Shohei e Yukinori #9 (+18)


Yuki caminhou até a cozinha, buscando por alguém que estivesse em casa e por fim, não havia. Sorriu, talvez um pouco desapontado pelo fato de que nem ao menos o namorado houvesse esperado a si. Levou a malinha que levou consigo, e entrou no próprio quarto aonde a desfaria as peças e tiraria-as da bolsa, já estavam limpas mesmo. Ao entrar notou a luz do abajur ligada, um livro meio lido no criado-mudo, aberto, e sobre as páginas o óculos que ele geralmente usava para ler ou escrever. E estava ali. Sorriu, tão satisfeito que encostou a mala num cantinho e caminhou devagarzinho até ele. Ajoelhou na cama, a cada lado de seu corpo adormecido, entre deitado, já que seu tronco estava quase sentado ao invés de repousar a cabeça no travesseiro, fazia-o com a coluna. E tinha os dedos cruzados acima do peito, como quem dormira sem intenção. Ao engatinhar até ele, sentou-se sem pesar sobre suas coxas e levou as mãos até seu rosto, tão bonito.
- Oi... - Sussurrou ao vê-lo abrir os olhos, ainda sonolento. - Senti saudade.
Falou ainda sem altura, e deslizou as mãos do rosto ao pescoço, para a nuca 
e ao voltar para a cabeça, massageou suavemente sua têmporas. 
Shohei se assustou com o toque sobre as coxas, tendo-o sobre si e realmente havia dormido sem querer, estava cansado, passara duas noites acordado com o outro e mal pode dormir. Hoje ele tinha trabalho, mas não tinha nada pra fazer, então ficou lendo visto que a insônia era demais, por fim acabou adormecendo. Observou o rosto do namorado próximo e sorriu a ele, de canto, estava meio confuso depois do que havia falado com o maior nos dias anteriores, mas olhando o rostinho dele junto ao próprio, não conseguia negar e dizer que não gostava dele, nem pensar em magoá-lo.
- Oi Yuki. Também senti...

- Sentiu mesmo?
Disse o pequeno, com um sorriso leve. Podia sentir um cheiro diferente no quarto, e que certamente não era somente do namorado. Mordeu o lábio inferior, por dentro, imaginava que seus dias haviam sido bem proveitosos e provavelmente sem espaço para lembrar ou sentir falta de alguém com ele.
- Kusagi cuidou bem de você enquanto estive fora?
Indagou ainda baixinho, respeitando seu sono anterior e os dedos de ambas as mãos voltou a deslizar por sua cabeça, deslizando por seus fios macios e grisalhos. O outro a
briu um pequeno sorriso a ele, meio desajeitado e assentiu, erguendo-se a observá-lo melhor e esfregou os olhos.
- E você? Alguém cuidou de você na viagem?

- Você, na minha cabeça.
Yuki sorriu, pela falta do riso e ao chegar pertinho, aspirou seu cheiro. Banho recém tomado, um perfume habitual e natural de sua pele, e cheiro de roupa de cama limpa. Beijou sua bochecha, e desceu com o mesmo toque em seu pescoço, onde deu uma suave mordida. Shohei d
eslizou uma das mãos pelas costas do menor, acariciando-o e puxou-o para si num pequeno selo.
- Ah é?
Sorriu a ele e tocou-o no rosto em seguida, acariciando-o, porém cessou ao sentir o toque no pescoço e arrepiou-se. O pequeno s
orriu ao sentir cada pequeno ponto eriçado em sua pele, e voltou a mordê-lo, porém subiu até seu lóbulo com piercings, onde sabia que ele gostava, e lambiscou as argolinhas, brincando com elas entre os dentes.
- Kusagi te cansou ou ainda tem tempo pra fazer comigo?
Indagou, baixinho contra sua audição. Soava tranquilo, mas é claro que de alguma forma, as própria palavras atacavam mais a si mesmo do que a ele. O outro a
briu um pequeno sorriso em meio aos arrepios que sentia pelo corpo e era óbvio que estava excitado com ele, não estava cansado, não havia transado com o outro no dia anterior. Mordeu o lábio inferior e negativou.
- Sempre tenho energia pra você.
É bem rapidinho.
Yuki sussurrou a ele. Estava excitado, há dias. Claro que pensou nos dois, nele, no outro, mas de alguma forma, quem esperava encontrar ao chegar, era ele. Uma das mãos subiu por dentro de sua camiseta, e tocou seu peito, seu mamilo, e delineou com a pontinha do dedo, tornando aquela região entumecida. Já a outra, levou a descer pelo tronco e encontrou a região um pouco a frente das coxas dele, onde havia se acomodado, sentindo sua região sexual, apalpou suavemente e encarou a pontinha que escapava pela roupa íntima, onde esfregou suavemente com a ponta do dedo indicador.

