 Ryoga ouviu o moreno. E embora soubesse que tinha gostado da noite, ainda que omitisse, surpreendeu-se com a facilidade no qual fora sincero pela falta de força. Ora, e realmente havia se apaixonado, pensou.
- Ah, parece que vou ter problemas com um garoto apaixonado.
Disse, embora fosse apenas uma brincadeira consigo mesmo. Levantou-se, vestiria as roupas e traria sua bebida.

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