Ryoga e Katsumi #2 (+18)


O sol já havia se posto, Katsumi havia seguido o outro desde que deixara a casa, sempre seguindo seu cheiro e tinha certeza que ele estava ali, justamente porque fora o único aroma que não pôde tirar da cabeça, se tivesse uma chance, um momento com ele de novo, mostraria o quão forte era e que podia dominá-lo, mesmo sem considerar a questão de força, já que era um vampiro transformado e o outro não.
Manteve-se ali escondido, observando-o na entrada do prédio até que ele finalmente subisse com o elevador, e não entraria com ele, correu adentro do local, observando o andar e esperou o elevador novamente, subindo calmamente a seguir a única pista que tinha, o olfato. Ouviu o barulho dentro do apartamento, de pratos e panelas, e imaginou que ele estava fazendo algo para comer, mas não sabia, de qualquer modo não ouvira mais ninguém ali com ele, nem sentira o cheiro, só o forte cheiro de sangue humano que ele devia estar consumindo. Esperou um longo tempo e quase cochilou do lado de fora do apartamento, o suficiente para que não houvesse mais barulho algum em sua casa, só então entrou, caminhando devagar 
por ale em direção ao quarto, já com a porta parcialmente aberta e luzes desligadas, prestes a amanhecer, sabia que ele dormia, e era a hora certa para atacar. Adentrou rapidamente o cômodo e se jogou sobre ele, prendendo suas mãos com as próprias.
- Achou que não me veria mais, hum?

Após a generosa taça de sangue, Ryoga levou-se ao banho. O qual aproveitou na banheira, de olhos fechados. E podia sentir um cheiro em particular, especificamente já sentido antes. Mas não se importava, era agradável e ainda engraçado de senti-lo por ali. Ele era o que? Estúpido ou ingênuo demais? Perguntava-se, e até via-se sorrindo sozinho, quando não se perdia numa leve brisa de cansaço. Levantou-se do banho e tomou porte da toalha felpuda de pelo azul marinho e após tatear todo o corpo, deixou-a nos ombros, secando as pontas respingadas dos cabelos a altura. Deitou-se na cama hora mais tarde, e já sentia seu cheiro um pouco mais a longe. Deixou de lado a toalha e acomodou-se na cama, dormiria já que certamente seu bote tardaria um pouco mais. Quase sentia o descanso dominar quando sentiu o cheiro aguçar as narinas. Os pulsos rendidos contra a cama, sem realmente dominá-los. Seu peso pouco, embora não fosse baixo, era esguio. Descerrou os olhos e voltou o olhar a seu rosto, que parecia satisfeito.
- Estava vendo o quanto demoraria pra chegar até aqui. Demorou demais.

Katsumi estreitou os olhos.
- Não se incomoda por eu saber onde você mora? Agora você vai aprender o que é bom.

- Vai me dar algo gostoso pra comer?
- Eu vou te matar de novo!
- Quanto rancor, morceguinho. Não gostou de um pouco de dor, ah?
- Não!
O pouco menor falou a ele e avançou sobre o outro, cravando as presas rapidamente em seu pescoço descoberto. Ryoga s
entiu os dentes penetrados sob a pele, na divisão entre ombro e o pescoço. Suspirou com um gemido rouco ao sentir a pele grosseiramente rompida.
- Hum... Você é ousado demais, Katsumi. - Disse, lembrando de seu nome um pouco feminino. - Vou deixar, um pouco.

O outro lhe sugou o sangue por um pequeno tempo, sentindo o sabor do sangue humano há pouco tomado por ele e afastou-se, observando-o.
- Ora...

- Ora o que? Acha que vou me contorcer por uns dentinhos de leite?
O menor estreitou os olhos.
- Quer mais do que teve no fim de semana?
- Eu odeio você.
- Odeia tanto que veio atrás de mais.
- Eu vim pra te matar.
Ryoga riu.- Veio, veio mesmo.
Katsumi estreitou os olhos e com uma das mãos acertou o rosto dele, em seu queixo num soco. O maior retrucou com a mão em seu punho, a pouco acertado à face e estalou seus dedos entre as mãos, certamente causando algum deslocamento entre eles.
- Não seja ingracioso.