O maior estremeceu suavemente e mordeu o lábio inferior ao sentir o toque nos mamilos, era um local sensível do corpo, e ele sabia disso. Arranhou as costas dele, suavemente, sem deixar marcas muito evidentes e deixou que ele tomasse as rédeas somente no dia, já que estava com tanta vontade. Gemeu ao sentir o toque de seus dedos e inclinou a cabeça para trás, suspirando.
- Ah, Yuki...

O loirinho sentiu um eriço correr pela coluna, notando seu rosto rebelde e bonito, e seu rosto suavemente provocado e jogado para trás. Sorriu ao ponderar consigo mesmo, imaginava que era essa a sensação do outro, toda vez que tomava o namorado, mordeu o lábio inferior, ciúme. E com o dedinho que levou até a boca, umedeceu a ponta e levou com saliva até sua fenda, provocando-o na glande. Shohei suspirou e sorriu a ele, observando-o sobre si, mesmo sutilmente e com ambas as mãos apertou-o no quadril, puxando-o contra si, apreciando o toque gostoso bem na pontinha do membro, provocando a si, ah e como era gostoso. Moveu-se suavemente contra ele e riu baixinho.
O que foi?
O menor indagou baixinho ao ouvi-lo rir, embora estivesse mais ocupado com outras coisas. E com a mão desocupada, ergueu sua camisa, fitando seu tronco esguio, bonito. E arqueou-se o suficiente para prender-lhe o mamilo entre os dentes e sorvê-lo devagarzinho, aproveitando seu cheiro gostoso de banho.
- Não está gostoso?
Retrucou, ainda interessado na graça, talvez nem fosse por mal. Shohei m
ordeu o lábio inferior a observá-lo e gemeu baixinho com o toque sobre o mamilo, agarrando os cabelos dele com uma das mãos.
- Está uma delicia, estou rindo porque você fica uma gracinha desse jeito.

- Que jeito? Com saudade do seu corpo?
O loiro indagou com o mesmo igual sorriso dele. E ao puxar a pequena região entre os dentes, logo afastou-se, o suficiente para abaixar o cós da roupa que usava, sem retirá-la inteiramente, somente aonde a si interessava. E despiu o sexo do namorado, notando-o rijo. 

- Uhum.
O outro murmurou e ajudou-o a retirar a própria roupa, estava frio, então a pele toda se arrepiou, mas notou que a dele também, então puxou o cobertor macio sobre as costas dele, tentando aquecê-lo de alguma forma.

