Ikuma e Taa #4


Taa acordou, a dor de cabeça maior do que a vontade de abrir os olhos e logo se sentou na cama, esfregando os olhos e os abrindo aos poucos, observou o quarto e virou-se, vendo o outro ao lado de si, ainda dormindo. Assustou-se e afastou-se num sobressalto, caindo da cama direto para o chão, ao lado do maldito tapete.
- AHH! Que diabos você tá fazendo aqui?!

Ikuma franziu o cenho e gemeu baixinho ao ser desperto de maneira nada agradável. A mão esquerda se foi até as pálpebras, friccionando-as levemente com a ponta dos dedos, e sequer dera-se por conta do local em que estava, e muito menos da presença alheia, por mais que tivesse sido audível, e em muito bom tom, a voz exclamativa e indagativa do rapaz que anteriormente pousava ao lado. O maior deitou-se no chão, gemendo baixo pela dor de cabeça forte devido a batida e claro, a ressaca, e levantou-se, voltando a se deitar ao lado dele no colchão.
- Ikuma... Porque está aqui..?

Os olhos nipônicos do loiro estavam suavemente inchados de sono, ainda mais por passar a noite com lentes sobre as íris e estes abriram-se minimamente conforme erguera o tronco em leve arqueação da coluna, assim pôde fitar a face ao lado e passou alguns segundos longos o observando, por fim, a face fora bruscamente jogada sobre o travesseiro novamente e os olhos tornaram a se fechar. O outro estreitou os olhos e pegou o travesseiro, colocando sobre a face a cobrir-se.
- Ah que dor de cabeça... O que aconteceu ontem...? Ta, esquece, você não vai me responder...

Ikuma deu um longo suspiro que fora sonoramente notável. Permaneceu em silêncio por alguns minutos e então tornou a erguer a face, e observar o outro com os mesmos olhos irritados, porém muito bem abertos desta vez, expondo o tom vermelho dos orbes irritadiços.
- O que eu estou fazendo aqui.. ?

- Não faço ideia nem do que eu estou fazendo aqui, deitado numa cama com você... Espera... - Estreitou os olhos e sentou-se - Ahn... Eu posso sentar, você não fez nada.. - Voltou a se deitar.
- Tsc... - O menor resmungou conjunto ao pequeno riso e a curva suave que se formou no canto esquerdo dos lábios. - Não quero jantar você, lagartixa, fique tranquilo. - Voltou a pousar o rosto no travesseiro fofo e confortável, escondendo o olhar novamente. - Você bebeu pouco e ficou bêbado, não sabia nem ir pra casa, não me deixou nem ir embora. Queria tirar minhas roupas quando estramos no quarto, depois diz que não quer nada comigo.. Sua bicha.
O maior o fitou e pegou o travesseiro, batendo na face dele com o objeto macio.
- Eu duvido muito que eu tenha feito isso, princesa

Ikuma riu preguiçoso, o riso quase chegava a ser lento com a voz suavemente rouca de sono. Suspirou lânguido e sentou-se lentamente sobre o colchão. Os olhos continuaram fechados por algum tempo, e permaneceu inerte sobre a cama.
-  Você não sabia ir pra casa. Apesar de ter lhe mostrado onde morava, você não quis subir na sua árvore.  Só não sei o que eu estou fazendo aqui... E eu nem estava bêbado.

- Acho que deve ter pego no sono... - Disse baixo.
- É, a razão mais plausível, apesar de que ainda não me lembro nem de ter chegado ao quarto...
- É, ou eu te dei uma pancada na cabeça e te tranquei aqui dentro comigo.
- Hum..  Deve ter sido. Já fez o que queria?
- Já, já abusei de você enquanto dormia.
O menor permanecia com as pálpebras cerradas. Estendera as mãos diante dos olhos alheios.
- Tá, me dê o dinheiro para o tratamento de AIDS e o cartão pra abrir a porta.