O moreno gemeu ao sentir os dedo apertados por ele e estreitou os olhos, raivoso por novamente não poder fazer nada contra ele, afinal, era mais fraco.
- Não vou esquecer o que você fez!

- Hum, é? Veio aqui me encher o saco? Ou fode ou sai de cima, garoto.
Katsumi puxou a toalha que ele usava e arrancou a calça que usava igualmente, jogando-a ao chão.
- Vou fazer o mesmo com você

- Duvido. - Desafiou-o. 
- Ah, eu vou.
E segurou-se entre os dedos a deslizar em uma sutil carícia, estimulando-se, e não era preciso muito, o corpo dele excitava a si. Guiou-se entre as pernas dele, acomodando-se ali.

- Ah, mas que adorável, está com desejo sexual, querendo me comer? Já está duro só de olhar? Sabe que posso arrancar seu pau numa puxada só, hum?
- Sei, mesmo assim.
Katsumi roçou-se a ele, em sua entrada como ele havia feito consigo antes e abriu um pequeno sorriso, malicioso e sabia que ele era forte, mas não sabia ao certo medir sua força, não era muito experiente sendo um vampiro, visto que há pouco havia se tornado um, não sabia que estava se atirando na boca do leão indo ali.

- Já brincou o suficiente?
Ryoga indagou, e levou uma das mãos entre seus cabelos negros, deslizou sob a mandíbula e tocou seu piercing no queixo. Moveu-se abruptamente a cama, jogando-o para baixo.

- Não!
O outro se segurou firmemente ao lençol, mantendo-se ali e estreitou os olhos a ele.

- Você quer que eu o coma de novo, não quer?
- Não, idiota.
- Diga logo. Diga que quer meu pau no meio da sua bunda.
O moreno menor estreitou os olhos mais uma vez.
- Eu não quero!

- Quer sim. Talvez eu devesse pegar algum chicote até você dizer.
- Nunca vou dizer.
- Então talvez você queira algo mais suave. Quer que eu faça amor com você?
- Não!
- Então quer o que? Só sentiu minha falta, hum?
- Eu vou fazer isso com você.
- Quer me comer?
- Quero.
- Olhe pra você, olhe pra mim.
- E daí?
- Você tem cara de quem quer ser comido por mim.
- Não, não tenho.
- Você enrola demais.
Ryoga o puxou por seus antebraços tomando-os para trás a tê-lo de costas, e roçar o ventre nu em suas nádegas igualmente despidas, o outro n
egativou e uniu as sobrancelhas, agarrando-se ao lençol da cama. O maior sorriu diante de sua postura hesitante, mas que dizia exatamente que queria aquilo. Segurou o sexo e roçou-o entre suas nádegas, em sua entrada e Katsumi ergueu-se, agarrando-se à cama e tentou se levantar.
- Pare!

- Você tem um corpo incrível. Me faz querer cortar toda a sua pele.
O maior falou baixo, porém suficientemente audível a ele e roçou-o novamente, não havendo delongas para penetrá-lo, deslizando habilmente para dentro. Katsumi g
emeu alto, dolorido e agarrou-se ao lençol da cama, sentindo-se novamente preso por ele, embora no fundo, talvez fosse isso o que queria, mas não queria admitir. Uniu as sobrancelhas e prendeu-o em si, apertando-o firmemente.
- Hum... - O outro moreno gemeu, abafado entre os dentes e puxou-o novamente pelo braço. - Você é mais gostoso do que me lembro.
Katsumi sentiu os olhos preenchidos pelas lágrimas e piscou algumas vezes, certificando-se de que nenhuma delas escaparia e puxou o braço, tentando se livrar do toque dele, incomodado por ter sido feito de passivo novamente, quando não era bem isso o que pretendia desde o início.
- Posso ser gentil hoje, vou te deixar escolher, quer que eu te foda ou que te faça amor, ah? Fala pra mim o que essa bunda veio procurar.
- Vá pro inferno!
- Foder, okay, então vamos.
- Eu não...
Ryoga levou ambas as mãos em seus quadris, agarrando-os com força, embora não precisasse de empenho para fazê-lo e puxou-o com aquela proporção, sentindo estalar pele à pele. E deslizar em seu corpo estreito, porém já inchado, parecia receptivo, moldável. Evidentemente já estava excitado.
- ...Não!
O outro gritou ao senti-lo puxar a si e novamente o comprimiu dentro do corpo, apertando-o a sentir o latejar do corpo com o movimento, achava que não conseguira se acostumar com aquele toque, até senti-lo atingir a si no ponto tão sensível interior, aí quando a onda de prazer atingia o corpo, se esquecia do resto.