O menor observou-o e sorriu. Segurou sua ereção e puxou-a, deixando-a em pé. Quando o fez, ergueu suavemente os quadris e posicionou o maior entre as nádegas, sem delongas se sentou não mais em suas coxas, mas em sua ereção. Sentindo-o penetrar o corpo, talvez em outro dia aquilo fosse dolorido, mas de certa forma, se ocupava com outras coisas, suficiente para não dizer nada além de um grunhido inevitável, e tal como sua ereção, tomou igualmente sua língua, e o beijou a medida em que deu início ao vaivém, num sobe e desce frequente, porém não demais, com força, porém não demais. E ao envolveu-lo pelo pescoço, fez amor com o maior, tentando fazê-lo perceber que não era gostoso só com o outro, que podia ser igual consigo. E de alguma forma, até conseguiu acariciá-lo entre suas nádegas, enquanto se sentava em seu colo, abraçava-o com um dos braços e a mão no meio de suas pernas, podia sentir a região abaixo da ereção, e tal como o ponto onde nunca esteve, mas conhecia o próprio corpo o suficiente para saber que estava um pouco relaxado pelo sexo, com o outro. 
O maior suspirou ao sentiu-lo se sentar sobre o colo e gemeu baixinho, estremecendo sutilmente. Fechou os olhos e deslizou as mãos pela cintura dele, sentindo-o, apreciando-o e puxava-o para si vez ou outra, sentindo-o a fundo e também seu corpo contrair ao redor de si, adorava transar com ele, não era só com o outro que gostava, gostava das sensações dele, do modo como ele reagia a si, saber que também reagia assim ao maior e era uma delicia, não podia negar. Deslizou as mãos por suas costas até alcançar suas nádegas e igualmente colocou-se em meio a elas, sentindo-se a adentrar seu corpo, sua entrada relaxada, e arqueou uma das sobrancelhas ao senti-lo tocar a si no mesmo local, observando-o em frente a si.
- O que está fazendo?

- Você é meu também, não só do Kusagi, então eu posso.
Yuki disse a ele e continuou consigo até que ambos houvessem atingido o clímax. E quando enfim terminaram, envolveu-o em seu pescoço e descansou, havia começado por cima e terminado do mesmo modo.
- Sho... - Grunhiu, descansando a face em seu pescoço. - Você ainda gosta de mim?

O maior se manteve a observá-lo enquanto o ouvia e assentiu, fechando os olhos em seguida e apreciou seus movimentos até o último, quando gozou dentro dele, e ele não gostava de fazer sem camisinha, o que achou estranho estar fazendo dessa vez. Deslizou ambas as mãos pelo corpo pequeno dele e puxou-o para si, selando-lhe os lábios.
- É claro que eu ainda gosto de você, não seja bobo...

- Eu sei como o Kusagi era importante pra você, e eu te amo... Então se você quiser, eu deixo você pra ele.
Shohei se manteve a observá-lo por um pequeno instante e apertou-o em volta da cintura, puxando-o para si a abraçá-lo.
- Não diga isso, Yuki...

O pequeno o fitou e abraçou-o do mesmo jeito, descansando o rosto em seu ombro, sentindo seu cheirinho gostoso e não disse nada por um tempo.
- Eu também te amo. Não diga isso de novo. - Murmurou. - Ouviu?
- Também? - Indagou baixinho. -

- Disse que me amava, ora. Eu também te amo.
- Ama o Kusagi também.
- Eu não disse isso.
- Eu não ligo. - Disse e afagou os cabelos de sua nuca. - Desde que ame a nós dois.
Shohei desviou o olhar, meio frustrado pelo modo como ele falava consigo, ontem estava decidido, hoje já não sabia mais.
- Hai...

- Só não fique por pena. - Beijou-o no queixo. - Vou tomar banho.
O maior assentiu.
- Eu vou ao mercado, volto logo.

- Traz alguma coisa gostosa pra mim.
- Doces?
- Sim.
Shohei assentiu e levantou-se, ajeitando a roupa intima e retirou o pijama, colocando uma calça preta, camisa branca, o básico de sempre, odiava roupas coloridas, e por fim colocou um casaco pesado e um cachecol, estava nevando lá fora. Saiu pela porta da frente e não viu o outro, nem o carro estacionado, ótimo. Seguiu para não muito longe dali e adentrou o bar que já tinha costume de ir, era óbvio que não iria ao mercado. Sentou-se no balcão, pedindo uma garrafa de qualquer coisa mais forte do que cerveja e saiu, levando consigo a garrafa no pacote de papel. Acendeu o cigarro e tragou-o longamente, sentando-se num banco próximo dali.

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