- HÁ, se vira, moleque. - Riu e gemeu novamente, levando uma das mãos à face. - Ai... Pode ficar tranquilo, não abusei de você...
Ikuma riu e finalmente abriu os olhos, voltando-os na direção alheia. - Como se eu fosse ingênuo o suficiente pra acreditar nisso. Você estava só o pó ontem. Agora me dê o cartão e vamos embora.
- Eu não me lembro que diabos eu fiz... Mas não abusei de você... Eu acho... Nem bêbado eu iria querer você, princesinha. - Pegou o cartão ao lado de si no móvel e o entregou.
- Hum, como é idiota, bem esperado de um predador. Eu acabei de dizer que certamente não faria nada, mesmo se quisesse, você nem aguentava o peso do corpo.
O menor pegou o cartão e levantou-se, ajeitando as peças trajadas e amarrotadas. Os cabelos lisos, pouco ásperos devido o produto fixador,  entrelaçou os dedos a eles e tentou ajeitá-los. Os olhos percorreram o grande quarto, e encaminhou até o banheiro. Pegou a escova de dentes branca, tirou-a da embalagem, cortesia do hotel, e usou-a para escovar os dentes, livrando-se, ou quase, do leve aroma alcoólico. O pequeno sabonete neutro, usou, meticulosamente sobre a face e pálpebras devido as lentes ainda nos olhos.
- Tsc...
Resmungou e secou a face com a toalha de rosto, novamente tentou alinhar os fios engrenhados e voltou ao quarto após a pequena higienização. Tateou o corpo e notou estar sem o casaco, encontrou-o sobre o móvel e fora até ele, tirando de seu bolso interior o box preto com detalhes azuis, a qual pegou um dos cigarros e acendeu-o logo com o zippo, tornando a guardá-los.
- Vai ficar? - Indagou-o após dar uma longa tragada.

Taa se sentou na cama, observando-o em sua arrumação pelo quarto, não tinha tanto interesse assim em arrumar a si, portanto somente ficou ali.
- Não... Ah... Estou enjoado... - Murmurou.

O loiro estalou os dedos afim de chamar a atenção do outro e assim que a obteve, direcionou o dedo indicador ao banheiro.
- Vai lá.

O maior se levantou e correu até o banheiro, fechando a porta, ajoelhou-se em frente ao vaso sanitário e vomitou toda a bebida da noite anterior. Levantou-se e deu a descarga, observou-se em frente ao espelho e suspirou.
- Ai que péssimo, Taa...
Falei para si mesmo, ajeitou os cabelos e retirou a maquiagem borrada dos olhos, pegando a outra escova de dentes sobre a pia e escovou os dentes assim como o outro. Saiu do banheiro, ainda ajeitando os cabelos e encostou-se na porta.
- Me sinto melhor...

- ... Como consegue ficar ruim desse jeito?
- Sei lá... - Suspirou.
- Você deve estar é doente. Sua aparência já não está nada boa. Aliás, você quase consegue ficar simpático sem maquiagem. - Dera uma nova tragada no cigarro, alguns segundos depois expeliu a fumaça.
- Não estou doente... Só sou... Muito branco.
- E feio, e magro...  - O menor caminhou até a janela e através dela jogou a bituca do cigarro mentolado, conjunto a fumaça que passou sobre os lábios e pouco através das narinas. - Quer comer alguma coisa?
- Seria bom...
O maior bocejou, cobrindo os lábios com uma das mãos, espreguiçando-se.
- Então vamos. Tem que fechar a conta.
O loiro se voltou até a porta e usou o cartão guardado anteriormente no bolso traseiro da calça em couro. Após abrir e dar-se de frente ao corredor encarpetado, deixou o quarto e caminhou até o elevador, pressionou o botão e esperou-o. O maior c
aminhou para fora do quarto junto a ele e cruzou os braços, observando o elevador.
Ikuma adentrou a caixa de metal após abrir as portas do mesmo material. Tornou a pressionar um dos botões que levava até o saguão.
- Bem, acho mais saudável que coma uma salada ao invés das suas folhos secas.

- Não cansa de me zoar não, moleque?
O de cabelos cinzas continuou do mesmo modo, de braços cruzados e o fitou.