- Sua teimosia, me faz querer ainda mais.
O maior retrucou e com a mão que livrou por um instante, deslizou a acariciar, ou não, sua pele com as unhas, marcando-as a longo de seu dorso. O outro f
echou os olhos e mordeu o lábio inferior, perfurando-o com a presa afiada, arrancando sangue e com as unhas rasgou o lençol dele.
Ryoga levou a mão sob os finos fios de sua nuca e agarrou-os, puxando-os no comprimento, e a cada estocada que lhe dava. Causando atrito consigo.
- Não... Ryoga! Me solta!
O menor puxou os braços e agarrou-se novamente à cama, tentando se afastar dele o quanto pudesse.

- Você quer isso, Katsumi. Eu sei que você queria transar comigo. Quer que eu o tome, que te puxe os cabelos, e meta meu pau bem no fundo. Quer meus braços te forçando, e gosta disso ainda mais quando tenta me dizer que não.
- Eu nunca ia querer uma coisa dessas! ... Está me machucando! - O menor falou a ele e abaixou a cabeça.
- Então quer fazer amor, é? Embora isso não pareça muito a sua cara.
- Não quero nada com você, seu maldito!
- Hum, então quer que eu o deixe ir embora?
Katsumi manteve-se em silencio por um pequeno tempo, ponderando.
- Me solte logo!

- Certo, vou soltá-lo. - Disse o maior e afastou-se, o suficiente para ameaçá-lo.
O menor suspirou ao senti-lo se retirar aos poucos de si e apoiou-se na cama, tentando se levantar a sentir as pernas sutilmente trêmulas, tentando se apoiar com força para que pudesse levantar.  Ryoga o deixou com sua inércia, ou não, visto que tremia, sobre a cama e caminhou até a gaveta no closet, pegando dois pares de presilhas com baterias ligadas à ponta. Um anel justo emborrachado. Pressionou o botão que ligou a vibração do anel peniano e encaixou-o em sua ereção, na ponta dela. As presilhas usou em seus mamilos, prendendo um após o outro com o par.
- Hey! - Katsumi falou a ele a observá-lo e estreitou os olhos. - Você... Você me deixou ir! Sai! Me solta!
- Você veio até a mim. Você quer isso.
- Não!
- Cale a boca. Cu doce.
O maior disse ao moreno e voltou a penetrá-lo, metendo o sexo outra vez em suas nádegas e quadris trêmulos. O outro se a
garrou à cama, tentando se segurar e gemeu em tom alto, unindo as sobrancelhas ao sentir a passagem agora fácil dele para dentro do corpo.Ryoga apertou o anel em torno de sua glande, e deixou-o vibrar e sensibilizar a sua ponta. Penetrou-o novamente, com força, acometendo-se vigoroso para ele, a ponto em que ouvia ressoar o corpo ao seu. O outro estremeceu e caiu sobre a cama, tentou afastar-se, agarrando-se aos lençóis, porém não poderia arrancar o colocado em si e doía, doía o corpo todo.
- Para...