- Moleque?  - Ikuma riu sutil em som nasal. Apoiou o cotovelo sob a parede de metal e deu apoio a face sobre a palma da mão. - Estou dizendo a verdade, lagartixa. Deve viver de folhas, é tão magrelo.
Desencostou-se e fora em direção alheia, as mãos encontraram os braços cruzados do rapaz esguio e descruzou-os. Sem permissão, tipicamente, erguera a veste alheia, expondo o tronco ténue do conhecido e analisou-o. Certamente o sorriso já estava impresso nos lábios, próprios e por fim soltou o tecido.
- É, magrelo.

Taa observou o outro e suspirou, puxando as mãos dele a retirá-las de si.
- Não encoste em mim, insuportável.

- Ah, isso torna ainda mais interessante de provocar você. Porque é tão arisco, uh?
O menor indagou no murmurio e deslizou o dedo indicador rapidamente sobre a face do outro, encaminhando-se a sair do elevador assim que este parou no saguão. O outro e
streitou os olhos e suspirou, saindo do elevador e seguindo o outro. Retirou o dinheiro do bolso e entregou a ele.
Iie... Vá lá, o RG usado foi o seu.
- Ô, caralho... - Pegou o dinheiro novamente e caminhou até a recepção. Mostrou o RG ao atendente e pagou a estadia no hotel, logo voltando ao outro. - Pronto.
- Porque você é tão chata, Taais?
- Não sou chata, e meu nome é Taa.
- Chata.. - Riu ao ouvi-lo referir-se a si mesmo no feminino. - Então, Taa. Você é chata. Você quer parecer homem, é uma bicha enrustida que só sabe reclamar. Você devia receber uma boa rola na bunda pra parar de reclamar tanto, talvez isso suprisse sua desilusão amorosa e te fizesse mais mansa.
- Só estou repetindo o que você disse, irritante. Não tenho nenhuma desilusão amorosa!
A mão fora de encontro a face do loiro, dando-lhe um tapa que ressoou alto pelo local e passou por ele, caminhando na frente.

- Você é corajoso...
Ikuma murmurou com um sorriso forjado nos lábios. Com passos objetivos alcançou a pequena distância que o outro havia imposto e lhe segurou os cabelos da nuca ao entrelaçar os dedos, puxando-os inclemente, consequentemente o fez cessar os passos à frente e encostou-o ao concreto da rua, por fim lhe soltou os cabelos e o punho avançou ferozmente em frente sua face, porém ao ter-se milimetricamente a distância e lhe dar um esporro e lhe causar uma forte apunhalada, desviou e encostou-a na parede a qual este apoiava as costas e concluiu com um sorriso.
- Gosto disso.

Taa se assustou ao ser puxado e encostado no local, encolheu-se, fechando os olhos, preparando-se para sentir a dor do soco que viria tão logo quanto ele levantou a mão. Porém, permaneceu dessa maneira por alguns segundos e abriu os olhos aos poucos, fitando-o em seguida, quando nada veio.
- ....Não vai me bater?

- Hump... - Ikuma deu o riso único, soado abafado entre os lábios unidos e com leve curva no canto esquerdo. Afastou-se do outro e afundou as mãos nos bolsos frontais do couro. - Vamos, lagartixa, ouço seu estômago falando.
O maior se desencostou do local e passou a caminhar ao lado dele, observando-o algumas vezes, meio de soslaio, e ainda não o entendia muito bem, nem o que fazia com ele.
Ikuma se s
entou numa das cadeiras artesanais e bem detalhadas no local, aspirou o aroma do café e do leve toque de cacau. A cafeteria do hotel era aconchegante, confortável, tão luxuriosa quanto todo adornamento do edifícil. Folheou o cardápio, optando por mocaccino somente. Taa observou o cardápio logo após o outro e pediu uma xícara de chá preto, era melhor não tomar café ou outra coisa pesada, observando o local a volta quando satisfeito com o pedido.
- Chá?!  - Exclamou e indagou ao mesmo tempo. -  É, você gosta de ser anoréxico.
- Ah, estou bem assim.
- É, tanto faz. Vai continuar feio mesmo antes de morrer.
Ikuma agradeceu a servente com um pequeno sorriso e adoçou minimamente a bebida quente, acrescentando algumas pitadas de canela, e provou, satisfeito deu um novo gole no café e pousou a xícara branca sobre o pires.