- Não tomei seu sangue, não cortei você. Se está aqui, é porque quer estar.
O maior levou a mão sob seus cabelos escuros e puxou-os, segurando-o somente ali enquanto montava-o, penetrando-o com força. Katsumi f
echou os olhos e sentiu a lágrima escorrer pelo rosto, única, sem poder conter devido a sensação dolorida e prazerosa ao mesmo tempo e virou-se a observá-lo.
- Não... Eu vim pra fazer isso com você...

- Mas quis ser meu agora. Está sentindo prazer, eu posso sentir, afinal, tomou o meu sangue.
- Não... Não é assim que funciona.
- Não é? E como funciona?
- Eu não estou excitado!
- É claro que está. Seu pau está duro e meu sangue pode sentir você.
O menor suspirou e mordeu o lábio inferior, de fato sentia-se excitado, mas não diria.
- Quer que eu o morda? - Indagou num sussurro e soou lascivo.-  Você quer saber se estou excitado?
- Eu sei que está.
- Como sabe?
- Porque você está duro.
- Você também está e diz não estar excitado.
- Mas comigo é diferente...
- Por que?
- Porque eu não quero!
- Quer. - Ryoga retrucou e virou-o na cama, puxando-o defronte, dando suas costas ao colchão. - Olhe bem pra mim.
Katsumi desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas, silencioso. O maior sorriu ao rapaz e puxou de leve o piercing abaixo de seu lábio, soltando a levar ambas as mãos em suas coxas, afastando-as enquanto ajoelhado em sua frente, entre suas pernas.
- O que você quer? - Estreitou os olhos a ele.
- Nada, quero olhar pra sua cara excitada. - Puxou-o pelas coxas, estalando-o no ventre. - Gosto de ver seu pau ficando inchado e sufocado pelo anel.
O menor uniu as sobrancelhas e gemeu dolorido,desviando o olhar ao local mencionado, que sofria.
- Por que não está tentando fugir, hum?
O outro suspirou.
- Se vai fazer isso comigo, pelo menos não me torture.

- Hum, não torturar como? Não estou torturando você.
- Está sim.
- Só por que seu pauzinho está apertado?
Não só ele.
- E seus peitinhos?
- Não são peitinhos!
- São.
Ryoga sorriu, evitando o riso por sua alegação. E puxou uma das presilhas, livrando-o, e abaixou-se, deslizando a língua em sua pele, no pequeno ponto, que sujou em sangue ao delineá-lo com a língua que perfurou por um instante. Katsumi s
entiu o corpo estremecer ao sentir o contato do sangue com a pele e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás, deixando mais do que óbvio a excitação que sentia.
- Você... Hum...

- Eu o que? - Indagou o maior e mordiscou-o entre os dentes frontais, puxando-o de levinho.- Gosto dos seus mamilos.
O outro gemeu, dolorido pela mordida.

- Não gosta.
- Gosto. Quero comê-lo. - Chupou-os com força, marcando sua pele.
Katsumi segurou os cabelos dele, puxando-os com certa força entre os dedos, tentando afastá-lo do local ou acabaria sem eles. Ryoga os lambeu posteriormente com a ponta da língua e levou a mão desocupada em seu membro, correndo os dedos por todo o comprimento de sua base. 
- Tira... Tira essa coisa, por favor... - Falou a ele, já sentindo-se pulsar dolorido.
- Você é tão fraquinho.
O maior resmungou e soltou-o do anel peniano, porém, o contrário do silicone, envolveu seu membro com a mão, ainda o impossibilitando de gozar. Katsumi g
emeu, dolorido novamente e uniu as sobrancelhas.
- Solta... Eu não volto mais aqui, eu juro.

- Você vai voltar, sabe por que?
- Hum?
- Porque você quer dar pra mim.
Ele suspirou, irritado e Ryoga riu.
- Quer que eu o prenda numa coleira pra isso soar mais fácil pra você?
- Não.
O maior segurou a presilha noutro de seus mamilos e apertou-a em torno da região.
- Então virá por vontade própria? Oh, então engolirá o orgulho?