- Obrigado, novamente. - O maior pegou a xícara e bebeu um gole do chá, fitando-o e só nessa hora notou que o outro usava as lentes de contato. Você não tira essa droga não? Dormiu com ela?
- Que droga? ... - Indagou-o. 
- Ah... A lente.
- Ah, sim.. Esqueci de tirar. Aliás, como eu disse, não me lembro sequer do momento em que me deitei. Mas não costumo ficar sem lentes, só pra dormir mesmo.
- Ah sim... Que horror, não consigo me lembrar de nada...
- E mesmo que fosse tirá-las, não teria onde guardar. Mas, a intenção era te deixar no quarto e ir embora. Acho que a bebida fez efeito repentino. Não.  - Novamente sorveu alguns goles pequenos da bebida.
- É, como diabos você foi parar ali...? - Riu e bebeu mais alguns goles do chá.
- Definitivamente eu não sei...
Os olhos do maior fitaram o chá, o balcão e logo a garçonete próxima que sorriu a ambos.
- Vocês são um belo casal.
Taa estreitou os olhos à moça e fitou o outro, gargalhando por alguns segundos.
- Casal? Com essa coisa irritante? Prefiro namorar o meu cachorro.

Os olhos do menor se voltaram em direção à moça, qual que apreciou por sua beleza inocente e sorriu, talvez não muito gentil.
- Porque acha que somos um casal?

O maior bebeu mais alguns goles de chá, tentando não rir.
- Porque... Vocês entraram juntos e estão se falando desde que entraram... E... Bem, vocês parecem mulheres... 
Logo pousou a xícara no balcão, arqueando uma das sobrancelhas.
- Hum, compreendo. Mas o que faz dessas características citadas, a conclusão de que somos um casal?
- Realmente.
A moça sorriu enquanto mexia nos cardápios.

- Não sei... Mas você que está tomando chá tem meio cara de... Gay...
- Como é? - Levantou-se.
- Pare Taais.
Ikuma se levantou e as mãos foram aos ombros alheios, empurrando-o para baixo, fazendo com que o maior se sentasse.
- Bem, Não somos um casal. - Direcionou os olhos cinzentos à moça e sorriu da maneira mais lasciva que pôde, expondo um gentileza atuada e voltou o olhar ao conhecido. - Mas é porque ele não me quer... - Olhou-o com um semblante entristecido e levou ambas as mãos à dele, segurando-a, a levou em frente aos lábios, depositando um beijo sobre o dorso e levou-a a própria face, roçando-a sobre a pele. - Me diz porque não me quer, uh... Eu jamais me senti assim por outro homem... Eu somente tive mulheres em minha vida, mas você é diferente... Fique comigo, Laga... Digo, Taa... Fique comigo, faça amor comigo uma vez sequer.
Modera o lábio inferior, direcionando um pequeno sorriso ao rapaz, este que não deixou as vistas da moça. Taa a
rqueou uma das sobrancelhas novamente e ficou a fitar o outro, ouvindo-o e puxou a mão segurada.
- Você-é-problemático!
A moça observou os dois e o vocalista sentado com aquela reação, aproximando-se.

- Fique com ele... O que ele fez?
O maior suspirou.
- Ele é um doente mental, não tá vendo que ele tá fingindo?
- Pare com isso... Pare de me tratar assim. Não tenho culpa de amar você...