Katsumi gemeu novamente e puxou a mão dele onde apertava, batendo nela.
- Solta!

- Por que não tenta ser um pouco fofo, hum?
O maior indagou e voltou a apertá-lo, ignorando o tapa na mão.

- Porque está doendo... - Falou a ele e novamente sentiu as lágrimas nos olhos.
- Hum...Que gracinha.
Ryoga voltou a puxar a presilha como ultimo toque dolorido na região e ao livrá-lo, deslizou suavemente a língua, acariciando o local, dando-lhe um agrado. O menor s
uspirou e fechou os olhos, ainda mantendo as pernas separadas a ele e a expressão dolorida na face com cada pequeno ato de tortura dele.
- Você quer gozar, Katsumi?
O outro assentiu apenas.
- Então por eu estar de bom humor, vou te fazer gozar bem gostoso.
O vampiro maior disse e puxou o moreno, tomando-o sobre o próprio colo, sentado fronte a si e embaixo dele, ainda se apoiava nos pés, empurrando-se para dentro dele a medida em que envolveu e moveu rapidamente o punho, estimulando seu sexo já tão duro, sensível. Katsumi u
niu as sobrancelhas, ainda estranhando a sensação de tê-lo em si e gemeu, porém apreciando os movimentos que arrancavam os arrepios de si, tentando não se importar de estar sendo feito de passivo.
Ryoga fitou seus olhos avermelhados e por pouco, até que voltasse a atenção em sua pele pálida e fincasse os dentes, penetrando-o, a sentir o sabor de seu sangue ligeiramente vampírico, ligeiramente humano.  Era saboroso. Mas não sugou demasiado, apenas continuou a mordê-lo, e gostava da sensação dos dentes pressionados em sua carne. Apertou sua glande e voltou a mover habilmente o punho, masturbando-o no ritmo dos quadris.
Katsumi sentiu as mordidas e gemeu, por um momento desejando gozar logo para que não fosse mais torturado por ele, mas não precisou esforçar-se, já que estava com vontade. Gemeu mais alto, sentindo o corpo estremecer e agarrou o lençol da cama, apertando-o entre os dedos ao atingir o ápice, deixando o prazer na mão dele. O maior sentiu nos dedos o toque liso e pegajoso, denunciando seu ápice frio. Tal como o seu corpo trépido. Massageou-o mais devagar, tomando todo seu prazer, puxando de seu membro até expelir todas as suas gotas. E estocou-o novamente, deixando que o clímax mutuamente fosse atingido, e jogado em seu corpo desprotegido, acima do próprio.
- Não goze dentro!
Katsumi falou a ele, tarde demais ao senti-lo atingir o ápice e suspirou, repousando ambas as mãos sobre a cama.

- Gozo, gozo dentro de você, ratinho.
O outro estreitou os olhos.
- Parece que vou dormir leve essa manhã.
O menor suspirou.

- Vou embora
- Tudo bem, você pode ficar, não acho que suas pernas vão aceitar seu peso.
- Não vou dormir com você.
- Bom, você quem sabe. Não vou te levar daqui.
Katsumi estreitou os olhos.
Você não é casado?

- Uh, e só agora pergunta isso?
- Ora, como eu saberia?
- Entrou na minha casa, nem se perguntou se minha esposa visse você, ah? Ou filho.
- Filho?
- Filho.
- Você tem um filho?
- Quer conhecê-lo? - Indagou e sorriu canteiro.
Katsumi negativou, visivelmente decepcionado. 
- Não seja tão desagradável. Eu vou buscá-lo.
Ryoga disse e ajeitou o moreno sobre a cama, era evidente o fato de que suas pernas estavam fraquejando e sorriu sugestivamente ao observá-las, malicioso ou debochado. Levantou-se, servindo ao desconhecido uma taça de vinho, um pouco temperada pelo que dava gosto ao tinto. Envolveu somente um lençol amarrotado em torno dos quadris, e caminhou pelo quarto até deixá-lo.