- Mas que diabos... - Fitou o outro e depois a moça.
- Como você é idiota! Daqui a pouco ele chora...
- Chora? Chora nada, esse arrombado não vai chorar. Pare de encher o saco, Ikuma!
Ikuma abaixou a cabeça, e o riso fora contido segurado entre os lábios pressionados um ao outro. Ao erguer novamente, olhou a moça que parecia triste por si, sorriu a ela, sem força. Suspirou e arrastou o assento próximo ao alheio. A mão fora delicadamente à face do conhecido, e lhe fez uma pequena carícia, virando-a para si, aproximou-se quase a lhe tocar os lábios mas sem tocá-los, e foi capaz de sentir a respiração alheia misturada a própria e sussurrou.
- Não precisa me aceitar, só fique ao meu lado... - Sorriu a ele, e o soltou, voltando a posição anterior. - Não se preocupe moça...

Taa arregalou os olhos ao ver o outro tão perto e permaneceu a fitá-lo mesmo depois de se afastar, sem entender nada. Observou a moça que também não entendia, mas que certamente achou a si um canalha pela cara fechada que fez e deu um tapa bem certeiro na própria face, saindo do local logo em seguida, derramando algumas lágrimas. Levantou-se.
- Moça! ... - Sentou-se novamente, fitando-o. - Você é um idiota sabia?

- ... - Ikuma passou algum tempo em silêncio, observando o caminho seguido pela moça. E por fim, fora incapaz de não rir. - Nossa, eu não sabia que ela ficaria assim...
- É obvio, animal, ela é mulher.
O maior deixou o dinheiro de ambos os pedidos sobre a mesa e levantou-se, caminhando para a saída.

- Ah, que seja, você que é irritante, não entendo essas mulheres. E bem, continue indo embora, posso pedir consolo à ela depois, certamente o verá ir embora. Oh, meu amor não correspondido... Que triste.
O maior voltou e segurou a mão do outro, puxando para fora consigo. Ikuma fora puxado e não hesitou. O riso soou muito bem audível e soltou-se após chegar ao exterior do hotel.
-  Que grosseiro... - Provocou. 

- Grosseiro? ... Você fez a mulher chorar e me bater, animal.
- Ah, vai se ferrar, cara... Você é muito sensível também. Está irritadinho porque encostei em você, é? Você nem conhece ela. Eu nem imaginei que ela fosse chorar assim.
Taa riu.
- É tem razão, ela mereceu, me chamou de viado. Na próxima eu te puxo pra fora e digo que vou te foder.

- Aham. Mais fácil você vacilar e dizer que vou te foder.
- Você tem mais cara de menininha.

- Ah, não me provoque, amor... Não seja tão ruim comigo.
Taa estremeceu, falsamente é claro.
- Que horror ouvir isso, parece até que me ama mesmo, que pesadelo.

Ikuma gargalhou.
- Não se preocupe, lagartixa.

- Não estou preocupado, mocinha.
- Não foi eu que fui taxado como gay. Aliás... Sequer taxado, é uma bicha mesmo.
O outro estreitou os olhos.
- Quem você acha que seria a mulher disso aqui? Desesperado porque eu não correspondo...

- Hum.. Que raciocinio limitado. Não são só os ukes que tem amores não correspondidos.
- Hã, eu sei...
- É, então, Lagarta... Reflita.
- Enfim... O que vamos fazer agora?
- Oh, quer fazer algo acompanhando o insuportável aqui, é?
- Na verdade não, perguntei o que faríamos agora porque você está apaixonado por mim e eu não te amo... Vai se matar?
- Hum, talvez, se eu já não estivesse morto o suficiente.
- Hum, morto...?
Ikuma sorriu ao outro.
- É lagarta, tenha medo de mim.

- Porque disse isso?
O menor arqueou uma das sobrancelhas direcionando as íris azuis ao rapaz de porte magro.
- O que? Acha que estou morto, lagartixa? Mais fácil você estar do que eu..

- Ah não me assuste, porra!
O riso rasgado do loiro aos poucos se tornou pouco mais audível.
- Assustou-se com o que?

- Sei lá, vai que você era um tipo de... Zumbi.
- Se for assim, deve se assustar sempre que se olha no espelho. Você realmente parece um zumbi. Pronto, você é feio pra caralho.
- Eu sei que você me acha lindo, ok.
Ikuma assentiu com a cabeça, pressionando os lábios.
- Ah, vai se foder, vou embora também.
- Brincadeira, lagarta... Hey!

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