O menor torceu os lábios ao ouvi-lo e ajeitou-se na cama, experimentando o vinho e suspirou, deixando a taça sobre o móvel, negativando consigo mesmo, não acreditava que ele pudesse ter realmente uma família, era idiota.
- Parece que eu encontrei um outro ratinho na cozinha.
Disse o maior, não tardando a voltar. E pôde vê-lo ainda na cama, talvez chegasse até mesmo a se surpreender na sua falta de tentativa de levantar-se com suas pernas trépidas. Tinha no colo a figurinha perdida há pouco na cozinha. Tinha olhos inchadinhos de sono, pele branca e suja de vermelho. Cabelos tão pretos quanto os do moreno na cama. E que se jogavam denunciando seu sono recente, com leves ondulações, e brilhosos.
- O que você comeu?
- Macarrão...
- Como conseguiu abrir a geladeira?
- Não sei, papai.
Dizia o pequeno com a voz manhosa, rouca, com palavras não pronunciadas de forma exatamente corretas. E abriu seus olhos de levinho, encarando o estranho na cama. Tinha o par de olhos azuis vívidos, quase esverdeados e com fortes gotas douradas, que não pegavam-no totalmente, como respingos de tinta metálica. E levou-o para cama, enquanto ainda via seus olhos cintilantes indagarem mudamente quem estava na cama. E com um lenço tentou limpar seus lábios sujos de molho ao sugo.
- Erin, esse é o Katsumi.
Ryoga colocou sua pequenez sobre a 
cama e viu-o se confortar no lençol com seu pijama que mais parecia uma camisa branca comprida e ainda fitar curiosamente o rapaz.
Katsumi desviou o olhar a ele e em seguida à criança com ele, confuso sobre quem era o pequeno, porque seus olhos eram tão diferentes, e também sobre o porque ele havia mostrado o próprio filho a si, era um intruso, mas por fim assentiu, num sorriso sutil, cobrindo o corpo com o lençol a esconder as marcas causadas por ele durante o sexo.
- Oi.

Ryoga sentiu vontade de rir, porém não fez e sentou-se na cama observando os olhos curiosos do pequeno e seu dedinho esticado, alcançando a pequena esfera prateada no queixo do rapaz, tocando rapidamente. O menor se encolheu sutilmente, abraçando as próprias pernas, distanciando-se pouco do garoto.
O pequenino pendeu sutilmente a cabeça e seus cabelos desgrenhados. Virou-se para o maior com um sorriso sonolento.
- Vai minha mamãe?

Katsumi arqueou uma das sobrancelhas e negativou.
- Seu pai não é suficiente, Rin?
Ryoga disse ao pequeno, que assentiu com a cabeça, e se deitou na cama, ainda observando o moreno em frente, que parecia tão curioso quanto o garoto, que aos poucos adormeceu, ainda voltado ao rapaz.
- Mas pode .
- Vai dormir sujo de macarrão, Erin.
Disse o maior, embora ele já dormisse e fitou o moreno, ainda confuso e adorou a expressão em seu rosto.
- O que foi?

Katsumi desviou o olhar a ele, analisando sua expressão e negativou, sem saber o que dizer.
- Decepcionado? - Disse e tocou-o em seu queixo, tal como o próprio filho. - Queria ter um filho meu?
O menor negativou, novamente.
Erin é meu filho, embora não biológico. O encontrei deixado por seus pais que provavelmente não aceitaram sua mutação genética. Mas eu sei que é lindo, e se parece comigo.
- Ele é fofo.
- Não se preocupe, ainda posso te dar muito prazer ou muita dor, não tenho uma esposa.
- Você tem um filho.
- E qual o problema?
- Como pode ser tão pervertido?
Ryoga arqueou a sobrancelha.
- Ter filho significa que eu devo ter a vida sexual inativa?

- Não.
- E então, ah? Só quer tentar me provocar?
- Também.
- Vou levar ele pra cama, acho que você precisa de um pouco mais.
- Não, não preciso.
- Então vou fazer com ele aqui mesmo.
- Não!

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